28 de dezembro de 2007

"bamos biber en uruguai?"

sem comentários...inveja e vergonha!
Uruguai se torna o 1º país da América Latina a legalizar a união civil homossexual

O presidente do Uruguai ,Tabaré Vázquez ,cumpriu sua promessa e sancionou nessa última quinta-feira, dia 27 de dezembro, a lei da "união concubinária", que reconhece a união entre pares do mesmo sexo.
Com essa nova lei, que já havia sido aprovada pelo Congresso Nacional em 18 de dezembro último, o Uruguai se torna o primeiro país da América Latina a reconhecer a união entre homossexuais em âmbito nacional.
Semelhante à lei de união civil, a lei da união concubinária oferece aos casais do mesmo sexo, entre outras coisas, o direito a divisão de bens, herança, pensões em caso de morte do parceiro, assim como vantagens do sistema de segurança social do país.
A lei entra em vigor na primeira semana de 2008.

26 de dezembro de 2007

Não é fácil ser gay!

"Nós, os homens gays, não temos uma vida fácil. Crescemos sem referências positivas gays e temos que ocultar nossa identidade sexual (que é algo que nos define como pessoa) da família, dos amigos e do pessoal do trabalho, na imensa maioria das vezes, para que possamos ser “aceitos”. Sofremos com vícios que, embora possam afetar todo mundo do planeta, têm especial peso sobre nós: a promiscuidade (a pegação), as drogas e o alcoolismo...'
'Depois não adianta vir culpar o meio gay, a mãe, o stress, a falta de dinheiro, o Lula ou o Papa. A gente tem que ter o culhão de se olhar no espelho e ver o que está fazendo consigo mesmo. Nessa hora, todo mundo precisa ser homem, ser muito macho. (e eu acredito que todo mundo tem essa coragem, mesmo que ela esteja num lugar lá no fundo)."

frase extraida de texto que o jornalista Diego Castro, publicou em seu blog no MIX BRASIL em 26 de dezembro,
clique no titulo para acessar o texto integral

24 de dezembro de 2007

Cidades menos populosas têm 17 mil casais homossexuais vivendo juntos

(matéria de Cirilo Junior, publicado na FOLHAonLINE em 21 dezembro)

Os 5.435 municípios investigados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) têm 17 mil casais de pessoas do mesmo sexo vivendo sob o mesmo teto. Esse número corresponde a 0,02% dos homens e 0,01% das mulheres nas cidades pesquisadas. Foi a primeira vez que um levantamento deste tipo foi feito pelo IBGE.
Essas cidades têm 60% da população brasileira. Não foram pesquisados os 129 municípios mais populosos do Brasil.
O presidente do órgão, Eduardo Pereira Nunes, admitiu que o número não representa fielmente o quadro real brasileiro, já que a maior parte dos casais homossexuais que vivem juntos está concentrado em regiões mais populosas.
"Se fizéssemos o mesmo no Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados da região Sudeste, o número seria maior do que estamos divulgando", afirmou
Nunes ressaltou que em algumas regiões, como a Norte, a população foi avaliada em quase todos os municípios, inclusive nas capitais. Isso faz com que a pesquisa nessa região seja o retrato fiel local, "quase um censo", frisou o presidente do IBGE.
Queda
A pesquisa divulgada nesta sexta-feira indica também que a média de moradores por domicílio caiu nos 5.435 municípios avaliados. São 3,53 moradores a cada domicílio e a causa principal é a redução da taxa de fecundidade.
Em 250 cidades, a média de moradores ficou abaixo de três. Em 2000, eram 77 municípios com esse perfil. Foram verificados ainda 191 municípios com mais de quatro moradores por domicílio, acima das 250 cidades constatadas em 2000.
Eduardo Pereira Nunes destacou que o número de domicílios aumentou, mas percebe-se um número menor de moradores.
"Hoje temos presença grande de lares com uma única pessoa, ou então famílias em que não há presença do homem ou da mulher. Vários arranjos mostram que a família tradicional pode ser decomposta em outros subgrupos e características de novos grupos mostram que pode haver número menor do que famílias tradicionais", completou

21 de dezembro de 2007

Motivos para virar hétero!


Primeiro foi o PAPA BENTO "sapatos prada" XVI que disse que os relacionamentos homossexuais eram a fonte das guerras e discórdias no mundo (THE POWER OF LOVE!)

Agora, uma pesquisa do IBGE mostra que o Brasil tem mais mulheres que homens!

Tô achando que isto é um bem orquestrado complô das oligarquias para dominar as minorias GLBT!

Espero que ninguém se sinta pressionado e "vire" hetero!

17 de dezembro de 2007

alguns passos

Fiquei satisfeito em encontrar no site do MIX BRASIL um banner do Governo do Estado/ Secretaria da Justiça fazendo um link para um página que fala dos direitos GLBT.
Num estado laico é o que devemos esperar, ainda é pouco tá certo, mas é afirmar que existimos e que temos direitos, oficialmente, publicamente:
Vejam em http://www.justica.sp.gov.br/Modulo.asp?Modulo=456&Cod=51
clique também nos links de relatorios da pagina, é bem interessante saber que 70% das pessoas que fez denuncias as retirou antes que fossem julgadas

14 de dezembro de 2007

Thiago Mendonça

"A pessoa que tem problema com sua sexualidade não é feliz"
"Pessoas com problemas com sua sexualidade, no fundo, se sentem frustradas e começam a julgar a sexualidade do outro. Se você se respeita e se sente feliz assim, não vai se preocupar em saber com quem alguém está dormindo, quem faz o quê."


Frases do ator Thiago Mendonça, que interpreta o homossexual Bernardinho na novela Duas Caras, em entrevista á resvista CONTIGO - clique no titulo para ler a entrevista na integra.

1 de dezembro de 2007

fale com as crianças sobre o pum, o cocô e o pipi!

hoje, 1 de dezembro, é o dia mundial de luta contra a AIDS, e os últimos prognósticos não são nada animadores, as pessoas continuam contraindo a doença, e mesmo que os homossexuais não sejam mais o tal "grupo de risco" a doença não retrocede, mesmo porque só foram inventados medicamentos paliativos até agora.
o ridículo que se mostrava quando os governos e campanhas insistiam em falar de "grupo de risco", apontando dedos para os homossexuais, mostra agora seus resultados, o maior número de infectados, inverteu-se, agora está entre as mulheres heterossexuais, que estavam fora do tal grupo de risco...

em paralelo, na mesma semana, foi divulgada uma pesqusa que diz que 56% dos jovens não fala sobre sexo com seus pais e mais de 40% afirma não usar preservativo.
noticias estonteantes não?

mas uma coisa que pode ser feita, penso eu, que é fazer os adultos falarem mais com as crianças sobre pum, sobre cocô, sobre xixi...é sério!

mas o que isto tem a ver? tem a ver com falar sobre sexo com as crianças, tem a ver com falar abertamente, tem a ver com criar um canal de comunicação com o lúdico, com o novo, com a curiosiadade.
o primeiro contato da criança com a sexualidade é o contato com seu próprio corpo, em especial com as partes "escondidas", que só são vistas e manipuladas no banho.
ao mesmo tempo a criança começa a ser castrada, que soltar pum é feio, que falar de cocô e xixi é feio, que ficar pelado é feio, que os outros pelados estão errados, que mexer no pipi, na xoxota, é errado.
ai a associação é automática, o que está "dentro das calças" deve ser escondido, não deve ser falado...e ai as crianças se sentem tolhidas em falar sobre suas dúvdas, tem medo que suas perguntas sejam reprimidas, castigadas, tem medo de aborrecer o papai ou a mamãe com um comportamento inadequado.
mesmo que os pais mandem a mensagem verbal "você pode falar comigo sobre o que quiser", subliminarmente eles estão dizendo "desde que não seja sobre coisas feias!" com suas atitudes e castrações.
para melhorarmos a questão da aids, para protegermos as futuras gerações, temos que falar com elas sobre sexo, falar que transar com camisinha é bom (e não como chupar bala com papel), falar com as crianças de maneira natural sobre o corpo, sobre o que temos dentro de nosso corpo e o quanto ele deve ser cuidado.
e se ela soltar um pum, ou fizer uma piada escatológica, antes de reprimi-la, ria! provavelmente foi engraçado, e isto vai fazer você se aproximar muito mais dela do que com a repreensão!
depois que rir, que achar bonitinho, explique para a criança que na sua frente ela pode fazer e falar tudo, mas que em alguns lugares as pessoas ficam enbaraçadas e envergonhadas e que ela deve evitar...tenho certeza que ela vai entender.
não se preocupe, fazendo isto vc não está criando nenhum monstro escatológico, só um adulto mais próximo de você, com mais um canal para conversar, e quem sabe toda uma nova geração que não fique doente de bobeira!

