A sub-espécie "Mãe" da espécie Homo Erectus, tem também suas divisões, a "mãe-solteira", a "mãe-lésbica" e a "mãe-trabalhadora" são algumas delas, mas eu queria falar da "mãe-de-homossexual". Um tipo muito reduzido e com conformações das mais variadas, englobando desde a que aceita e entende o filho bem rápido até aquela que o expulsa de casa, e para falar desta mãe eu tenho que fazer valer minha amizade e proximidade com a escritora Edith Modesto, presidente da Associação Brasileira de Pais de Homossexuais-GPH, que me ensina muito sobre este assunto.
A mãe do homossexual é aquela que tem que fazer, junto com o filho ou filha, o processo de saída do armário, e normalmente muito mais rápido do que o processo de aceitação do próprio filho.
A mãe do homossexual é aquela que tem que tem que sublimar parte de seus sonhos de felicidade do filho, pois sabe que sua criança, sendo homossexual, enfrentará dificuldades maiores em certos aspectos.
A mãe do homossexual é aquela que sofre por não ter contido sua raiva e sua decepção em muitos momentos e ter tomado uma atitude da qual se arrepende hoje.
A mãe do homossexual é aquela que talvez tenha que abrir mão de netos, pelo menos por vias biológicas tradicionais.
A mãe do homossexual é aquela que vai exercitar o amor até o ultimo folego, para aceitar o genro ou nora diferentes do que imaginava.
Uma das grandes místicas em torno da mãe do homossexual á a afirmação que a MÃE SEMPRE SABE, a crença nisto aliás, faz com que o filho, ou filha, quando o assunto de sua homosssexualidade vem a tona, fique muito chocado quando a reação da mãe é de certa forma negativa, o filho ás vezes até diz - Mas mãe, eu tinha certeza que você sabia!
A mãe do homossexual é aquela que todo mundo acha que ela sabia, mas ela não sabia!
A mãe do homossexúal é aquela que se pergunta - Será que ele é?
E ela mesma responde - Não é não!
Sei este dia das mães talvez seja muito triste para muitos gays e lésbicas, e também para muitas mães de gays e lésbicas, mas também sei que pode ser uma chance de algum deles dar um primeiro passo para a reaproximação, exercitar o perdão, exercitar o amor, e quem sabe mudar uma parte da sua história de vida para sempre!
Eu teria altas histórias para contar da minha mãe. Uma das que eu mais conto é a de que ela, quando soube "oficialmente" que eu era gay, me disse meio tranquila que já sabia que eu era "diferente", desde que eu tinha 3 anos!! É de chorar né! hahaha Mas menos mal, pelo menos ela teve mais tempo para trabalhar a questão.
ResponderExcluirLindo post, Fábio... como sempre muito equilibrado e bem escrito.
ResponderExcluirE essa tal 'lenda da mãe que sabe' é mesmo uma coisa quase viva!!!!
lindo mesmo. maternidade, como tudo na vida, é um aprendizado (não acredito no tal "instinto" pua e simplesmente) e esse que você enfocou parece-me um dos mais difíceis. bj
ResponderExcluirops, "pura", okey?
ResponderExcluirParabens!! Assunto delicado mas que vc tratou com sabedoria e absoluta REALIDADE.
ResponderExcluirBeijo na sua mama!!