PARADA, eu não fui!

É, não fui.

E não vou fazer nenhum discurso dizendo que a PARADA perdeu sua função política e que não ajuda em nada na luta pelos nossos direitos, como alguns fazem. A PARADA é sim um puta evento político, que cresceu em 11 anos de um punhado de gatos pingados para o maior evento da cidade. É um grito de que somos muitos e precismos ser ouvidos!

Mas eu não estava com vontade de ir.

Teria ido por "obrigação política" de apoiar e fazer número, eu sempre que posso frequento e prestigio lugares que se dizem abertamente gay friendly, desde bares e restaurantes até pousadas e hoteis.

Mas nem isto foi suficiente para me tirar de casa. Com certeza, 3 milhões já é um número exagerado, não precisa ter 3 milhões e um!

E também, para ir com criança, numa muvuca prevista de mais de 2 milhões de pessoas - que no final foram mais de 3 milhões- fica bem complicado e estressante.

Aliás, eu fiquei bem recolhidinho nestes dias do feriado mais gay do ano, o "namorido" estava num congresso no Rio e eu não me reconheço mais indo a um monte de lugares sozinho.

Mesmo achando que a enfase maior da já chamada "semana do orgulho" ainda recaia demasiadamente sobre as festas, contadas ás dezenas, eu não acho isto ruim, pois somos festivos, somos alegres, e quando tivermos todos os nossos direitos não quero que façamos menos festas ! Um pouco de "sindrome de Peter Pan"!

E que venham as paradas! Mas espero que em alguns anos estejamos fazendo paradas só para celebrar e não para "pedir" direitos!