Eu trabalho na área de Recursos Humanos e estou muito acostumado a entrevistar e avaliar pessoas - o que não quer dizer que eu não me engane e faça avaliações equivocadas - então eu tinha um bom roteiro do que deveria conversar com a candidata a empregada
Eu pedi indicações para várias pessoas, e uma das que veio falar comigo era prima da empregada que trabalha com minha mãe (há mais de 15 anos). Esta funcionária da minha mãe é evangélica, daquelas que usam saia obrigatoriamente e vão ao templo todo dia...mesmo antevendo algum problema falei para a tal da prima vir conversar comigo.
Quando a moça chegou já fiquei um pouco mais tranquilo, pois ela não usava a indefectível "saia abaixo dos joelhos" que as denominações cristãs mais ortodoxas recomendam que as mulheres usem. Perguntei da experiência dela, o que sabia fazer vida familiar etc...
Ai foi o momento de iniciar a operação "o gato subiu no telhado"
- Em nossa casa moram eu, minha filha e o Mr. Jay, Você deu sorte que é uma casa "sem patroa".(patroas sempre são mais chatas que patrões) Eu trabalho, minha filha faz faculdade e o Mr. Jay viaja bastante, então muitos dias você nem vai encontrar ninguém aqui.
Expliquei outras coisas, falei que não tinha patroa porque minha filha é adotiva, falei que o Mr. Jay era mineiro e que ia ensinar ela a fazer umas comidas que ele gosta, que não como carne, etc etc etc... porque a gente não pode esquecer que quem está contratando também está sendo avaliado...
Então falei para subirmos para eu mostrar o apartamento para ela.
- Este aqui é o quarto de minha filha, este aqui é o quarto de hóspedes, este aqui é o meu quarto e do Mr. Jay (acho que nesta hora o cérebro dela deve ter procurado duas camas, mas os olhos só viram a cama de casal, o gato subiu no telhado)
- E quando você quer começar? - eu perguntei, dando a chance dela pular fora se não tivesse gostado de algo que disse, ou achado a casa grande, ou qualquer outra coisa...
- Amanhã - disse ela.
Isto foi na terça, e parece que tudo vai bem... a não ser que ela seja muito "tapada", e não tenha entendido nada, parece que ela se adaptou rápido á nossa realidade. Se bem que ela ainda nem encontrou os outros dois moradores da casa que estão viajando - uma de férias e o outro a trabalho. Mas acho que ela já entendeu o que aconteceu com o gato! Provavelmente a empregada da minha mãe, prima dela, já deve ter passado minha ficha corrida, pois ela sabe que sou homossexual, mas pelo sim pelo não eu também dei meu recado...
E ai? Acham que meu método foi objetivo o suficiente? Ou sutil demais e ela não entendeu nada?
Quando a moça chegou já fiquei um pouco mais tranquilo, pois ela não usava a indefectível "saia abaixo dos joelhos" que as denominações cristãs mais ortodoxas recomendam que as mulheres usem. Perguntei da experiência dela, o que sabia fazer vida familiar etc...
Ai foi o momento de iniciar a operação "o gato subiu no telhado"
- Em nossa casa moram eu, minha filha e o Mr. Jay, Você deu sorte que é uma casa "sem patroa".(patroas sempre são mais chatas que patrões) Eu trabalho, minha filha faz faculdade e o Mr. Jay viaja bastante, então muitos dias você nem vai encontrar ninguém aqui.
Expliquei outras coisas, falei que não tinha patroa porque minha filha é adotiva, falei que o Mr. Jay era mineiro e que ia ensinar ela a fazer umas comidas que ele gosta, que não como carne, etc etc etc... porque a gente não pode esquecer que quem está contratando também está sendo avaliado...
Então falei para subirmos para eu mostrar o apartamento para ela.
- Este aqui é o quarto de minha filha, este aqui é o quarto de hóspedes, este aqui é o meu quarto e do Mr. Jay (acho que nesta hora o cérebro dela deve ter procurado duas camas, mas os olhos só viram a cama de casal, o gato subiu no telhado)
- E quando você quer começar? - eu perguntei, dando a chance dela pular fora se não tivesse gostado de algo que disse, ou achado a casa grande, ou qualquer outra coisa...
