continuação de PAI - Em busca de aceitação
Antes que eu assumisse a beligerância aberta ainda houve uma outra fase em que eu antevi uma possibilidade de aproximação: quando adotei minha filha.
Antes que eu assumisse a beligerância aberta ainda houve uma outra fase em que eu antevi uma possibilidade de aproximação: quando adotei minha filha.
Minha mãe, por diversos motivos, sempre tentou nos convencer que meu pai não era "de todo ruim", que ele se preocupava conosco e que devíamos chance a ele, que devíamos nos aproximar dele, prestar continência eventualmente. Aliás, ela ainda insiste nisto, o que é bastante irritante e frustrante - mas que eu credito no fato de que ele foi o primeiro e único namorado dela, posto que desde que se separam, há mais 15 anos ela nunca teve mais ninguém (o que não é o caso dele, que sempre esta envolvido com algum "gutcha")
Eu, de alguma forma, acreditava nos argumentos dela que "ele não sabia expressar seus sentimentos" e que "ele estava melhorando dia a dia" e que "se ele tivesse filhos hoje em dia seria tudo diferente" e que "o pai dele também era distante por isto ele é assim"... E com base nisto eu criei uma fantasia, a fantasia de que com a chegada de minha filha ele seria um excelente avô e nós poderíamos nos aproximar...
A fantasia de que ele tinha percebido os erros que cometera no passado e que estaria disposto e fazer diferente, agora no papel do Avô.
Mas mais uma vez o que me sobrou foi muita mágoa e decepção, e tristeza, e impotência.
Quando minha filha chegou eu convidei a virem jantar na minha casa - ele não veio e nem ligou.
Depois mandei recados que podiam vir me visitar quando quisessem para conhecê-la - nem ameaçou
Quando fazia um mês que ela estava comigo, depois de minha mãe me encher o saco (naquela época eu ainda escutava isto) eu fui até o escritório dele levar minha filha para ele conhecer!
Deixa quieto!
Percebi então que nada, nada mesmo, que eu fizesse poderia resolver esta situação, e este sentimento somou-se a outros para aumentar a nossa distância - nossa distância nada! A distância dele de mim, e de outras pessoas, se bem que isto é problema das outras pessoas...
Nestes 14 anos a atitude dele com minha filha - e com outros netos - não mudou muito. E hoje até mesmo ela percebe esta distância, este não envolvimento, e de certa forma também se ressente disto...
Mas eu ainda não entendia porque isto acontecia...Este processo ainda ia tomar alguns anos
(continua)
Deixa quieto!
Percebi então que nada, nada mesmo, que eu fizesse poderia resolver esta situação, e este sentimento somou-se a outros para aumentar a nossa distância - nossa distância nada! A distância dele de mim, e de outras pessoas, se bem que isto é problema das outras pessoas...
Nestes 14 anos a atitude dele com minha filha - e com outros netos - não mudou muito. E hoje até mesmo ela percebe esta distância, este não envolvimento, e de certa forma também se ressente disto...
Mas eu ainda não entendia porque isto acontecia...Este processo ainda ia tomar alguns anos
(continua)
Acompanhando...
ResponderExcluirJá que estou por aqui e hoje é véspera: Um ótimo Natal!
Isto tudo é fruto da mais absoluta ignorância do ser humano ... Fico triste por vc ... Graças a Deus não vivenciei este problema com meu pai,nem com minha mãe e irmãos ... muito pelo contrário ...
ResponderExcluirBeijão querido e Boas Festas para vc, sua filha, namorado e todos q te gostam ...
Seguindo e acompanhando....
ResponderExcluirFeliz Natal para você , sua filha e Mr. Jay!
bjs
Aguardando o próximo post ...! Espero que tenhas tido um bom feriado.
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