27 de novembro de 2007

espalhando PURPURINA em 2 de dezembro


Mais uma edição do PROJETO PURPURINA, coordenado pelo GPH (http://www.gph.org.br/) voltado EXCLUSIVAMENTE a jovens gays (homens e mulheres, 14 a 24 anos)

Estarão presentes também Dimitri Sales, advogado do CR da CADS, a Dra. Márcia, conselheira tutelar da Sé, o psicoterapeuta afirmativo Dr. Klecius Borges.
Dia 2 de dezembro, 15 horas, na Escola da Rainha, Rua Rodesia 123 - vila madalena

21 de novembro de 2007

"Disse para ela ‘sou homem de verdade, sou honrado e vou construir uma vida assim’. Como ela confiava muito em mim, aceitou. Depois que falei, que enfrentei o medo de ser e de existir com meus desejos, tudo melhorou.
Enquanto minha defesa era negar a orientação sexual , eu não era, não existia”

frase do ex-BBB e escritor Jean Wyllys, 32 anos, ao falar como contou a sua mãe sobre sua homossexualidade, em entrevista ao site de noticias G1

19 de novembro de 2007

Grupo de Pais Homossexuais - 24 novembro

Neste sábado, 24 de novembro, ás 15 horas, haverá mais um encontro do Grupo de Pais Homossexuais, que vem sendo coordenado pelos psicólogos Vera Moris e Edson Defendi.
O Objetivo do grupo é reunir Homens Homossexuais que tenham filhos, sendo que a maioria destes homens tiveram relacionamentos heterossexuais anteriores á sua condição homossexual atual.
No grupo os participantes tem tempo de falar de conflitos e angustias, alegrias e descobertas, trocando idéias e ajudando-se mutuamente, pois nestas horas muitos homens se vem totalmente sozinhos, sem família, sem amigos.
Para garantir total privacidade e sigilo aos participantes o local da reunião só é divulgado ás pessoas previamente inscritas e aos já participantes. (para localização é um endereço próximo ao metrô PRAÇA DA ARVORE)
Para inscrever-se entre em contato com Vera Moris (
vemoris@uol.com.br) ou Edson Defendi (edsondefendi@uol.com.br)

16 de novembro de 2007

CURSO DE DIREITO HOMOAFETIVO

Aspectos judiciais, extrajudiciais e administrativos

Coordenação:
Maria Berenice Dias

Palestrantes:
Christiano Cassettari Mestre em Direito Civil (PUC/SP) Diretor Cultural do IBDFAM-SP.
Dimitri Sales Mestre em Direito Constitucional (PUC/SP) Assessor Jurídico da Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo.
Maria Berenice Dias Desembargadora do Tribunal de Justiça do RS Vice-Presidente Nacional do IBDFAM
Viviane Girardi Advogada especialista em Direito de Família em Sucessões. Mestre em Direito das Relações Sociais pela UFPR. Diretora Estadual do IBDFAM/SP.

Objetivo:
* Acompanhar a jurisprudência do Direito Homoafetivo;
* Trazer os fundamentos constitucionais e legais para a defesa dosdireitos decorrentes da diversidade sexual;
* Traçar um panorama das questões da diversidade sexual no âmbitolegal e administrativo;
* Destacar os avanços no campo médico e legal das pessoas transexuais;
* Elaborar contratos de convivência e testamentos para preservação dosdireitos das uniões homoafetivas;
* Debater os aspectos da adoção homoparental. Público-Alvo:
* Profissionais da área do direito, participantes de entidades públicas e não governamentais que trabalham com a diversidade sexual.

Programa:
* O reconhecimento do Direito Homoafetivo pelo Poder Judiciário
* Conceitos, legislação e a defesa da diversidade sexual em sede administrativa e no âmbito do Poder Público
* Aspectos notarias e registrais da diversidade sexual
* Fundamentos constitucionais para a adoção e para o reconhecimento das uniões homoafetivas

LOCAL: AASP
DATAS: 26, 27, 28 e 29 de novembro de 2007
HORÁRIO: 19h às 21h

11 de novembro de 2007

Como vivem os 'Bernardinhos' do Brasil

O site GLOBO.COM publicou uma matéria sobre o relacionamento de filhos homossexuais com seus pais e mães, a proposito do personagem Bernardinho da novela, clique no titulo da materia.

6 de novembro de 2007

FORUM GLBTT

Seminário: População GLBTT / SUS
Integralidade em Saúde, capacitação para ativistas GLBTT do Estado de São Paulo14 a 18 de Novembro de 2007 - Piracicaba – SP
O FPGLBTT – Fórum Paulista de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais foi criado em 1999 e rearticulado em 2004, após o II Encontro Paulista GLBTT realizado em São Paulo, onde os grupos, lideranças e organizações da sociedade civil sentiram a necessidade de articularem suas ações enquanto Estado, bem como criar uma rede de grupos, OSCs e lideranças para articularem e aproximarem as ações contra a homofobia no Estado de São Paulo.
O Fórum conta hoje aproxidamente com 40 grupos GLBTT e lideranças.Este seminário tem objetivo de capacitar lideranças LGBT no Estado de São Paulo e com isso, qualificar as ações de prevenção e promoção de saúde, bem como promover integralidade das nossas ações com o SUS.
Informações pelo SITE.
Acessem www.forumpaulistaglbtt.org.br

4 de novembro de 2007

a vida sem filhos...

