Esta semana, um amigo, que foi casado com uma mulher, teve dois filhos, e há alguns anos entendeu que precisava viver a sua orientação sexual de forma plena, estava comemorando uma vitória significativa...
Pela primeira vez estavam jantando juntos ele, os filhos, a mãe dos filhos, o namorado da mãe dos filhos e o namorado dele, que também estava acompanhado da filha dele e da ex-esposa.. uma verdadeira festa dos "meus, seus e nossos"...
Pelo que eu sei, em casais que se separam, já é considerado uma PUTA vitória quando o casal consegue ficar amigo... quando entram novos companheiros é mais difícil ainda... porque por mais que as coisas estejam "resolvidas" acho que permanece um certo sentimento de posse e ciumes...
Agora imagina colocar nessa equação da relação com o ex, o fato do ex ter "saído do armário" e assumido sua condição homossexual...
Com certeza ele tem motivos de sobra para comemorar!
Ás vezes pode parecer bem "estranho" comemorar algo que deveria ser "normal" (?) Mas no caso da homossexualidade, em que os parâmetros da "normalidade" são diferentes, isso é bem significativo. Eu mesmo passei recentemente por um desses momentos de "doce normalidade" uns dias atrás...
Foi aniversário de um ano, e batizado, das filhas do meu cunhado (as quais o Mr. Jay é padrinho) e eles fizeram um festão de três dias aqui no interior de SP ... mas o que me marcou foi o jeito como fui tratado... Eu fiquei super feliz com o tratamento que recebi da família da esposa do meu cunhado... fui tratado o tempo todo, e apresentado, como TIO das meninas...
Agora vc deve ter dado aquela parada e se perguntado:
-DÃÃÃÃ, vc é o tio das crianças o que tem isso de importante? como vc deveria ser tratado?
Se você pensou isso são duas as probabilidades...a primeira é que vc é heterossexual, e não tem ideia do que é não ser aceito... a segunda probabilidade é que vc nunca tenha tido um relacionamento longo qe lhe confrontasse com essas questões de "ser apresentado" á família... ou sempre é apresentado como "amigo"...
Ser aceito plenamente, dentro da tal normalidade, ser apresentado como quem vc realmente é, poder estar do lado do cara que vc ama de maneira plena, não é algo tão simples e normal para quem é gay... não mesmo!
É uma sensação muito boa e libertadora... e até mesmo divertida... pela sensação de liberdade...
Tenho que acrescentar que meu cunhado, único irmão de meu marido, "apesar" (kkkk) de ser hétero é muito gente boa... e a esposa dele também... eles foram padrinhos do casamento e nem hesitaram em vir mesmo com as filhas com pouco mais de oito meses, ou seja, um casal dez, que com certeza vão criar filhos para este mundo melhor que precisamos... especialmente com o TRUMP dando ordens...
E você, já passou por essas situações de se sentir "normal"?
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Situações estupendas, que legal....
ResponderExcluirSeu amigo superou a modernidade, quanta gente inteligente e despretensiosas juntas em um jantar...
Referente a sua história, ser bem recebido e acolhido é extraordinário...
Por aqui, não somos um casal assumido, embora meus pais vivem repetindo para meu boyfriend que ele é da família, e o tratam muito bem, ou seja, ás vezes, no fundo eles já sabem de algo, entende e respeita.
Fora isso, só uma grande amiga e sua filha (que já é adulta) sabe e nos recebe muito bem como casal em sua casa.
aos poucos Ro os circulos de normalidade vão se apliando... devagarzinho... abraços!
ExcluirEu, desde meus 29/30 anos me assumi como um SER totalmente normal dentro do que eu sou. Me revelei por inteiro para pais, irmãos, tios, primos, amigos e colegas de trabalho que mereciam alguma consideração. Libertação total. Nunca tive problemas com isto. Não sei o que é ser discriminado. Graças ...
