17 de dezembro de 2008

a dor da incerteza

Desde minha surpresa de duas semanas atrás tenho sentido uma dor bem no meio do peito. Calma, tenho certeza que não é ataque do coração.
É o lugar onde o Tadashi, o massagista de Shiatsu, diz que é o ponto da ansiedade. Ja faço massagem com ele faz meses e ele sempre aperta para valer neste local, quase quebrando as costelas, pois diz que tem que "dissolver" este ponto.
Outros me dissseram que é a dor da incerteza, da angustia.
Acho que é mesmo "angustia da incerteza e ansiedade pelo futuro". Ou seja, um pouco de tudo.
Mas ainda vem acompanhada de boca seca, um pouco mais de sono, e alguma falta de ar.
Não está sendo fácil propor para mim mesmo - "senhor supremo do planejamento e do destino" - a possibilidade de controlar menos as coisas, de buscar menos perfeição, de ter menos certeza. Tem sido um exercício diário, a cada atitude eu paro e pergunto se aquilo não é um exagero, se eu realmente preciso daquilo, se eu realmente preciso fazer aquilo.
Eu realmente preciso saber tudo que esta acontecendo? Ter controle sobre tudo? Ou, pior, ACHAR que tenho controle?
Dentro deste quadro é que tomei a decisão de não romper. Na realidade tomei a decisão de recomeçar, com outros parâmetros, nem estou usando mais aliança, pois me questiono até que ponto isto é importante ou isto é uma marca que queria imprimir.
Tenho me angustiado por ter tentado ficar um pouco mais distante dele, mas mesmo assim eu percebo que minha proximidade exagerada não tinha valor, e nem mesmo impediu de que muitas coisas acontecessem sem que eu soubesse.
Acho que estou questionando o amor, a amizade, o conceito de fidelidade e muitas outras coisas que tinha como liquidas e certas.
Alguns podem ate achar que meu amor é tão grande (psicótico e exagerado), que eu resolvi perdoar tudo, passar uma borracha, e nem acreditam que eu consiga fazer isto. Realmente a pessoa que eu sou não conseguiria, mas a pessoa que eu quero ser é que vai ter que descobrir se quer ou não. e eu resolvi dar a chance das coisas acontecerem diferente.
Pode parecer confuso, mas se me derem um tempo eu talvez consiga entender e explicar melhor...

12 de dezembro de 2008

processando e entendendo minha parte...

Os ultimos dias foram muito atípicos. Sentimentos confusos, sonhos desfeitos, uma certa vergonha perante os que sabiam, muito apoio de muitas pessoas...
Mas não tenho raiva no meu coração.
Tenho que admitir que uma parte do que aconteceu tem a ver com a maneria como eu mesmo estava conduzindo o relacionamento, aliás, como eu conduzi sempre meus relacionamentos.
Acho que o principal equivoco é assumir um papel, uma diretriz que "tenho que ser flexível mesmo me machucando porque isto é o certo a fazer" ou "tem que dar certo de qualquer jeito"
Talvez isto tenha a ver com uma necessidade de ser "gostado" ou uma busca de felicidade como ideal.
O que achei mais surpreendente na situação foi encontrar muitas pessoas que me disseram para pensar bem em tudo que estava acontecendo, para não jogar para o alto tudo que vivemos, para pensar e descobrir o tamanho do prejuízo.
O que eu esperava era que todo mundo me dissesse, CAI FORA!
Um aspecto positivo, pelo menos na minha opinião, é que eu resolvi que era hora de eu fazer terapia, ja fazia tempo que eu percebia que eu precisava dedicar um tempo a entender alguns processos e sentimentos em minha vida. E acho que o que aconteceu me mostrou que eu estou, de certa forma, muito mais preocupado com "um projeto" de vida, do que em realmente viver.
Na quarta já fiz uma sessão, e pelo que percebi vou ter que começar a entender coisas lááááá atrás na minha vida.
O primeiro conselho que vou seguir é o de não resolver nada rapidamente, conviver com a dor, ao invés de fugir rapidamente dela, como sempre fiz, pode ser a chance de eu aprender melhor sobre mim mesmo.

10 de dezembro de 2008

Klecius autografa livro

Na sexta passada, 5 de dezembro, o Terapeuta Afirmativo Klecius Borges lançou seu livro na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.
O livro é uma coletânea dos artigos que ele publica há varios anos na revista G e no site G OnLine.
Eu comecei e terminei de ler o livro no sábado mesmo, a leitura é muito estimulante, me ensinou muito sobre mim mesmo, e qualquer dia conto como ele foi um dos fatores detonantes da minha crise conjugal.
O que mais surpreendeu, e eu até já escrevei para o Klecius falando isto, é perceber que a linha mestar que conduz toda a análise que ele faz da vida e do "tornar-se gay" tem muito mais a ver com AMOR do que com pensamento.
Até brinquei com ele, que deveria mudar o nome de sua coluna de "papo-cabeça" para "desiguais" ou "papo coração"
Mesmo sendo lugar comum eu diria que o livro é uma leitura obrigatória, para todo gay que quer entender alguns de seus processos de vida e a forma como eventualmente fazemos algumas escolhas.
No evento, muitas pessoas, inclusive a Escritora Edith Modesto, que é fundadora do GPH (Grupo de Pais de Homossexuais) do qual o Klecius é consultor.

7 de dezembro de 2008

idiota & chifrudo

Soube, ontem á noite, que tenho sido traido sistematicamente nos ultimos 2 anos pelo meu sempre denomiado aqui "namorido" .
Mesmo que eu custe a acreditar, que alguém pudesse passar 6 anos ao meu lado dizendo que me amava e ao mesmo tempo frequentava saunas e clubes de sexo, soube da boca dele mesmo, o que exclui qualquer possibilidade de fantasia da minha parte.
Só posso imaginar a extensão das mentiras que ele me contou. Só ele sabe oquanto confiei nele, o quanto eu o amo.
Imaginar quantas vezes eu ouvi - eu te amo - para na mesma semana ele estar transando anonimamente numa cabine de sexo, me deixa com uma dor incrivel.
Vamos ver o que eu faço da minha vida agora...

6 de dezembro de 2008


"Amores perfeitos são projetados em seres idealizdos e se desfazem no ar...
Já os amores possíveis, nascem e crescem nas incertezas da imperfeição e se fortalecem a cada aflição que é superada. Reinventam-se constantemente e ... são eternos em sua grandeza."


frase do psicologo Klecius Borges, em seu livro DESIGUAIS

2 de dezembro de 2008

filho! eu sou gay!

vejam o interessante lik da matéria publicada no site do O GLOBO, enviado por minha amiga priscila do Rio
Indico a leitura do seguinte texto publicado no Globo Online:
http://www.oglobo.com.br//blogs/megazine/post.asp?cod_post=144029
Data: 2/11/2008