Minha "cria" foi viajar com amigos..., é...está crescendo e já anda em "turminha"!
Acabei num "fim de semana sem filhos", sem hora para chegar, sem hora para comer, sem hora para acordar, sem ter que se preocupar se o lugar em que vai tem banheiro ou é "adequado" para crianças. Eu e o namorido passamos o fim de semana na rua. Aliás, um fim de semana quase 100% gay, com direito a show da Maya na Flex e tudo!
Ai fiquei pensando numa coisa que muita gente me pergunta, quando sabe que sou gay e tenho criança:
- Não perdeu muito a liberdade? Filho não prende muito?
- Não se arrepende? Sua vida não seria diferente? Melhor?
Digo de coração aberto, que não me arrependi nunca, em nenhum momento passou pela minha cabeça em todos estes anos nenhuma sensação de arrependimento, de dúvida, de querer voltar atrás.
A experiência de ter filhos é única, ganhei tanto, me tornei uma pessoa tão melhor do que eu era, que eu jamais vou ter como retribuir isto. Cada dia aprendo mais sobre as pessoas, cada dia tento ser uma pessoa melhor, enisnar o que é certo ou errado para alguém que acredita em tudo o que você fala, que te admira e usa você como referência para tudo, não é fácil, mas nos faz seres muito melhores.
Mas, já que é para falar a verdade, preciso dizer que não é uma coisa fácil, especialmente se você levar a sério seu papel de pai (ou mãe) ao invés de apenas colocar filho no mundo, o que não faz absolutamente ninguém um verdadeiro pai ou mãe na minha opinião.
A "super mãe" Edith Modesto, mãe de 6 e fundadora do Grupo de Pais de Homossexuais, diz uma frase que eu sempre repito e me diverte muito: "Filho é bom...mas dura muito!"
Filho prende, filho balança o orçamento, filho tira a liberdade, ter filhos nos faz ter esperança e medo do futuro, ter filhos cansa. tudo isto é verdade, mas também é verdade que se estes argumentos são mais fortes do que seu desejo de ter filhos você não está preparado(a).
Sei que quado perguntam isto para mim, querem saber o que um filho muda na vida de um homossexual, povoado no imaginário das pessoas, de festas, futilidades e irresponsabilidades, especialmente sexuais, que não condizem com a vida do pai de familia.
Primeiro que isto tudo é um mito, os gays e lésbicas que vivem deste modo são muitos, mas não reprensentam em absoluto a totalidade dos homossexuais, além do que, heteros também vão a festas, bebem ate cair, fazem as "suas putarias" mas isto não os desabilita á paternidade e á maternidade.
O que mudou na minha vida foi para melhor, eu planejei ser pai, não foi um "acidente" ou uma "pressão da familia" e da sociedade, eu sabia do que ia abrir mão (que nem foi tanto assim) e do que ia ganhar (e ganhei muito mais do que imaginava).
Não imagino mais a minha vida sem ter uma criança como parte dela, não quero uma vida sem filhos! Fico com saudade e quero que volte logo, mas mesmo assim não tenho o maniqueismo de querer criar para mim, para estar perto o tempo todo e muito menos para cuidar de mim quando ficar velhinho, crio para o mundo, para ser uma pessoa que saiba lidar com as frustrações, com a liberdade, com a verdade, com a ética.
Não é fácil, mas eu "recomendo"!

3 de novembro de 2007

o melhor filme do ano!

Acabo de eleger o meu mais novo "melhor filme do ano", tá certo que esta posição de primeiro lugar muda de tempos em tempos, mas atualizesse e assista!
LETRA E MÚSICA!
O filme, protagonizado pela atriz ultra "gracinha" Drew Barrymore e pelo "British Man" Hugh Grant, é lindo, temum enredo muito original, musicas que "grudam" em você e te ceixa de alma limpa e lavada.
Dá para chorar, rir, se preocupar, torcer, e relaxar! Perfeito!
Assista e me diga se estou mentindo! Já assisitu? Tô exagerando?

1 de novembro de 2007

purpurina, 4 de novembro

Neste domingo vai ocorrer mais uma edição do PROJETO PURPURINA, que criou um espaço para que os jovens homossexuais possam conversar e se integrar.
O tema deste mês são os relacionamentos, e foram convidados alguns casais com relacionamentos longos, para darem seu depoimento! Eu vou estar lá!

25 de outubro de 2007

simulacro hétero

Volta e meia, leio, aqui e acolá, mas especialmente em artigos de colunistas de sites da comunidade GLBT, que os gays e lésbicas que almejam um relacionamento duradouro, monogâmico e com desejo de perpetuação através de filhos, não estão indo de encontro a seus desejos, mas simplesmente criando simulacros de relacionamentos héteros para tornar possível sua aceitação.
Ou seja, o gay que fala em "casar", ser fiel e criar filhos em conjunto, está apenas imitando seus pais para não decepcioná-los e ser aceito.
Para muitos intelectuais e livre-pensadores homossexuais, o amor não existe, foi apenas uma criação intelectual para vender livros e poesias, criar tramas em novelas e cercear nossos desejos. A natureza humana, para estes articulistas, especialmente dos homens, é voltada para a poligamia, pois homem gosta de "safadeza" e foi feito para "polinizar" sendo o "casamento" monogâmico uma camisa de força judaico-cristã, e ainda acrescentam que a idéia de ter filhos é o medo da solidão na velhice conjugado com o desejo de ser visto como gente "do bem".
Não é de espantar que estes argumentos também sejam os mesmos usados pelos grupos homofóbicos para aniquilar toda forma de aceitação da homossexualidade.
Intelectualmente acho que eu até poderia concordar.

Mas na realidade sou um babaca romântico,
que acredita no frisson da felicidade,
que adora ficar juntinho de quem ama e fazer planos menos egoistas para o futuro,
que sempre sonhou em ter filhos e em ficar velhinho junto de uma familia amorosa e de preferência grande, que está disposto a fazer sacrifícios e se transformar,
que quer acreditar nos outros e
Sou, enfim, um bobo pouco intelectualizado que não tem necessidade de ficar se desculpando por ser babaca

Do mesmo jeito que a "inteligentsia" GLBT acredita que, mais cedo ou mais tarde, os replicantes de simulacros heteros vão descobrir que não é possivel ser homossexual e ter um relacionamento nos moldes quase "convencionais", eu , como acredito na força do amor, do desejo e da felicidade, torço para que estes articulistas tenham a oportunidade de ao menos passar "de raspão" por estes sentimentos, para que possam verdadeiramente ter certeza que estas coisas não existem.

E você? Qual "linha editorial" segue?



23 de outubro de 2007

Grupo de Pais Homossexuais

Neste sábado, 27 de outubro, ás 16 horas, haverá mais um encontro do Grupo de Pais Homossexuais, que vem sendo coordenado pelos psicólogos Vera Moris e Edson Defendi.
O Objetivo do grupo é reunir Homens Homossexuais que tenham filhos, sendo que a maioria destes homens tiveram relacionamentos heterossexuais anteriores á sua condição homossexual atual.
No grupo os participantes tem tempo de falar de conflitos e angustias, alegrias e descobertas, trocando idéias e ajudando-se mutuamente,pois nestas horas muitos homens se vem totalmente sozinhos, sem família, sem amigos.
Para garantir total privacidade e sigilo aos participantes o local da reunião só é divulgado ás pessoas previamente inscritas e aos já participantes. (para localização é um endereço próximo ao metrô PRAÇA DA ARVORE)
Para inscrever-se entre em contato com Vera Moris (vemoris@uol.com.br) ou Edson Defendi (edsondefendi@uol.com.br)
Se você acha que este grupo pode te ajudar, não exite, entre em contato!

11 de outubro de 2007

estórias de saídas... e entradas!