ResponderExcluirAh! se algum imbecil aparecer à minha frente e questionar alguma coisa de minha Homossexualidade terá de pronto a resposta fatal que ele nunca espera receber: Sim! Sou Homossexual! Algum problema para você? Para mim e a quem me interessa não existe e sou feliz, completamente feliz assim. Já usei esta tática ... #simplesassim
ResponderExcluirUm das coisas que muito me orgulho na minha casa (ou na casa dos meus pais) é que lá sempre foi uma espécie de território seguro para todos os meus amigos (e das minhas irmãs também). Sempre brincamos porque nos finais de ano sempre há alguém "perdido" por lá... tenho duas amigas em especial, que por motivos diferentes acabaram sendo adotadas por nós nessas datas... Hoje, elas já fazem parte da família e mesmo que aquelas situações tenham se resolvido, ainda fazem questão de estar na minha casa no Natal e no Ano novo.
ResponderExcluirAlgumas pessoas com que tive um contato mais próximo estranham, mas minha mãe, por exemplo, costuma pergunta "E o menino?! Tá bem?" kkkk Minhas irmãs fazem piada e tenho certeza que não terei problemas em apresentar um tio aos meus sobrinhos... é muito bacana isso! E fico grato por ter esse privilégio...
Engraçado... isso ficou muito claro para mim, uma época em que conheci alguém que foi muito especial na minha história. E naqueles momentos entre idas e vindas ficou muito claro para mim, que eu não queria (e nem precisava) escolher entre estar com eles ou com o pessoal de casa... eu podia ter os dois! Ele poderia (e teria) que fazer parte do meu mundo!
Parabéns Tio! :)
Abração.
Sem dúvidas é algo a se comemorar! ♥ Fico super feliz pela sua conquista e pela conquista de seu amigo! Eu os entendo perfeitamente. ♥
ResponderExcluirACESSO PERMITIDO. ♥
www.acessopermitido.com
de grão em grão vamos enchendo o papo... e conquistando nosso espaço! abs! obrigado pela visita!
ExcluirQue interessante conhecer este blog através deste texto. Hoje apresentei meu novo namorado para minha família e pela primeira vez disse para minha mãe: hoje vou com meu novo namorado. uma coisa tão simples, mas que muitas vezes demoramos décadas para conseguir expressar com naturalidade.
ResponderExcluirQue legal Renato! Parabens por mais esse passo dado! E apareça por aqui quando quiser! abs
ExcluirBem, em relação a manter um bom relacionamento com o ex, eu diria que simplesmente não tem regra pra isso. É o tipo de situação em que cada caso é um caso meeeeesmo!!! Às vezes, quando você termina com uma pessoa, você continua amigo dela. Quando você termina com outra pessoa, você vira um inimigo mortal dela. Quando você termina com outra pessoa, você simplesmente perde contato com ela e não vê mais dali pra frente. E quando você termina com outra pessoa, até fica um relacionamento pacífico, mas mais distante, sem contato direto.
ResponderExcluirEntão, aí não tem como dizer que vai ser sempre isso ou vai ser sempre aquilo.
Em relação a conviver com a família do namorado, concordo que é difícil, quando se trata de um relacionamento homossexual. Mas ser aceito pela família dele não é garantia de que não vai ter problemas. Por exemplo, a mãe dele pode aceitar que ele seja gay e que você seja o namorado dele. Mas, mesmo assim, ela pode ser uma pessoa muito difícil de se conviver. E você pode ter trocentos desentendimentos com ela, não pelo fato de você ser gay e namorado do filho dela, mas porque você não satisfez alguma mania dela da forma como ela idealizou (isso acontece muito em famílias de origem mediterrânea).
Por isso mesmo, até quando um amigo (nem precisa ser namorado!) quer me apresentar à mãe dele, à avó dele ou adjacências, eu já fico com os 2 pés atrás. Só vou me aproximar se eu tiver certeza de que a família dele é bem tranquila em todos os quesitos. Não quero entrar numa casa em que eu vou encontrar imitações dos filmes Casamento Grego e Minha Mãe é uma Peça.
