- Pai, porque os rapazes que gostam de mim eu não estou afim deles e os que eu gosto não me dão bola?
!!
Ah minha filha! Esta não é a "pergunta de um milhão de dólares", mas com certeza a resposta vale isto! Mas quando a gente é adolescente isto não é uma simples pergunta! É um problema!
Uma das maiores angustias de um pai (e mãe off course) é que não queremos que nossos filhos sofram. Sofram com doenças, com preconceito, com injustiças, e que não sofram por amor!
Os pais se desdobram para poupar os filhos de dificuldades, trabalham para oferecer para os filhos o que nunca tiveram, quebram a cabeça pensando em maneiras de alegrar e fazer felizes suas crias. Mas a verdade, que se descobre como pai (o melhor e o pior emprego do mundo!) é que a gente não vai conseguir livrar nossos filhos do sofrimento, punto e basta!
Queremos nossos filhos e filhas com auto-estima elevada, com amor próprio, com orgulho de suas conquistas e com forças para enfrentar as derrotas!
E eu, tenho que confessar, nem quero que minha filha não "sofra por amor", acho saudável numa certa idade (ou até um pouquinho mais tarde) que tenhamos amores platônicos e extremos, acho que a pessoa gostar-não ter-aprender uma equação com muitos ganhos.
Em especial acho saudável que ela namore bastante, algo entre o limite da fama de encalhada mas sem chegar no título de sabonete (passsa na mão de todo mundo), para experimentar, para se divertir, para aprender a sofrer na medida, para ter assunto, para poder comparar...e...em última instância para poder ESCOLHER, com base em experiências e vivencias.
Casar com o primeiro namorado, ou com o namoradinho do colégio, não me parece uma fórmula com bons resultados. Mesmo que aparentemente o quadro apresentado seja outro, acho difícil a relação se sustentar com pessoas tão imaturas emocionalmente.
Para os jovens gays então, este sofrimento é triplicado, primeiro porque via de regra eles acabam se apaixonando platonicamente pelo colega que nem gay é, e que justamente este menino, para não ser "zuado" pelos amigos, tem que se manter a kilómetros do amigo que os outros consideram "esquisito e efeminado", potencializando o sofrimento do platonicamente apaixonado...
Some a isto que ele não tem amigos, é esquisito e isolado, nem tem amigos da mesma idade ( se ele não frequenta do PURPURINA! ) e nem tem com quem conversar sobre este sentimento...
Nem mesmo em casa, porque os pais não sabem que ele é gay e jamais aceitariam!
Tá bom ou quer mais? Dá para entender porque os gays acabam tendo tantos problemas para vivenciar relações mais maduras...não dá?
É claro que toda esta teoria não esconde o fato de que o cara que fez minha filha sofrer é um cafajeste e um calhorda filho da puta, mas ela vai aprender a tirar ele da cabeça, tenho certeza, só tenho que ajudá-la a não deixar a peteca cair! (risos)
Quem aprendeu a sofrer por amor põe o dedo aqui! E comenta!
Não é tão simples como parece, para um pai (gay)) falar sobre rapazes com a filha.
ResponderExcluirVou ter que aprender umas coisas contigo por aqui ao seguir mais vezes o teu blogue :)
(Um conselho: retira a palavra de verificação sff)
Obrigado, por comentar o meu post!
ResponderExcluirSeu blog é ótimo! parabéns.
Bom, em resposta ao seu comentário, sim, temos que votar em políticos GLBTs ou simpatizantes à causa, pois precisamos ser melhor representados no meio político. Estamos cada vez mais sendo ameaçados pelos políticos reacionários que visam nos transformar em cidadãos de segunda classe e extirpados da vida em sociedade, como se fossemos ratos que vivessem no subterrâneo. Não podemos deixar que isso aconteça.
Abraço e obrigado pela visita.
Ah, quem nunca sofreu por amor nessa vida que atire a primeira pedra! rs rs!
ResponderExcluirDeve ser dificil mesmo ver os filhos passando por isso, mas, faz parte, né? Concordo com você, acho que esse tipo de experiência é válida, mesmo não parecendo positiva no momento. Também gostaria que meu futuro filho tivesse muitas experiências amorosas antes de se decidir por alguém, quero que ele se sinta bem livre para isso. Agora, quanto a encontrar um grande amor muito cedo e decidir ficar com essa pessoa... bem, quanto a isso nem posso me opor, já que eu e a esposa nos conhecemos aos 16 anos e aos 17 já estávamos namorando oficialmente! rs! No nosso caso deu super certo, mas concordo que nem todas as pessoas têm maturidade para levar adiante um relacionamento começado tão cedo!
Beijinhos
Nossa! Muito legal esse texto! A coisa do jovem gay nem sempre passa por tudo que vc citou aí, mas que passa muito perto disso, com certeza!
ResponderExcluirMas a minha pergunta é: isso necessariamente leva o jovem gay a ter dificuldades em se relacionar de forma madura? Realmente não sei...
Abraços!