Tá certo que o nome deste post parece título de filme pornô, mas não é bem assim! O título tem a ver com o fato de que esta semana foi marcada pelo COMING OUT DAY, ou, o DIA DE SAIR DO ARMÁRIO.
Originalmente, seria um dia em que as pessoas "contariam" para os outros sobre sua orientação sexual, com mais pessoas se apoiando mutuamente no mesmo dia. Na realidade o conceito foi ampliado, e o coming out passou a ser também uma atitude dos que apoiam e não discriminam os homossexuais, "contando" para os outros sobre isto.
Na realidade o processo de "sair do armário" é mais ou menos constante. Ás vezes saimos do armário de maneira sutil, pela presença do outro, estar com alguém, demonstrar carinho e atenção, é uma maneira de se posicionar. Ás vezes saimos do armário mais claramente, com letras e vírgulas, quando a situação permite ou demanda.
Em alguns casos é a decoração da sua casa que mostra quem você é! Além das óbvias Bandeiras do arco-iris, livros do Maplethrope e posters da Marilyn Monroe também sinalizam... Também podemos sair do armário pelas roupinhas que usamos e pela quantidade liiiindos, incrrriveis e marrravilhosssos, queusamos em nosso vocabulário ( o meu caso) .
O conceito de sair do armário está diretamente ligado ao aceitar-se gay, posicionar-se claramente sobre sua sexualidade. Mas também está ligado ao conceito de ENTRAR no armario. Porque, muitas vezes, a gente entra no armário em várias situações.
Umas por omissão, outras por opção (e não orientação tá!).
Você não fala para o taxista que brigou com seu namorado pela manhã, você compra flores e não diz para quem são, você almoça junto e não pega na mão, você dá uma disfarçada no celular quando está cheio de "dengos" com seu amor, você não tem a bandeirinha do arco iris no para-choques de seu carro...
Ai podemos falar da homofobia internalizada, do medo do preconceito, do medo de represálias, mas não podemos fingir e dizer - minha intimidade só me diz respeito! Como se as coisas não fossem diferentes se você fosse heterossexual...
Mas, mesmo assim, o coming out sempre tem sido uma experiência boa para mim, ao mesmo tempo que liberta um segredo, acaba nos aproximando das pessoas.
Eu já tive situações em que sair do armário era, na realidade, a única saída. Algumas estorias até engraçadas:
Uma vez, num evento empresarial, sentei na mesa ao lado de uma empresária, que passou a noite inteira conversando comigo. Lá pelas tantas eu percebi que ela estava bem atirada...ficando bem íntima, querendo saber como eu agia nos relacionamentos. PIMBA, ela tava dando em cima de mim!
Ai, fiquei pensando...eu não preciso falar nada, simplesmente me esquivo e ela pense o que quiser, (já tinha passado há tempos da fase de inventar namoradas), mas achei que ela ia sair dali com a auto-estima super abalada, que ia se sentir uma "bosta" de ter dado em cima de um cara e ele não tomar atitude nenhuma.
Então resolvi explicar para ela que ela era muito bonita, educada, inteligente e que eu estava até lisonjeado de la querer ser minha amiga, mas que , basicamente, que meu negócio era Crush, e não Pepsi! Ela ficou meio desoconcerada a principio, mas depois relaxou e acabamos rindo muito porque ela disse que ja tinha acontecido com ela, que os caras sensiveis e educados são sempre gays, e assim por diante...
E lá se foi minha chance de casar com uma MUIÉ RICA!
Outra vez liguei para fazer reserva de uma pousada em Campos, pedi um quarto com cama de casal e ai a dona da pousada perguntou:
- Qual o nome dos hóspedes?
- André e Renato (!)
- Renata? - indagou a senhora
- Não - RENATO , respondi.
- Renata? - insistiu ela.
Ai não teve jeito, tive que ser bem EXPLICADINHO:
- Senhora, o nome do meu MARIDO é RENATO, somos dois homens e somos casados, por isto estou pedindo uma cama de casal, isto é algum problema para a sua pousada?
Silêncio do outro lado do interurbano! Depois, visivelmente atrapalhada:
- Ah! Tá certo, eu não tinha entendido, problema nenhum...
E realmente não teve porque ela nos "adotou" assim que chegamos lá, só faltava levar café da manhã na cama... Foi tão engraçado que eu conto até hoje esta estória
E ai? você tem uma estória engraçada saindo do armário?

9 de outubro de 2007

" Quanto mais exerço a paternidade, mais eu digo que preciso pedir desculpas á minha mãe"
(Ray Romano, na revista Seleções de Agosto de 2007)

7 de outubro de 2007

o homossexual na familia brasileira

Neste domingo, a FOLHA DE SÃO PAULO trouxe uma pesquisa sobre a família brasileira, que traçou um perfil atualizado do que pensa o brasileiro sbre o assunto. Como sei que muita gente não tem acesso a FOLHA e não e assinante do UOL, publiquei alguns trechos que podem nos interessar:

"Pesquisa nacional do Datafolha revela: mais tolerância na sexualidade e menos no aborto; família é a instituição mais valorizada; fidelidade é a qualidade mais desejada no parceiro
A edição de domingo da Folha de S.Paulo traz a pesquisa nacional do Datafolha , realizada em 211 municípios, que traçou um novo perfil da família brasileira. O resultado indica uma mudança nos hábitos, valores e opiniões no país desde 1998, quando a Folha realizou a primeira edição do mesmo levantamento.
Confira a
pesquisa completa (íntegra disponível só para assinantes do jornal ou do UOL).
Entre as principais mudanças detectadas pela pesquisa, entre os dois períodos, está a maior tolerância das famílias para aspectos como perda da virgindade, sexo no namoro e na casa dos pais, gravidez
sem casamento e homossexualidade. Por outro lado, cresceu a rejeição à prática do aborto, o uso de drogas é condenado, e a fidelidade é mais valorizada que uma vida sexual satisfatória.

