10 de abril de 2006

O cocô da mosca do cavalo do bandido do filme B...

Foi assim que eu me senti ontem quando fui ver a exposição DINOS NA OCA, no Parque do Ibirapuera, Para quem não sabe é uma exposição, que aliás acaba dia 14 de abril, que conta um pouco da formação da terra e do surgimento e desaparecimento dos dinossauros.

O que dá para ver? Uma rocha “datada” de 4 bilhões e 500 milhões de anos, um meteorito de 600 toneladas super denso, fosseis de coníferas com 320 milhões de anos, e esqueletos completos de alguns bichinhos que andaram no Brasil há uns 160 milhões de anos atrás!

Depois de passar duas horas vendo estas datações, estes milhões e bilhões de anos que não presenciei, eu me senti tão insignificante! É sério, meus 80 ou 90 anos por aqui não vão significar nada na Historia do mundo!

Eu já tinha passado por uma sensação semelhante há uns 10 anos atrás, quando fiz um curso de astronomia no planetário e fiquei sem ar com aquelas distâncias astronômicas de 3 milhões de anos-luz. Que vc precisaria de 3 milhões de anos viajando na idade da luz para chegar!
E, ao mesmo tempo, eu consigo me lembrar de tantos pequenos momentos que foram incríveis para mim, um sorriso que não demorou mais que um segundo ou a emoção de um filme. O que será realmente importante? O resgate de milhões de anos de evolução ou uma foto de uma viagem?
Perceber que os seres humanos existem há pouco mais de 10.000 anos de maneira organizada me deixa angustiado, pois os dinossauros dominaram a terra por 200 milhões de anos e quase nada sabemos deles! Nada sobrou? Quando nos extinguirmos o que vai sobrar?
E quando EU me extinguir, o que vai sobrar? Que vestígios estou deixando, que sementes estou plantando para os próximos 10.000 anos de humanidade. Isto é meio pirante não é? Ou é só bobeira?

* Agora, para os dinossauros também deve bater uma certa “deprê”, pois o parente mais próximo que eles tem hoje em dia são as galinhas...

4 comentários:

  1. Nesse quesito não sou muito vidrado não, sempre detestei essas coisas de astronomia , biologia ..sou da Humanas mesmo. Mas penso sim no que deixar. Acho que uma mensagem positiva de uma pessoa que sonha em vivenciar tudo quanto é experiências já é válido. Bjs

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  2. Anônimo10:22 PM

    ÓTIMA REFLEXÃO A SUA. SABE, SERÁ QUE TEMOS DE DEIXAR ALGO? SERÁ ESSE O MAIS IMPORTANTE? CLARO, HÁ PESSOAS QUE NOS LEGAM UMA HERANÇA SECULAR, COMO PENSADORES, CIENTISTAS, GOVERNANTES, ARTISTAS... MAS SÃO EXCEÇÕES NUMA POPULAÇÃO DE BILHÕES DE PESSOAS. QUERER DEIXAR UMA MARCA ETERNA É MEIO PREPOTÊNCIA NOSSA, NÉ? RSSSS. PENSO QUE O MAIS IMPORTANTE É SER FELIZ, EM 20, 30 OU 90 ANOS DE VIDA. MESMO QUE NOSSO NOME MORRA CONOSCO, QUE NOSSA LEMBRANÇA SE APAGUE. SER FELIZ POR SI MESMO, SEM PENSAR SE LEMBRARÃO DE NÓS DAQUI A 100 ANOS. ESTAREMOS OU EM OUTRO PLANO OU, SE NÃO EXISTIR NADA APÓS A MORTE, DESINTEGRADOS DEBAIXO DA TERRA. NÃO FARÁ DIFERENÇA. FAZ TODA A DIFERENÇA ENQUANTO VIVEMOS.

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  3. Anônimo6:21 PM

    Olá, passei por aqui apenas para deixar um beijo carinhoso.

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  4. Ótimo texto, mto bom pra reflexão! ;)

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