O PURPURINA, para quem não conhece, foi fruto do trabalho da incansável Edith Modesto e do GPH - Grupo de Pais de Homossexuais, e se propõe a ser um ponto de encontro dos jovens LGBT de 13 a 23 anos, para falar de assuntos do dia a dia e alavancar as discussões sobre as relações dos pais e mães e seus filhos LGBT.
Uma das grandes sacadas do Purpurina é que ele é gerido pelos próprios jovens, que definem os temas, gerenciam as discussões, e tudo o mais, num estimulo ao protagonismo juvenil.
Como o tema era FAMILIAS foram convidadas para o encontro tres famílias: um casal formado por um homen trans e uma mulher, um casal de lésbicas - sendo que uma delas já tinha sido casada duas vezes com homens e tinha 3 filhos e netos - além deste que vos escreve acompanhado de sua filha...
Cada família se apresentou e foram abertas as perguntas. Pude perceber que muitos dos jovens tem o sonho de ter uma família, e inclusive filhos, mas que a maioria ainda está na fase de construir sua vida profissional, conquistar sua indepedência, e só depois, quando estiverem bem mais velhos ( "lá pelos 30 anos"... segundo eles), eles vão entrar nesta aventura. Aos 50 eu me senti uma ancião...
Ao que parece muitos jovens ficaram curiosos com as opiniões de minha filha, suas experiências e sensações enquanto filha de gay, uma vez que este grupo ainda é raro. Muitos perguntaram coisas sobre adoção, sobre preconceito e até sobre como ficam os documentos de uma criança filha de um homem solteiro...
Como a reunião tem várias partes não deu tempo de falar muito sobre todas as dúvidas que eles pareciam ter, mesmo porque as outras famílias também tinham estórias de vida muito interessantes e que suscitaram muitas perguntas, mas eu acho que a pincelada foi importante e que os jovens descobriram um caminho para irem em direção aos seus sonhos, aos seus objetivos.
O grupo de jovens era bastante eclético, meninos e meninas, jovens gays e lésbicas, estudantes universitários e do ensino médio, jovens trans e jovens sem definição, e até desembocamos nesta discussão, a não necessidade de se definir uma orientação sexual, a orientação sexual ser definida pelo amor que se sente pelas pessoas. Outro rapaz ainda falou que ele se define como poliamoroso e que não se vê numa família tradicional e pudemos falar que ter filhos não deve ser uma coisa obrigatória, que isto nao define uma família, deve ser fruto de muita reflexão e de um desejo profundo.
Outra coisa legal que aconteceu, foi o patrocinio dos comes e bebes pelo site BE GREAT, que é um site de compras voltado para a comunidade LBGT! Segundo a Edith, em 6 anos de Purpurina é a primeira vez que alguém patrocina algo! E foi um lanche sofisticado e gostoso, de um buffet cujos donos são dois homens casados. FAMILIA de novo!
Como a reunião tem várias partes não deu tempo de falar muito sobre todas as dúvidas que eles pareciam ter, mesmo porque as outras famílias também tinham estórias de vida muito interessantes e que suscitaram muitas perguntas, mas eu acho que a pincelada foi importante e que os jovens descobriram um caminho para irem em direção aos seus sonhos, aos seus objetivos.
O grupo de jovens era bastante eclético, meninos e meninas, jovens gays e lésbicas, estudantes universitários e do ensino médio, jovens trans e jovens sem definição, e até desembocamos nesta discussão, a não necessidade de se definir uma orientação sexual, a orientação sexual ser definida pelo amor que se sente pelas pessoas. Outro rapaz ainda falou que ele se define como poliamoroso e que não se vê numa família tradicional e pudemos falar que ter filhos não deve ser uma coisa obrigatória, que isto nao define uma família, deve ser fruto de muita reflexão e de um desejo profundo.
Outra coisa legal que aconteceu, foi o patrocinio dos comes e bebes pelo site BE GREAT, que é um site de compras voltado para a comunidade LBGT! Segundo a Edith, em 6 anos de Purpurina é a primeira vez que alguém patrocina algo! E foi um lanche sofisticado e gostoso, de um buffet cujos donos são dois homens casados. FAMILIA de novo!
Para arrematar, num determinado momento achei engraçada a fala de um rapaz, por volta de 20 anos, que disse: "Eu esperei minha vida inteira para ver um beijo gay na novela, achei que ia chegar aqui hoje e todo mundo estaria discutindo isto, mas ninguem falou do assunto!"
... E não é que ele tem razão? Em dois dias o assunto ficou "velho"!
... E não é que ele tem razão? Em dois dias o assunto ficou "velho"!
Se você gostaria de participar, de apoiar, ou de saber mais sobre o Purpurina e o trabalho do GPH entre em contato com a Edith Modesto pelo email elmodesto@uol.com.br
interessantíssimo mesmo ...
ResponderExcluirPara os adolescentes nós somos verdadeiras múmias....rsrs
ResponderExcluirbjs
Que ideia boa, que grupo bacana, participaria numa boa sabia. E ver famílias assim é realmente importante pra nós, pra saber que é possível e que se for desejável pode acontecer, mesmo que seja uma coisa pros 30 e tantos, rs.
ResponderExcluirEsse projeto é lindíssimo!
ResponderExcluirAchei interessantíssimo. E meu senti meio velho de não poder participar... rsrs
ResponderExcluirAbraço!
olá, tudo bem?
ResponderExcluirbom, vendo falar em familia gay, me senti com uma grande vontade de questionar algo que me questiono todos os dias, que me frustra e que me faz ser pessimista quanto ao futuro. O grau de promiscuidade entre os gays e elevadissimo, nao quero fazer comparações aos heteros, minha questão é, seria de fato possivel 2 gays construirem uma familia nos tempos atuais?
ps.: nao quero que isso pareça uma desvalorização quanto as pessoas que se comportam assim, nem uma generalização, é apenas a minha visão atual, na minha proximidade
Parece-me um programa bastante interessante.
ResponderExcluirMuito legal o projeto. Como moramos em Porto Alegre, não podemos participar. Parabéns e sucesso!
ResponderExcluirEu sou fã da Edith Modesto e do trabalho que ela faz.. eu já li o livro dela e achei muito bacana, inclusive passei-o para uma amiga, que o filho de assumiu e ela meio que ficou perdida (espero que ela leia!)
ResponderExcluirMuito bacana a proposta!
Apesar de toda a felicidade desse tipo de encontros, sempre fica aquele gostinho de "querer mais". Não sei se é a ansiedade, a novidade ou a raridade do encontro que faz com que se coloque tanta coisa em pauta e acaba sendo, as vezes, uma coisa muito corrida. É claro que a solução principal é repetir (várias vezes) a dose. Com certeza tudo isso valeu a pena e tomara que se repita e se estenda a outras cidades também!
ResponderExcluirGrande abraço!