Leo, obrigado pelo comentario! realmente cada situaçãoé uma situação, mas não devemos deixar de considerar que a questão da homossexualidade tem seu peso... relacionamentos em todos os niveis são deliciosamente complicados!
ExcluirOlá ao autor e aos leitores do blog!
ResponderExcluirDesculpa usar o espaço do blog pra pedir ajuda mas vivo numa situação sufocante, acho que aqui não serei julgado não serei crucificado, talvez até possam me dar uma luz
Sou um jovem de 18, amo um doce garoto de 17, descobrimos o amor juntos, ninguém sabe que somos gays e que somos um casal perdidamente apaixonado, aí é que tá o maior rolo da nossa vida
Minha mãe é divorciada, o pai dele é viúvo, os 2 começaram o relacionamento e faz 4 anos que tão juntos, assim somos considerados irmãos mas na real não somos irmãos
Em 2015 por causa da crise a grana foi ficando curta sendo então necessário mudarmos pra um apê menor, no antigo era 3 quartos agora 2, então eu e meu "irmão" dividimos o mesmo quarto
Por causa desse convívio muito próximo o tempo todo muito íntimo, em algum momento aquele carinho fraterno mudou e virou amor, até hoje a gente mesmo não sabe explicar quando e como tudo mudou assim mas mudou
Fomos muito sinceros durante esse processo, o tempo que nos tornamos mais íntimos, um dia acabamos tendo um papo mais sério, foi quando acabamos nos assumindo gays um pro outro, por medo não contamos pra ninguém, muitos meses depois numa zoeira de beliscões e provocações acabamos abraçados no chão do nosso quarto, foi quando a ficha caiu pra nós 2, que nossos sentimentos tinham mudado apesar de fingirmos que não
No meio de 2016 a grana apertou mais, tivemos que mudar de escola, cada um foi pra uma escola diferente, não tive grandes problemas passada a fase de adaptação até que tô de boa lá, mas ele teve umas dificuldades, algum bullying uma vez ou outra já ocorreu ele
Pouco antes do fim do ano letivo aprontaram alguma que ele ficou bad, tava chateado ficou na cama agarrado no travesseiro, chorou um pouco isso acabou comigo, deitei com ele o abracei fiz cafuné e perdemos o controle, nessa vez não conseguimos ficar só nas carícias e beijos, acabamos ficando
Foi a única vez que ficamos, nunca tinha me sentido tão feliz, tão bem, nós nos amamos, foi lindo
Mas os últimos meses tem sido terríveis, é uma tortura diária segurar esse sentimento forte, ficar no mesmo quarto sem poder demonstrar nada, não poder falar a verdade, é mega sufocante, é super desgastante essa nossa situação mas não sabemos o que fazer
Nossos pais nunca aceitariam que somos gays e menos ainda que somos um casal que se ama, minha mãe é uma evangélica homofóbica, o pai dele é um cavalo machista, nossos parentes a maioria é uma coleção de estereótipos preconceituosos e o meu pai prefiro dizer é totalmente ausente, olha que tô sendo generoso com meu pai
Tá até difícil dormir, nessa madrugada resolvi teclar e pedir uma luz pra quem puder nos orientar, imagino que outros gays também já passaram por dilemas e dificuldades, quem sabe um pouco de experiência de vida possa nos ajudar
No mês passado nós demos uma desculpa de sair pra um rolê dos amigos mas fomos nós 2 é num parque da cidade pra conversar sobre nossa situação, o que fazer, como fazer, se é que dá pra fazer algo
A gente não sabe como e quando, mas sabemos que um dia teremos que sair do armário, somente depois disso em algum momento futuro possamos falar sobre nosso amor, sermos um casal, tá tudo muito difícil
Pensamos também que pode ser mais seguro manter tudo em segredo, tirar energia não sabemos de onde pra aguentar firme, seguir os nossos estudos, buscar trabalho, só no dia que tivermos independentes de nossos pais falar a verdade mas isso vai demorar muito, é sufocante demais manter essa nossa situação
Nós não estamos fazendo nada errado, não somos irmãos, não temos culpa de ser gays, não temos culpa de nos apaixonarmos, nos amamos simplesmente foi assim, ai ai ai, a vida nos apronta cada uma né gente
Poxa... com o perdão da palavra, que nó! hein
ExcluirOlha, não que eu seja religioso ou coisa do tipo, mas tem uma frase de São Francisco de Assis que eu gosto e que talvez resuma o que eu ia falar, ela diz assim: “Faça o necessário, depois o possível, e, de repente, você estará fazendo o impossível.”
