23 de setembro de 2005

ADOÇÃO!

Na próxima semana o Congresso Nacional fará uma audiência para discutir a adoção por homossexuais - veja a noticia no blog da INOVA www.inovaglttb.blogspot.com - pois parece que a nova Lei Nacional de Adoção quer incluir um parágrafo limitando a adoção apenas a pessoas de "moral e bons costumes", o que, em tese, poderia ser usado para impedir a adoção por homossexuais.
A adoção não é, nem deve ser encarada, como uma solução para os problemas sociais de nosso país, o argumento que alguns legisladores e até alguns defensores dos direitos homossexuais usam , de que "é muito melhor que a criança seja criada por um homossexual do que num abrigo", e você já deve ter ouvido isto, é pífio e facilmente derrubado.
A adoção tem que ser encarada como "planejamento familiar", uma alternativa para a maternidade ou paternidade sonhada pelas pessoas, pelos casais.
E vamos desmisitifcar esta idéia de que a adoção é um processo difícil, que demora muito. A maioria das pessoas que chega na adoção demora vários anos para se resolver, para tomar esta decisão, e, de repente, acham que o processo demora muito. Além disto, é preciso levar em conta que na maioria dos casos as pessoas optam pela adoção porque os caminhos biológicos, os caminhos tradicionais, não estão ao alcance destas pessoas.
Casais que não conseguem engravidar, pessoas solteiras, casais homossexuais. Poucas são as pessoas que, além de seus filhos biológicos, também optam por mais filhos por adoção.
Então, é natural que estas pessoas estejam muitas vezes desgatadas pelas tentativas, pelas frustrações, ou até mesmo, magoadas por não poderem realizar o que tantos realzam facilmente, e até com irresponsabilidade. Depois de tudo isto, qualquer espera no processo de adoção pode parecer interminável.
A lei de adoção atual, calcada no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), é muito boa, bastante abrangente, e tem ajudado a proteger muitas crianças da vida sem família. Muitas novas familias se formaram.
A questão da adoção por homossexuais tem se processado, via de regra, através da adoção "por solteiros", uma vez que o judiciário não reconhece as uniões homoafetivas, e apesar de não existir uma regra clara e nem um concenso definido entre os técnicos do judiciário, não tem existido maiores entraves para estas adoções, desde que se caracterize que este processo será, sem dúvida, um ganho para a criança.
Temos que ficar atentos, em função desta nova lei que se discute, para que não se criem entraves, calcados na "moral e bons costumes", para que estas novas familias, que mais e mais tem se tornado realidade, não sejamimpedidas de trilhar seus caminhos!

Um comentário:

  1. questão complicada, mas fico feliz que a gente esteja discutindo essa e outras. diversidade é bom e a gente precisa. beleza de blog, dorei. []s, cristiane

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