28 de junho de 2012

somebody that I used to know...

conhece esta música na versão GLEE?

é o suficiente para este post!

2 comentários:

  1. Desculpa me meter... Acho que nunca comentei no seu blog mas acompanho você já a algum tempo (acho q a uns 2 anos ou quase) e sempre gostei muito do que li, sobre ter uma filha, um esposo... Sempre vi sua vida (ou o q vc mostrava no blog) como um farol de como eu queria que minha vida se encaminhasse pois desde sempre sonho em ter um filho (adotado) e em confiar e amar e compartilhar minha vida com alguém por tanto tempo... Por isso fiquei muito triste quando vi suas mensagens de hoje... É a constatação de que relacionamentos não são eternos... nem sentimentos... tudo é sempre tão mutável... amor vira amizade ou lembrança ou indiferença ou mesmo ódio, ou uma mistura de tudo isso... E "Somebody that i used to know" é justamente a música que eu estava pensando qdo estava lendo suas mensagens pois mesmo após tanto tempo, AGORA você vai perceber que algumas coisas não foram esquecidas... que garras não estão cortadas... tem sempre umazinha que deixa uma marca... infiltrações que antes pareciam besteira, agora aparecerão todas juntas como numa grande inundação... Sei pois já fui casado (não por tanto tempo qto vcs, mas o que vale não é o tempo, mas a intensidade, certo?) e depois do final foi que eu descobri que não conhecia exatamente a pessoa com quem eu dividia a minha cama... Bom, não vim para te deixar com medo do que tem a sua frente, até porque nada do que eu estou te dizendo é novidade e nem sou o único sabedor dos fatos... Apenas quero dizer para você... respire... respire fundo... muitas vezes coisas horríveis saem da nossa boca no calor do momento... coisas que achávamos esquecidas mas que no fervor do bate boca a boca lembra antes mesmo do cérebro se dar conta! Por isso, respire... antes de cada frase dita ao seu atual ex... respire pois esses milissegundos de respiração podem dar o comando novamente ao seu cérebro, ao invés da barraqueira da boca... Agora, neste momento, nesta página da história de vocês, sei que ninguém vê um futuro mais tranquilo... mas deixa a poeira assentar, deixa o furacão virar brisa... que sei que alguém que você partilhou sua vida por 10 anos não pode ser um "mero alguém"... Quem sabe, no futuro, vcs virem BFF's e se sentem um dia, com seus respectivos namoridos e contem, acompanhados de um bom vinho e gargalhadas, todos os momentos de vocês e assim a câmera se afasta, a luz diminui... os créditos começam a subir... e o público levanta de suas poltronas, com lágrimas felizes nos olhos... e a vida segue... quem sabe né?

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  2. Quando eu e o Mau terminamos depois de 12 anos, este ano, me escreveram algo que espero que lhes ajude também:

    "Daí a escritora Roseana Murray botou no seu livro: "que a vida é um jogo assim, de tantos medos e outras coragens".

    Quando somos informados - através de um post de precisão cirúrgica (nem doce, nem duro, nem detalhado, nem seco) - que um dos relacionamentos mais festejados e celebrados de Blogsville chegou ao fim é impossível - para mim - não pensar em medo e coragem: dois sentimentos antagônicos e - por incrível que pareça - complementares.

    Como muito bem disse um dos protagonistas do caso "discutir a relação" é algo que agora interessa somente aos envolvidos. Para nós - que ao longo dos anos fomos testemunhas deste encontro de dois e aprendemos a admirar uma relação construída na mais rebuscada simplicidade do desejo deestar junto - resta apenas administrar nossa incredulidade, recuperarmo-nos do impacto e - de pé - aplaudir a maturidade, a sabedoria, a elegância e a coragem de duas pessoas que mesmo no fim da história que escreveram juntas conseguem dar mais uma lição: que o verdadeiro amor por alguém também se manifesta na hora de largar as mãos e deixar o outro ir.

    Fim de relação é dor dividida.
    É luto compartilhado.
    Sofre quem tomou a decisão, quem puxou o gatilho primeiro e teve culhões pra manifestar que algo no reluzente vaso de cristal trincou.
    Sofre quem recebe o cartão vermelho, quem planejava o jantar do próximo sábado e - sem muito aviso prévio - descobre que próximo sábado é um lugar que não mais existe.
    Sofre quem deixa de amar.
    Sofre quem deixa de ser amado.
    Sofre quem puxa a mala de cima do roupeiro e abre a porta da casa - deixando a chave na bancada.
    Sofre quem fica preso do outro lado da porta. Preso do lado de fora de um amor que não mais lhe pertence.
    Sofre um.
    E sofre o outro também.

    E nesse limbo de angústia e aperto em ambos os peitos escuta-se - sibiloso - o sussuro do medo.
    O medo de ter tomado a decisão errada; o medo de ter metido o pé pelas mãos; o medo de não ser bom o suficiente; o medo de não ter sabido gostar como devia; o medo de ter ficado menos interessante, menos potente, menos jovem; o medo de ficar sozinho; o medo da falta que ele vai fazer; o medo de não saber mais desse homem; o medo de querer voltar a um momento para o qual não existe mais regresso.

    Tantos medos.
    Mas ao contrário do que pregam o medo não apenas nos enfraquece.
    Ele também nos faz humanos.
    É do homem ter medo.
    Porque é ciente do nosso medo que podemos encontrar as nossas coragens.

    A coragem pra recomeçar tudo de novo; a coragem pra continuar acreditando; a coragem pra pisar no freio quando chega a hora; a coragem pra enfrentar a dureza de ser preterido; a coragem pra entender que não é o fato de uma relação acabar que desmerece tudo que foi vivido enquanto ela existia e a coragem pra dizer em alto e bom som aquilo que só costumamos verbalizar em pensamentos.

    Vive dentro de nós essa coragem para fazer o que sabemos que precisamos fazer.
    E fazer da única forma de fazê-lo: sem frescura.

    Amor sempre foi questão de respeito.
    Mesmo quando acaba."

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