Vocês são muito novos, imagino eu que dependentes do pai de vocês... o que talvez eu tentasse fazer é terminar os estudos e procurar de alguma forma tentar começar a trilhar um caminho mais "individual"... No sentido de não depender financeiramente deles, até para que vocês possam realmente ter liberdade para entender o que está acontecendo com vocês.
Por outro lado, é duro ter que refrear esse sentimento tão bacana e bonito que você descreve, mas tentaria encarar isso como uma situação passageira... No meio tempo, até vocês conseguirem ter uma maior independência acho que vocês também vão ter condições de se entender e descobrir o que é e para onde vai esse sentimento que nasceu entre vocês.
Penso que é uma situação muito complicada e tenho plena consciência que minha "sugestão" não contempla tudo... mas penso que um movimento mais "brusco", nesse momento... poderia ser bem complicado para todos, ainda mais que tem esse componente de vocês estarem passando por um momento mais delicado.
No mais, é tentar aproveitar o tempo que vocês tiverem juntos... e viver! :) Talvez procurar ajuda em um grupo de apoio, que possam ajudá-los, oferecer uma acolhida, pelo menos conversar para alivar o peso. Se precisar prosear um pouco, pode contar comigo.
Bom, espero de alguma forma ter ajudado, tenho certeza que mais comentários virão e que eles possam te ajudar também.> Abração!
prezado rapaz anonimo, sugiro que vc entre em contato com a Edith Modesto, email ELMODESTO@UOL.COM.BR ela tem muita experiência em conversar com maes e pais, talvez possa te ajudar! abs e boa sorte!
ExcluirQue legal tim man vc ter pensado nessas coisas! espero que ele se saia bem! vc é dez!
ExcluirOlá! :]
ExcluirObrigado pelo apoio, pelas palavras!!
Tô mais calmo, tamos mais calmos, vamos ter cautela nessa nossa situação, verdade sim somos jovens temos tempo pra viver nossa relação, não precisamos nos arriscar e querer tudo rápido pra ontem.
O importante é que mesmo que tenhamos que nos esconder, nós tamos juntos, convivemos juntos todo dia, isso é muito bom!
Curtimos o Projeto Purpurina, tamos até pensando num plano viável de dar uma escapada pra SP e participar de uma reunião, não será fácil mas seria bem positivo.
Tamos pesquisando uns grupos de apoio, vamos aos poucos nos entendendo melhor nesse mar de sentimentos e sensações, procurar ajuda e aconselhamento se a situação apertar.
Buscar independência realmente é o plano mais certo, ser dono do próprio nariz é vital quando já é sabido que nossa família não nos aceitará.
Nos últimos dias conversamos muito, pensamos muito, tamos mais seguros, teremos cautela, vamos ficar bem, obrigado de coração pelas palavras, pela disposição em ajudar!! :]
Tanto quanto na época que namorei, como em viagem que fiz e para cidade do interior, o pai deles sempre me trataram bem: pai do namorado ainda eu já conhecia há uns 3 meses. Já o pai de quem eu conheci na viagem, fez o comentário mais legal porque disse que soube que eu e o filho dele tínhamos conversado apenas na viagem e, estávamos dormindo juntos como se casal fossemos e me pediu se poderia permanecer por mais uma semana, pela felicidade que o filho estava sentindo. Maroto brincou se eu não iria ficar mais cansado!
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