Mudança de registro por Laura Mattos

Maior exposição na mídia, popularização das paradas e uma tendência mundial pelo direito dos homossexuais explicam o aumento da tolerância, dizem estudiosos e militantes O Sudeste é menos intolerante: 18% não vêem problema ter filho/a namorando alguém do mesmo sexo
O que aconteceu nos últimos nove anos no Brasil para que um quinto dos pais deixassem de considerar “muito grave” que um filho ou filha namore alguém do mesmo sexo? Mais: por que aumentou o número daqueles que nem acham que isso seria um problema? De 1998 para cá, a militância e as paradas gays se multiplicaram, Jean Wyllys assumiu ao vivo e venceu o “Big Brother”, um acordo judicial deu à companheira de Cássia Eller a guarda de seu filho e quase todas as novelas das oito passaram a ter personagens homossexuais.
“Se o debate não entrou na casa das pessoas pelos jornais, chegou via novelas, que estão discutindo se gays podem ou não adotar uma criança, beijar-se etc. De modo geral, a abordagem, ainda que não seja ideal, tem sido positiva e menos caricata. Mesmo quem é menos informado passou a ter contato com a questão”, diz a antropóloga Regina Facchini, vice-presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de SP.
Facchini e outros estudiosos da homossexualidade receberam com otimismo a queda de preconceito registrada pelo Datafolha. “É uma mudança grande, não só pelo número dos que deixaram de considerar 'muito grave' que o filho ou filha tenha uma relação homossexual, mas principalmente porque houve uma subida notável entre os que não consideram isso um problema”, avalia. Para a antropóloga, o resultado está relacionado à maior visibilidade do movimento GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e trangêneros). “A militância levou à apresentação de projetos de lei, como o da parceria civil entre homossexuais e o da criminalização da homofobia. Ainda que até agora não tenham sido aprovadas, essas propostas acabaram por ampliar o debate na sociedade.
Paralelamente, tivemos o crescimento das paradas. A de São Paulo começou em 1997 com 2.000 pessoas. Neste ano, foram 3,5 milhões. Há dez anos, tínhamos, além da paulistana, apenas a do Rio. Hoje são mais de cem espalhadas pelo país.” Facchini aponta que, nos últimos anos, a discussão sobre homossexualidade não só é mais ampla como teve um salto qualitativo. “Nos anos 1980, pouco se falava sobre o assunto e, quando passou a ser abordado, estava ligado à Aids. Com o tempo, a mídia deixou de fazer reportagens apenas sobre números da Aids ou de assassinatos de gays. A pauta não é só de desgraças.”
Antropólogo e fundador do Gru-po Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott também menciona a maior visibilidade do movimento e a “heterossexualização da Aids”, mas acrescenta outros dois fatores: uma tendência mundial de divulgação de estudos científicos que apontam a normalidade da homossexualidade e políticas governamentais, como o programa Brasil sem Homofobia, do Ministério da Saúde, que exibiu anúncios positivos na televisão. O mesmo programa é citado por James N. Green, historiador, brasilianista e ativista do movimento gay norte-americano.
Autor de três livros sobre a homossexualidade no Brasil, ele afirma que as campanhas governamentais brasileiras estão alinhadas ao movimento internacional pelos direitos dos homossexuais e complementa: “Antes, só homens mais efeminados e mulheres mais masculinizadas eram visíveis. A tolerância aumentou conforme mais pessoas se assumiram”, acha. Para o historiador, o fato de a juventude atual também discriminar menos acaba afetando positivamente familiares mais velhos.
Segundo o Datafolha, as taxas mais baixas de rejeição aparecem na faixa etária dos 16 aos 25 anos. Mas Green acha ainda que a ficção está ajudando a mudar a realidade. “Apesar de alguns retratos que mantêm o preconceito, as novelas brasileiras foram fundamentais para a queda da intolerância”, diz.
Mott concorda que os folhetins ajudaram, mas é mais contundente na crítica a eles. “Falta ousadia, como esse casal assexuado de ‘Paraíso Tropical’. A telenovela já criou muitos personagens caricatos, como o Uálber [guru interpretado por Diogo Vilela em ‘Suave Veneno’, 1999]. Até agora, o casal mais positivo foi Sandrinho [André Gonçalves] e Jefferson [Lui Mendes], de ‘A Próxima Vítima’ [1995]”, opina.
Convicto do papel das novelas na redução do preconceito contra gays, Renato Janine Ribeiro, professor de filosofia da USP, acha o casal de “Paraíso Tropical” positivo. “Eles visivelmente se amam, não é uma relação de sacanagem. Isso é interessante porque, para muita gente, a homossexualidade não está tão ligada ao amor, mas a uma sexualização mais forte. É como se fosse mais escandalosa, sacana, e a heterossexualidade, mais discreta.” Na opinião de Mott, contudo, mais do que as novelas, dois episódios midiáticos dos últimos anos foram essenciais. “Houve uma comoção nacional favorável ao movimento homossexual em dois momentos: quando Jean Wyllys se assumiu gay e ganhou o ‘Big Brother’ e quando a namorada de Cássia Eller obteve a guarda de seu filho”. A companheira de Cássia por 14 anos, Maria Eugênia Martins e o pai da cantora, Altair Eller, disputaram na Justiça a guarda de Chicão, filho de Cássia, que contava oito anos quando ela morreu, em 2001. Após acordo, o menino ficou com Eugênia. “Na época houve mesmo uma comoção do país, da mídia. Fiquei muito admirada e comovida com o apoio que recebi das pessoas”, lembra.
Resposta aos pessimistas
O psicanalista e professor do Instituto de Medicina Social da UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Jurandir Freire Costa, 63, encara com otimismo os principais resultados da pesquisa Datafolha. “A sociedade brasileira dá uma resposta positiva aos pessimistas que insistem em desqualificá-la.”
Na avaliação dos fatores que contribuíram para os resultados, o psicanalista menciona, em primeiro lugar, a educação, seguida pelo maior acesso à informação. O terceiro item é uma espécie de recuo ao núcleo familiar, que ele comenta abaixo, onde também interpreta outros dados revelados. (por Roberto de Oliveira)
Mais família
“A família é uma instituição confiável que se contrapõe a tantas outras instituições brasileiras desvalorizadas, como o Estado, representado pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Por outro lado, essa valorização mostra que a nossa sociedade concentra os seus valores na família. Não é bom.
Porque é o lado privado da ética e não o público”, afirma o psicanalista.
Mais religião
“Junto com a da família, revela um um avanço. A religiosidade hoje é mais ampla e menos clerical, menos institucionalizada, o que permite maior adesão aos seus princípios espirituais e também simboliza uma maior abertura moral.”
Mais estudo
“Significa que há também valorização da cultura, que é tudo aquilo que nossa civilização produz. Que maravilha! É mais um argumento para derrubar essa corrente pessimista que insiste em achar que a sociedade brasileira não tem valores.”
Menos dinheiro
“Se você reduz o valor do dinheiro, também favorece a imagem da sociedade. Revela o verdadeiro propósito do dinheiro, que é atender às necessidades materiais. Ele não cria valores éticos.”
Menos aborto/mais homotolerância
“Acena para uma maior sensibilidade à vida. Ao mesmo tempo em que defende um valor maior da vida, o brasileiro se torna mais tolerante em relação ao homossexualismo. É uma evolução ética, uma abertura para o diferente. Quais são os princípios que organizam uma sociedade? Justiça, na qual todos têm direito à vida. Outro é a fraternidade, com bases cristãs.
A abertura em relação ao diferente e o ideal político da persuasão, do convencimento, também são outros fatores importantes. É um progresso.”
No Norte/Centro-Oeste e no Sul a tolerância cai para 15%; no Nordeste, 10%

Os novelistas e a pesquisa
Lauro César Muniz – A existência de personagens gays em quase todas as novelas das oito nos últimos tempos é uma banalização, sim –mas uma banalização positiva, porque faz adquirir um status de normalidade, acredita. Não tem dúvidas sobre o papel desempenhado pelas novelas no aumento da tolerância e defende que os folhetins avancem, assumindo “verdadeira militância” para estender aos gays os mesmos direitos dos héteros. “As novelas têm de passar a reivindicar o pleno direito às relações gays, direito de herança, adoção de crianças, legislação equiparada à dos héteros. Fiz campanha pelo divórcio em 'Escalada' [1975], e a lei foi aprovada.” Ele adianta que pretende fazer “merchandising social” pró-gays em sua próxima obra, prevista para maio. “Tomara que me deixem colocar no ar o primeiro beijo gay.”
Silvio de Abreu – O criador do jovem casal Sandrinho e Jefferson, na novela “A Próxima Vítima” (1995), considerado um marco pelo movimento GLBT, foi outro que comemorou o resultado da pesquisa. Abreu conta que, em 1995, recorreu a um “truque” : “Resolvi não fazer nada estereotipado nem revelar que eles eram gays até que já fosse queridos pelo público. A revelação se deu em uma conversa entre Sandrinho e a mãe dele. Ele dizia: ‘Eu não sou assim porque quero, sou porque nasci assim’. Não estou dizendo que isso mudou o mundo, mas colocou-se uma idéia, começou uma nova maneira de ver a questão”. Manoel Carlos – Criador de gays em “Por Amor” (1997), “Mulheres Apaixonadas” (2003) e “Páginas da Vida” (2006), tem receita parecida. “Eles precisam ser pertinentes, sem forçar a barra nem escandalizar ninguém.”
Gilberto Braga – Criticado pela falta de intimidade do casal Rodrigo e Tiago, de “Paraíso Tropical”, resume a dificuldade dos autores, prensados entre a moral do público e as reivindicações do movimento gay. “Precisamos que eles sejam bem aceitos pelo público”. O autor, aliás, viveu recentemente uma situação que poderia migrar para suas tramas. Em uma entrevista, declarou que seu companheiro, com quem vive há mais de 30 anos, não podia ser seu dependente no plano de saúde. Depois disso, o caso foi solucionado pela Globo.
(LM) Depoimento - Como contar para a mãe –
Contar aos amigos que você é gay é relativamente fácil, já existe uma tolerância generalizada que facilita tudo, pelo menos em algumas camadas sociais. Além disso, quem é realmente amigo percebe que o sujeito é gay sem ele nem precisar dizer nada. Agora, falar para a mãe ou o pai já fica bem mais difícil. Dizem que as mães sempre sabem, mas fazem tudo para convencer o filho de que isso não é bom.
Falam de netos, de solidão na velhice, de amor, de respeito da sociedade e de qualquer coisa que venha à cabeça delas para desestimular a viadagem. Mas o que tem que ser vai ser. Com ou sem a aprovação dos pais. Alguns gays até chegam a casar para satisfazer a família, mas depois de um tempo deixam suas mulheres para tentar a sorte com um garotão.
As mães fingem que não vêem, e os filhos fingem que nada mudou, foi “só” o casamento que não deu certo. E aqueles garotos mais jovens, com os quais ele passou a andar, são só amigos da academia ou das baladas de solteiro. E os que não querem nem saber de mulher? Os que nunca tiveram uma namorada nem querem ter? Esses são os que poderiam assumir já aos 12 ou 13 anos, mas não! Ficam escondendo até muito mais tarde. Levar o namorado para casa só se for disfarçado de amigo.
Contar como? Chegar para a mãe e dizer: “Mamãe, sou gay!”? Na lata? Sem rodeios? Se ter que contar que tirou nota baixa na escola já é difícil, imagine isso. Alguns pais chegam a brigar pela “honra” dos filhos, defendendo o herdeiro de todas as acusações. Isso faz tudo ficar ainda mais difícil.
Como contar que você é realmente gay depois que eles brigaram com sua tia, para sempre, por causa desse assunto? Uma vez um amigo me pediu para mandar uma carta anônima à mãe dele; eu recusei, e ele mesmo acabou enviando. E, qual não foi a surpresa?, a mãe fingiu que não tinha recebido a carta. Depois de alguns anos, ele contou não só que era gay, como também que tinha sido ele quem tinha enviado a carta. A mãe disse que sempre soube, mas que não conseguia admitir. Chorou como uma louca, depois foi aceitando aos poucos, mas ele ainda não teve coragem de apresentar nenhum namorado a ela.
Não adianta fazer rodeios; mãe só acredita que o filho é gay no dia em que escuta da própria boca dele, e mesmo assim ainda fica tentando fingir que é só uma fase. "

E no seu dia a dia? Você percebe a mudança de que a pesquisa fala?