- Amanhã - disse ela.
Isto foi na terça, e parece que tudo vai bem... a não ser que ela seja muito "tapada", e não tenha entendido nada, parece que ela se adaptou rápido á nossa realidade. Se bem que ela ainda nem encontrou os outros dois moradores da casa que estão viajando - uma de férias e o outro a trabalho. Mas acho que ela já entendeu o que aconteceu com o gato! Provavelmente a empregada da minha mãe, prima dela, já deve ter passado minha ficha corrida, pois ela sabe que sou homossexual, mas pelo sim pelo não eu também dei meu recado...
E ai? Acham que meu método foi objetivo o suficiente? Ou sutil demais e ela não entendeu nada?
Então... acho que você se saiu muito bem, se você queria que ela agisse com naturalidade, creio que cabia a você também agir assim e pelo jeito foi o que fez! Vou anotar aqui as dicas! eheheheh
ResponderExcluirMuito provavelmente ela já tinha a sua ficha, a radio tamanco é muito efetiva nessas horas e para além das crenças, nessas horas vale mesmo a indicação de um bom patrão para se trabalhar.
Legal quando as pessoas nos surpreendem, nessas horas tenho um tiquinho de esperança que as coisas ainda vão mudar.
Abração.
"radio tamanco" eu não conhecia! só a radio peão! mas sem duvida ela funciona, eu sempre ouvia fofocas de outros vizinhos que vinham pela radio tamanco! rsrsr
ExcluirFoi um bom método, simples e natural! :)
ResponderExcluirespero que tenha sido eficaz Sam!
ExcluirMetodologia precisa mas observando bem os fatos, ela já tinha sua ficha completa pois, evangélicos ou não. as notícias da vida dos outros correm rápido e a prima com certeza deu o serviço.
ResponderExcluirOutra questão a ponderar: Mesmo sendo evangélica, há q se considerar que, nos dias atuais, Jesus não anda distribuindo empregos ... assim é pegar ou ficar desempregada ... na relação custo benefício ela foi esperta. Acho q se ele consultou o pastor sobre a possibilidade dela estar pecando por acobertar uma relação destas [coisa de Satanás] ele afirmou com seu pragmatismo finaceiro: Vai minha filha, foi o Senhor q colocou esta missão à sua frente ... afinal fiel sem emprego não gera dízimo ... kkkkkkkkkkkkkk
UAU bratz! avaliação precisa... sem emprego com o gay sem dizimo! muito bom!
ExcluirCom naturalidade e dando chance. Tá tudo lá.
ResponderExcluirA minha não foi tão preparada... contratei-a, indicada por uns amigo hétero e logo se apercebeu que eramos dois homens. Já lá vão 10 anos e somos "os rapazes" ou "os meninos"
Com a minha primeira foi assim... mas agora o panorama é outro! Eu tenho muitos amigos que são chamados de "meninos" por suas empregadas!
ExcluirJá trabalhei na área de RH, e nas entrevistas e dinâmicas eu via de tudo rs...
ResponderExcluirEu acho que ela entendeu muito bem, e ela está sendo discreta, ou seja, tem coisas que não necessitam de questionamentos e sim aceitação.
Abraços!
Como vc é da área sabe bem Ro.... o recrutamento é uma coisa, depois quando "faz parte da equipe" é que são as coisas!
ExcluirThe ol' British way, my favourite: simple, direct, but somehow suttle and true!
ResponderExcluirThank you my dear friend!
ExcluirAcho que tratou com naturalidade, do jeito que tudo deve ser tratado. E ela, caso tenha percebido alguma coisa, ou desgostado (o que esperamos que não) também agiu com naturalidade, então foi uma win-win :) Congrats!
ResponderExcluirobrigado F! foi bom que deu certo! e continua dando!
Excluirobrigado F! foi bom que deu certo! e continua dando!
Excluir