15 de agosto de 2008

Filhos: o que fazer antes, durante e depois de sua chegada?

Encontro discute no próximo dia 16 relação de casais homossexuais e seus filhos
Pessoas aparentadas que vivem, em geral, na mesma casa e que é formada pelo pai, mãe e filhos. É esse o conceito definido pelo dicionário e sustentado na sociedade atual sobre a família. Porém, pouco a pouco, essas referências que temos sobre os casais (homem e mulher) e pais (pai e mãe) começam a mudar.
Ainda que timidamente, novidades aparecem: hoje diversos filhos vivem com famílias formadas por “pai e pai” e “mãe e mãe”. São as chamadas ‘famílias alternativas’ ou ‘famílias homoparentais’. Mas nós homossexuais temos os mesmos direitos do que casais heterossexuais?
Para discutir esse tema e conhecer mais os direitos que as famílias homossexuais possuem, o Grupo de Casais do Corsa discute, no dia 16 de agosto, às 17h, a relação entre os casais do mesmo sexo e seus filhos. Para isso contaremos com a presença do autor do blog PAIGAY que falará e esclarecerá as dúvidas sobre adoção; crianças e homossexualidade; como lidar com filhos de casamentos anteriores; a necessidade de ter filhos e a hora certa para contar a eles sobre a nossa homossexualidade. Contamos com a sua presença!
Além de tirar as dúvidas sobre o assunto, o Grupo convida todos os casais para compartilhar e participar dos encontros que acontecerão, a principio, uma vez por mês abordando temas de interesse coletivo que vão desde os nossos direitos ou até coisas mais prosaicas do cotidiano, como gostos comuns e conflitos culinários! Participe!
Jantar — Logo após o encontro, o Corsa vai realizar mais um de seus famosos jantares. O cardápio do dia será Yakissoba. O convite antecipado custa R$ 10,00 e na hora, R$ 15,00. Esta atividade se destina a arrecadar fundos para manter a infraestrutura da entidade e é também um momento para nos conhecermos melhor. O convite é individual e não inclui bebidas.
Mais sobre os encontros - Falta de apoio do Estado, preconceito da sociedade e não-aceitação por parte da família e amigos: esses são alguns dos problemas que muitos casais homoafetivos enfrentam, além de outras dificuldades comuns a qualquer relacionamento. Considerando o quanto é importante para essas uniões a troca de experiência com outros casais e com o objetivo de criar um espaço saudável de convivência, o Corsa promove encontros mensais, sempre num sábado, das 17h às 18h30. Para mais informações, escreva para
thais.iervolino@uol.com.br


Serviço:Encontro de Casais do Corsa

Próxima reunião: dia 16/08/2008

Horário: das 17h às 18h30

Local: R. Conde de São Joaquim, 179 - Bela Vista (Próximo ao metrô São Joaquim)

Tema: Filhos: o que fazer antes, durante e depois de sua chegada?

14 de agosto de 2008

Conselhos ao Pai Homossexual na GonLINE

publicado na coluna S.O.S. da GonLINE

Pai homossexual
"Fui casado por 15 anos e tenho dois filhos: um menino de 12 e uma menina de 7 anos. Agora me "casei" com um homem. Qual a melhor forma de contar isso a eles? Abraço e obrigado!"
Adriano de Leon, por e-mail

Infelizmente, por mais que eduquemos nossos filhos para a diversidade, ainda existem na sociedade os preconceitos, que serão, eventualmente, assimilados por eles em outros contextos, tais como o da escola e o da convivência com os colegas.
O que posso dizer é que a relação que você tem com seus filhos é fundamental para que eles possam receber e entender essa nova situação em sua vida.A relação que estabelecem com o seu companheiro também é fundamental. Dependendo da situação, nada é preciso ser dito, pois já estará tudo implícito e seus filhos, aos poucos, irão compreendendo a situação. O mais importante é que eles percebam que, independentemente de qualquer configuração, você os ama e vai continuar sendo o pai deles. A relação com a mãe deles também é importante. Filhos de pais separados precisam sentir que o casal, o homem e a mulher, se separaram, não os pais.
Evidentemente, cada idade tem sua particularidade e seu jeito próprio de compreender a vida. E não se esqueça: boa relação proporciona um bom entendimento e compreensão vital!
Pedro Sammarco psicólogo e sexólogo
CRP 06/66066

11 de agosto de 2008

Sonho de bebê ideal atrapalha adoções

"Meninas com até 2 anos de idade são preferência nas adoções

Dados do Cadastro Nacional de Adoção, criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), derrubam o mito de que no Brasil existem mais crianças esperando pela adoção do que adultos interessados em assumir a guarda delas.
Os números mostram que para cada 16 pessoas ou casais registrados há uma criança à espera da adoção. Ao todo, são 1.994 pretendentes para 119 crianças. Apesar do alto número de pais candidatos, os processos costumam demorar porque há incompatibilidade entre o tipo de criança desejada e a realidade brasileira. Meninas com até 2 anos de idade e de pele branca são as mais procuradas. No entanto, a maioria das crianças que aguardam para serem adotadas são meninos de pele parda, entre 9 e 13 anos.
"A família geralmente estabelece um perfil excludente e inegociável. Tem aumentado o número de famílias interessadas em crianças com faixa etária mais elevada. Mas a resistência a esse grupo ainda é alta", conta o psicólogo-chefe da Vara da Infância e da Adolescência do Distrito Federal, Wagner Gomes de Sousa. O cadastro revela, ainda, que a maioria dos adultos interessados na adoção não tem filhos biológicos, mora em São Paulo e tem renda mensal entre cinco e dez salários mínimos."
publicado no Jornal do Commercio (PE), Carolina Brígido - 11/08/2008