2 de outubro de 2007

Rodrigo e Tiago tem final feliz

Nas ultimas duas edições a Revista FLASH NEWS deu destaque para o casal Tiago e Rodrigo da novela da Globo. Na revista da semana passada eles apareceram na capa.
Sei que muita gente foi contra o fato da novela mostrar eles de maneira "discreta" e sem cenas calientes, muita gente diz que eles foram mostrados de maneira muito pasteurizada e palatável. Muita gente arguia que a novela tinha que mostrar um casal mais real, com discussões dificuldades e outras cenas. Criticam que parece que eles querem reproduzir o esquema "amigos que dividem apartamento"
Pessoalmente eu acho que eles foram mostrados de maneira muito realista, a grande massa da população gay vive desta forma, não se esconde, porque são casais que estão sempre juntos, viajam juntos, dormem em cama de casal ( e isto, pelo que sei, a novela sempre mostrou), mas também não usam botons de arco-iris na lapela e adesivos no carro.
Tá certo que eles ficam mais travados em externar sua relação no local de trabalho, ou de falar abertamente sobre a relação, mas, de novo, esta é a maneira que muita gente vive, do mesmo jeito que eles eram aceitos e bem recebidos em diversos núcleos da novela, sem aparentemente nenhuma discriminação. Do mesmo jeito que somos, casais homossexuais na vida real, recebidos e aceitos em diversos núcleos.
Não acho que a novela tem que ser sempre VANGUARDA e propor momentos de discussão, ela pode ser simplesmente uma radiografia de um momento,uma diversão, e neste aspecto, acho rodrigo e tiago cumpriram a função. Honrosamente.
Mesmo porque, se formos falar de realidade, quer coisa mais inverossimel e "tirada da cartola" que o final da dita novela? Toda aquela violência e maldade é algo de vanguarda? Que faz a sociedade pensar e melhorar?
Sei...
Na realidade se a novela mostra os tipos mais caricatos - estilo Ualber e Jubiraci - tem um pessoal que reclama, se mostrar o pessoal mais "quente" nuns "catas" a liga das senhoras vai chiar, e se mostra uma coisa mais light, também reclamam!
E você, como gostaria que os homossexuais, gays e lésbicas, fossem mostrados?

1 de outubro de 2007

PURPURINA, 7 de outubro

Você já deve ter ouvido falar do Projeto PURPURINA. A idéia da Professora Edith Modesto, fundadora do Grupo de Pais de Homossexuais, é criar um espaço de convivência e relacionamento para os jovens de 15 a 23 anos; um espaço em que eles se reconheçam e possam trocar experiências e vivências.
"Muitos destes jovens estão totalmente sozinhos, muitas vezes estão sob ameaça de serem expulsos de casa, ou ainda não se abriram com seus pais e não sabem como fazê-lo." disse a Professora Edith.
O Grupo sempre se reune no primeiro domingo de cada mês, e em cada reunião são organizados temas para o encontro,que conta com o apoio e organização do Psicologo Klecius Borges, especialista em terapia afirmativa para homossexuais e também consultor do GPH.
Neste mês, teremos a presença de Barabara Garner e a exibição do video " A vida em cor-de-rosa", cujo debate será coordenado pelo psicologo Klecius Borges.
Se souber de alguém que pode se beneficiar da iniciativa passe a informação adiante!

28 de setembro de 2007

balcão de empregos

A Drica, dona do BOTECO OUZAR , está procurando uma nova garçonete para trabalhar com elas, achei legal divulgar:
Buenas
Estamos precisando de uma garçonete para trabalhar de sexta, sábado e domingo no Boteco Ouzar.
Simpatia, descontração e agilidade são fundamentais.
Quem conhecer alguém, peça para entrar em contato comigo pelos telefones 2273-8474 (Boteco); oupelo email
ouzar@uol.com.br
Faremos a seleção a partir de hoje.
http://www.botecoouzar.com.br/

26 de setembro de 2007

porque você ainda está comigo?

olhar em 5 minutos,
tocar em 5 horas,
saudade em 5 dias,
completo em 5 anos
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ALTOS e baixos,
ALTOS, baixos,
ALTOS, baixos, ALTOS, baixos,
ALTOS, baixos, ALTOS, baixos, ALTOS, baixos
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beijos, abraços, dengos, afagos
--------
desejo, encontro, tensão, tesão
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em cima, embaixo, encaixo, dentro
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sessenta meses,
mil oitocentos e vinte e cinco dias,
quarenta e três mil e oitocentas horas,
dois milhões de minutos para perder-me,
perder-me e achar-me em você!
----------
respondi sua pergunta?
te amo e quero me perder ainda mais em você!

beijos
F&F

25 de setembro de 2007

BORN to BE gay!

Desde quando você é homossexual?
Desde quando você se lembra tendo fantasias ou desejos orientados para uma pessoa do mesmo sexo?
Pergunto isto porque andei lendo várias coisas sobre a questão básica: "nascemos" homossexuais ou "nos tornamos" homossexuais?
Pois, uma vez vencida a barreira do preconceito que dizia que "optamos" por esta ou aquela expressão da sexualidade, os pesquisadores e os próprios homossexuais, passaram a tentar entender de que forma nossa orientação sexual se organiza.
Uma parte defende que temos de algum forma uma herança genética, biológica, que organiza isto, outros dizem que somos assim porque somos fruto de um meio social que nos direciona desta forma.
Existem ainda os que defendem uma combinação destes fatores, a propensão biológica despertada pelo meio ambiente. Outros dizem que as pessoas raramente são 100% gays ou 100% héteros, defendem que existe uma nuance muito grande entre estes dois extremos.
Eu, particularmente, sempre fui homossexual, desde as minhas primeiras imagens e desejos, sempre me interessei pelos meninos, e isto tudo era muito confuso, tanto que fui "praticar" minha sexualidade muito tarde, era muito travado e imaturo em relação a tudo isto.
Tentei também não SER homossexual, mas depois percebi que eu teria que me aceitar para poder viver com felicidade, com plenitude.
No meu caso eu diria que a biologia responde por 100% de minha orientação, pois não tive influências ou contatos com pessoas ou comportamentos homossexuais que pudessem me "despertar" neste sentido. Nasci gay e ponto.
Mas imagino que se eu tivesse vivido num ambiente "ultra hétero", sem acesso a revistas, jornais, televisão, sem nunca ter ouvido falar em homossexualidade, eu talvez tivesse um sentimento reprimido até hoje, sem entender o que sentia, sem querer viver de uma outra forma.
Então, repito a pergunta:

Desde quando você é homossexual?
Desde quando você se lembra tendo fantasias ou desejos orientados para uma pessoa do mesmo sexo?

20 de setembro de 2007

Traição na "parada"

Um dos maiores fantasmas nas relações, e eu diria que com mais peso ainda nas relações homossexuais, é a questão de TRAIÇÃO.
E, apesar do que sugere o título, eu não estou falando de traição "NA" PARADA GAY, estou falando da traição em geral.
Volta e meia fico sabendo de estórias de caras traídos pelos namorados, mulheres traidas pelas namoradas, esposas traidas pelos maridos que se envolveram com outros homens, e assim por diante.
No caso dos homens a justificativa sempre é a mesma - que é da "natureza do homem" trair, procurar mais parceiras, e bla bla bla.
Meu namorido até falava isto para mim na época que nos conhecemos, e ele era muito mais ciumento do que é hoje, ele dizia:
"- você é homem, mais cêdo ou mais tarde vai me trair.."
Como se ele mesmo também não fosse homem, e que, indiretamente já estava me avisando que eu ia ser traído. (risos)
É por isto que as pessoas insistem em dizer que gays fazem mais sexo que héteros, pois são dois homens, traindo duplamente, não é?
Mas porque as pessoas traem?
Acho que a traição, no caso conjugal, ocorre ou porque as pessoas estão infelizes, ou porque as pessoas buscam algo diferente (mesmo sem estarem infelizes). E sair da infelicidade e buscar coisas felizes não é necessariamente traição...Só vira traição porque se está enganando ou mentindo para alguém.
Mesmo eu achando que a traição é uma coisa que não é legal, não acho que a gente deva julgar e condenar o traidor, mas fico imaginando a decepção, a perda de chão, a perda de rumo de quem é traído.
Na realidade, além da traição conjugal existem outros tipos de traição. Quando se é traído por um amigo, por um companheiro de trabalho, quando se é traído por alguém que se confiou.
Esta semana mesmo soube de um cara, que indicou uma mulher para trabalhar no mesmo local que ele, e foi apunhalado duramente pelas costas. O mais brando que a "desqualificada" fez, foi contar para todo mundo que ele era gay.
Para que ela fez isto? Para tentar subir na carreira e preservar o emprego provavelmente...
Enfim, a traição, numa ou noutra forma, acaba fazendo parate do dia-a-dia das pessoas, e temos que aprender a lidar com seus tentáculos.
E você? Já foi traído (a)? Já traiu?

* (tradução da charge "O que você esperava? Quando casou comigo você sabia que eu era uma merda" cheetah ~ shit)


16 de setembro de 2007

Pais Homossexuais que eram Heterossexuais

Neste sábado participei da Reunião de Pais Homossexuais, que tinha divulgado aqui uns dias atrás, lembra?
O encontro, coordenado pelos psicólogos Vera Moris e Edson Defendi, foi muito significativo, estavam presentes, além de mim, outros 4 pais, que contaram um pouco de suas estórias de vida, e como lidam com a paternidade homossexual junto a seus filhos. Estórias de vida muito ricas e que deram a oportunidade de conhecer homens muito corajosos.

É claro que é importante respeitar o sigilo destes pais, e nada que foi dito na reunião pode ou deve ser comentado, mas eu posso falar dos meus sentimentos, do que aprendi nesta reunião.
Para resumir, eu poderia dizer que levei um pequeno TAPA NA CARA, no bom sentido, pois me deparei com realidades que eu tinha me "esquecido", pois depois de um tempo, como uma vez disse o André Fischer, a gente vive nosso mundinho com certa liberdade e tranquilidade que esquece que existem outras realidades.
E eu me deparei com realidades que tinha esquecido, ou, melhor dizendo, realidades que eu não conhecia de perto.
Me deparei com a realidade do homem que constroi uma identidade heterossexual porque é muito dificil ser homossexual, (e aqui não cabe julgamento pois todos nós fizemos isto em alguma medida), e depois quando esta "casca" o sufoca e o agride demais, ele temque enfrentar o mundo por ter "virado" homossexual.
Na reunião eu vi homens que tiveram que enfrentar a fúria de suas ex-esposas, ameaças da exposição pública, em alguns casos até acusações criminais, ameaças de que nunca mais verão seus filhos, mas principalmente o medo de enfrentar seus filhos, o medo de contar que seu pai tem caracteristicas diferentes das que o filho já estava acostumado.
Conheci homens vitoriosos, que na maioria das vezes foram até libertados pelo amor de outro homem, que lhes deram oportunidade de traçar um outro rumo, mas que estão travando batalhas diárias para se entenderem, se aceitarem, e procurarem um caminho para não ficarem longe de seus filhos.
Enfim, cresci "um montão" em menos de duas horas, ao encontrar pessoas falando de suas angustias e enfrentando seus medos. A coragem dos outros nos fortalece.
Este grupo vai se encontrar de novo, e a vontade destas pessoas, que ainda atravessam muitas dificuldades, é poder encontrar com outros homens que estão passando pelas mesmas questões, ampliar a ajuda mútua. Mas eles sabem que este é um grupo que tem muitas particularidades, muitos homens não querem se expor, muitos homens não podem se expor. Precisam de garantia de sigilo e privacidade.
Mas ao mesmo tempo sabem que este grupo pode ajudar muita gente, como tem ajudado a eles mesmos. E também ajudar seus filhos.
Se você gostaria de participar deste grupo, ou conhece alguémquepode se beneficiar de um grupo destes, com garantia de sigilo e privacidade, entre em contato com a Vera no email vemoris@uol.com.br ou com o Edson no email edsondefendi@uol.com.br
Lembre-se "juntos somos mais fortes".

14 de setembro de 2007

GAY CíVICO

Vocês devem ter lido a declaração do infeliz senador que disse que os Senadores que não votaram na cassação do Renan Calheiros eram "Gays Cívicos", porque não escolheram nem uma coisa nem outra.
Como foi a primeira vez que ouvi esta expressão "gay cívico", eu, que sou uma pessoa fortemente visual, fiquei tentando imaginar o que seria um gay cívico.
Seria um gay numa parada cívica?

Ou seria o Brasil nas cores do Arco - Iris?


Não, já sei! Este fofinho, com a bandeira do Brasil, é o verdadeiro GAY CÍVICO!


12 de setembro de 2007

Dois eventos para a comunidade

Grupo de Pais Homossexuais.


Esta marcado para o próximo dia 15 de setembro mais um encontro do Grupo de Pais Homossexuais, ou Bissexuais, para trocarem experiências e dividirem suas questões. O Encontro é coordenado pelos psicologos Vera Moris e Edson Defendi, e é fruto de um estudo que desenvolvem acerca da paternidade em arranjos familiares não convencionais, sendo que sua tese de doutorado na PUC é sobre paternidade homossexual.

O primeiro encontro foi muito bem sucedido, na opinião dos organizadores, que com a presença de diversos pais.

Todos estão convidados para este próximo encontro;


Quando: 15 de setembro, 15 horas
Local: Rua Caputira, n 37 (prox Pça da Árvore) Tel 55818141o
Pcsicologos Moderadores:
Edson Defendi, email:
edsondefendi@uol.com.br - Tel 01195888448
Vera Moris, email:
vemoris@uol.com.br - Tel 01191521188




CORREIO ELEGANTE


Outra iniciativa legal, e que parece que já é um sucesso, é o Correio Elegante - desta vez em sua Edição Especial de Primavera, que tem como objetivo declarado"aproximar corações". A iniciativa é de um grupo de amigos que queriam encontrar pessoas e quem sabe, estimular o encontro saudável de pessoas em busca de um relacionamento.
Eles montam um ambiente super descontraido, dando chance das pessoas se encontrarem e se conhecerem. Uma grande quebra de paradigma para a comunidade GLBT, acostumada com o ambiente das festas e boates.
O próximo encontro será no dia 22 de setembro no HAMBUR ANJO, na Avenida Angélica 2072, a partir das 21 horas, e a entrada é 10 reais. (veja o cartaz de divulgação)


11 de setembro de 2007

ética para crianças

Acho que por ser um pai fora "do centro", por ser homossexual, por ter sido "pai solteiro", me dá uma certa angustia educar minha criança para o futuro - para que ela possa enfrentar o mundo com suas próprias pernas.
Tenho tentado mostrar que as diferenças entre as pessoas, as diferenças de pele, de cabelo, de sexo, de orientação sexual, são importantes, são coisas boas para o mundo.
Mas, influenciado por esta "maravilha" que está acontecendo na vida publica brasileira, eu deveria mostrar como tirar vantagem dos outros, como "se dar bem", como não levar desaforo para casa, como mentir, esconder, trapacear.
Mas não consigo. Não vou dizer que sou um baluarte da ética e da moral, nem vou apontar o dedo para quem eu acho que está fazendo as coisas erradas. Mas vou dizer que estou tentando fazer minha parte.
Outro dia fomos almoçar na Paulista, visitar feirinha, MASP, e fomos dar uma voltinha pelo "PLOMOCENTLE"...
Ai nos deparamos aquele "mar" de filmes - ainda nem lançados no cinema - vendidos a DEZ REAL - tentação pura.
Confesso que ficou dificil explicar para uma criança de 10 anos porque nós não iriamos comprar, explicar em linguagem acessível o que era direito autoral, explicar porque eu não ia levar vantagem se todo mundo estava levando, explicar que não é porque as pessoas estão fazendo que a gente não deveria fazer...
No fundo, fazendo papel de trouxa na opinião de muita gente. No fundo, tentando fazer com que a próxima geração seja um pouco melhor que a anterior.
Criar filhos não é para amadores, temos que nos vigiar o tempo todo, pensar no futuro, questionar nossos parâmetros, e mudar alguns. Mas vale a pena, o zen-budismo diz que se melhorarmos uma pequena parte, melhoramos o todo. Criando filhos nos tornamos pessoas melhores, aprendemos coisas que não sabiamos sobre nós mesmos, e criamos um novo personagem, melhor e mais admirável!
Viver com ética está cada vez mais dificíl não esta?

10 de setembro de 2007

off topic - OBRIGATORIO!

Olha, fica dificil não mudar de assunto.
Saber que a CUT e o PT pretendem fazer um plebiscito para DESESTATIZAR a Vale do Rio Doce, e saber que a CNBB ainda apoia isto...é para deixar qualquer um sem esperança de um nível mínimo de seriedade...
Reestatizar para ela voltar a dar prejuizo e ser cabide de empregos públicos, reestatizar para tirar as ações da bolsa, reestatizar ...
Só faltou eles falarem que ela vai ser dirigida por uma comissão de fábrica!
E olhe que eu sou simpatizante do sindicalismo, do PT, de um governo não totalmente "social democrata"...ms não dá para ficar quieto com estes absurdos!
Que esperança eu tenho que eles votem a parceria civil ou a criminalização da homofobia? Nenhuma! O negócio deles é desviar a atenção do que é realmente importante!

Rose e Billie, amor lésbico no Cold Case

O Cold Case de ontem á noite, no SBsTeira, mostrou a história de Rose e Billie.
Em plena década de 30, duas garotas, Rose branca, Billie negra, Rose super feminina, Billie mais andrógina - sempre em trajes masculinos, que se apaixonam e tem que enfrentar a sociedade.
O final é lindo, com as duas sendo perseguidas e resolvendo atirar o carro em que estavam para fora da ponte para morrerem juntas, para não se separarem nunca.
Só que apenas a Billie morre , e no final descobrimos que Rose, que já é bisavó, carregou a culpa e o remorso de ter sobrevivido por décadas.
Ao contrário de outros episódios, ninguém é preso no final, pois não houve crime.
Eu achei uma linda estória de amor, um amor que durou para sempre, apesar de todas as dificuldades, e que sobreviveu até mesmo á morte. Foi uma linda abordagem do amora de duas mulheres.

7 de setembro de 2007

pense nisto...

"Uma criança entra na sua vida e preenche um espaço no seu coração.
Um espaço que você nem sabia que estava vazio!"

(frase de autor desconhecido, encontrada no scrapboking quote)

6 de setembro de 2007

Pavarotti era gay?

Não, não era! Só fiz esta brincadeira para criar polêmica no post! Ou melhor, não se tem nenhuma notícia que ele era gay, teve três casamentos e tem 4 filhas, uma com apenas 4 anos de idade, que ele teve quando tinha 67 anos! Mas este não é o assunto principal...
O assunto é que eu fiquei triste, eu gostava dele, acho que ele fez muito pela popularização da música lírica, ao cantar com Frank Sinatra e Bono Voz, por exemplo, algumas músicas, algumas árias, sairam do anonimato graças a ele. Minha favorita é "Nessum Dorma".
Eu adorava o jeito "prima donna" dele, seus trejeitos, seu lencinho, sua barba rala e cabelinho chapado. E acho que os "bears" devem achar ele um ícone.
Ele ainda ajudou o Carreras, na carreira e na vida pessoal, o que contava mais pontos ainda para se tornar alguém admirável.
Tá certo que ele não era nenhuma Madonna de popularidade, nem eu ouvi ele fazer qualquer referência favorável ás questões GLBT, mas as interpretações dele podiam realmente emocionar.
Eu tive o privilégio de assistir a apresentação dos 3 tenores em São Paulo, e foi muito legal, apesar de saber que o som não era o melhor e que era tudo muito comercial...mas foi emocionante!
Minha homenagem a alguém que ajudava o mundo a ser um lugar mais legal e mais bonito!

4 de setembro de 2007

ainda sobre a construção de relacionamentos...

"Antes dele, qualquer pessoa que eu me relacionava tinha que se adaptar ao meu estilo de vida, mas isso não funcionou com ele. Ele era crescido e se eu queria estar com ele, eu deveria amadurecer também e perceber que existiam duas pessoas nesta relação"

(frase do cantor "Sir" Elton John, falando de seu companheiro de 14 anos, David Furnish)

3 de setembro de 2007

construindo relacionamentos...

Ontem fiquei sabendo que uma pessoa, que admiro muito e que é muito legal, muito inteligente, um verdadeiro intelectual, está começando um relacionamento. Aliás, ele é tão legal que eu e meu "namorido" sempre torcemos para que ele arranjasse um namorado legal.
Sei que eles terão dificuldades, 20 anos de diferença de idade, hábitos, rotinas e manias bem diferentes...de um lado um expansivo, do outro uma pessoa que está mais acostumada a ficar sozinha...
Mas, afinal de contas, como se constroi um relacionamento?
Acho que um dos principais problemas quando começamos a nos relacionar com alguém é o que trazemos para o relacionamento: nossos ex, nossos sonhos, nossos desejos, nossas decepções anteriores, nossos mêdos, manias, nossa maneira de encarar o futuro e o presente... e muitas outras coisas...
Ou seja, um relacionamento não começa só com dois, começa com dois e mais uns fantasmas, caixas, sacos de esquletos, gato, papagaio, sapatos e tudo o mais...
E aí é que pinta o problema. Deviamos começar um relacionamento só com duas pessoas, uma acreditando na outra, uma dando espaço para a outra, cosntruindo coisas novas e não procurando uma coisa nova para substituir ou preencher uma antiga lacuna. Dar a chance de algo acontecer, ao inves de tentar fazer algo caber no formato que delimitamos, é a melhor chance de algo dar certo.
Não vou dizer que sou especialista, não vou dizer que nunca fiz minhas besteiras num relacionamento, não vou dizer que não fui desnecessariamete chato ou exigente, não vou dizer que nunca tentei domar e formatar a essência do outro. Demorei muito tempo para aprender o suficiente para poder estar com quem amo, e fazer este relacionamento ficar cada vez melhor.
E você? Como faz para seu relacionamento dar certo?