31 de agosto de 2005

A nossa familia DE ESCOLHA muitas vezes eh mais importante que nossa familia de ORIGEM! Posted by Picasa

30 de agosto de 2005

Mães tem desejos?

Acho que uma das grandes questões, relacionadas á maternidade, envolve a questão da sexualidade da mulher que é mãe. Pode parecer uma preocupação freudiana tipica, pensar na sexualidade da mãe, mas é uma questão importante não acha?
Acho que todos nós, em certa medida, nos surpreendemos pensando no fato de que nossas mães transam! AH! Minha mãe faz sexo!!!
Mesmo que seja um pensamento "pequeno burgues", a gente tem em mente aquela figura da mãe imaculada, pura, quase santa, que, naturlamente, não tem desejos sexuais. E esta, todos concordam, é uma visão maniqueista da sua mãe não acha? A mulher, ao assumir a maternidade, ao assumir o papel de mãe, tem que abrir mão de seus desejos? É assim?
Com certeza não!
Mas eu sinto que muitas mulheres acabam aceitando o que a tal da "consciência coletiva" acha e passam a suprimir seus desejos, que são canalizados na maternagem da prole.
Isto, com certeza, tanto nos relacionamentos heteros quanto homos deve ser um fator de desentendimento e de questionamentos.
Eu acho que deve ser um assunto bem interessante poara se aprofundar não acha? No dia 31, quarta, a INOVA - Associação de Familias GLTTB vai promover um debate sobre isto na assembleia legislativa de São Paulo, no parque do Ibirapuera, vema no blog da INOVA a noticia completa www.inovaglttb.blogspot.com

29 de agosto de 2005

28 de agosto de 2005

Orgulho das Lésbicas!

Neste dia 29 celebra-se o DIA DO ORGULHO LÉSBICO, você sabia?
E eu, particularmente, tenho muito orgulho de minhas amigas lésbicas!
Na realidade, a maioria dos casais homoafetivos que conheço são casais formados por duas mulheres, que criam, na maioria dos casos, filhos advindos de um casamento heterossexual anterior.
Estas "parejas" de mulheres, como diriam os espanhois, enfrentam com coragem muitas dificuldades, além dos seus temores e medos internos elas tem que enfrentar a figura de seus ex-maridos, pais de seus filhos e filhas, que, via de regra, canalizam uma furia desmedida contra elas, muitas vezes utilizando as crianças como escudos ou até mesmo armas.
Se todos os homossexuais tem que provar, diariamente, que são pessoas dignas, respeitosas, eticas e merecedores de respeitos, os homossexuais que criam seus filhos, dentro de relacionamentos homossexuais, tem que provar que suas "perversões" não irão influir na construçao das identidades de seus filhos.
E não tem que provar isto somente para os pais de seus filhos, tem que provar isto para os avós, tios, primos,. vizinhos e, muitas vezes, juizes, promotores e advogados....Pois a grande maioria, ou por desconehcimento ou por homofobia mesmo, acha que a mãe lesbica vai criar filhos e filhas para "odiarem" homens!

Então, deixo meu beijo super carinhoso em homenagem á coragem e perseverança de todas minhas amigas sapinhas!

Viva 29 de agosto!

26 de agosto de 2005

Nossos direitos tambem fazem parte de nossa busca de felicidade! Posted by Picasa

24 de agosto de 2005

Comendo pelas beiradas

Alguns devem ter visto uma noticia veiculada ontem, que falava sobre o reconhecimento da dupla maternidade, ou dupla paternidade, nos tribunais da California. Em ultima instância, antes da lei reconhecer que dois homens ou duas mulheres podem criar filhos em conjunto, a justiça criou uma jurisprudência a respeito.
E isto tem acontecido não só nos EUA, mas, em certa medida, no Brasil também.
O INSS reconhecendo os beneficiários de casais homoafetivos, um decisão na justiça que beneficia a herdeira da companheira, um casal gay que vai adotar abertamente uma criança, prefeituras que reconhecem companheiros homossexuais para planos de saúde, a UNIMED de Blumenau que lança um plano de saúde para TODOS os tipos de família, 2 milhoes de pesoas na parada de São Paulo, mais de 50 paradas em todo o país...e por ai vai...
Isto significa o que? Significa que os legisladores, como sempre, vão atrás da sociedade que representam que se protege sozinha (na justiça) pelos seus direitos...
Talvez estejamos "comendo pelas beiradas", conquistando nossos direitos aos poucos, damesma forma que fizeram os negros, as mulheres, que só foram amparados pelas leis depois de terem brigado muito!
E você? É otimista em relação a isto?

23 de agosto de 2005

22 de agosto de 2005

Repercursões

No dia 14 de agosto eu coloquei um comentário sobre o fato de que muitos afirmam que gays não podem ter filhos pois as crianças não terão as referências masculinas e femininas necessárias ao seu desenvolvimento completo, veja alguns dos comentários que isto suscitou:

"Há mais de 25 anos atrás eu vi uma pesquisa de psicologias americanos que comprovava que, para uma criança crescer saudável, ela apenas precisa de um adulto que a ame de verdade e lhe de segurança. Pode ser o pai, a mãe, uma tia, um avô, até mesmo a baba.Infelizmente não me lembro onde foi que vi isso. Mas que existe essas pesquisa existe
A.

Concordo com a I. e digo mais; na verdade a criança para ter um >desenvolvimento sadio ela precisa de uma figura que seja provedora, acolhedora e outra que seja a lei, que coloque os limites. E isso pode ser feito por qualquer pessoa independentemente do sexo e até mesmo por uma única pessoa.
Toda criança adotada vai um dia querer saber a sua origem. É natural. Vai surgir momentos que a criança acha que fez algo de errado para que seus pais biológicos a abandonassem etc. Por isso é importante estabelecer uma relação que tenha como base a verdade, o respeito. Com relação aos homossexuais que falam que homo não tem condições de criar uma criança, olha, sempre digo que nem todo mundo nasceu para ser pai ou mãe. Não tem essa coisa que ter filhos é um desejo natural e isso nada tem a ver com a orientação sexual da pessoa.A Maria Teresa Maldonado escreve super bem sobre essa questão de adoção. Uma autora que, na minha opinião, é fundamental para quem adotou ou quer adotar uma criança.
D.

Concordo com vc! Mas saliento que, crianças precisam de modelos positivos, valores educacionais e morais que podem estar agregados a seres humanos, independente do seu sexo, mas sim da sua masculinidade ou feminilidade.
I.

As crianças precisam de estabilidade na casa onde vivem, de muito amor e tb de alguma disciplina. Não é necessário que tenham um pai e uma mãe, em muitas famílias as brigas entre os pais destabilizam o bem estar das crianças. Amemos as crianças e deixemos as mentalidades cinzentas e patéticas a viverem de teorias banais!
(anônimo)

Olá. Eu estava lendo as coisas que você escreveu a respeito da " ausência" de uma figura masculina ou feminina na criação de uma criança que tem pais homossexuais.O que você disse( que esta ausencia não existe pelo fato das crianças terem tios, professoras, etc) é realmente válida. Faltam argumentos para questionar a validade das uniões civis entre hmossexuais e também para questionar a adoção, ainda mais em um país que se diz laico( que no meu ver, quer dizer, que não se prende a costumes ou religiões)
T."

21 de agosto de 2005

Bem Vindo!

Poxa! Eu esqueci de comemorar qui no BLOG a chegada do F.! Ele tem apenas 6 meses e foi adotado pelas minhas afetuosas amigas G. e T.
Pelo que sei a T. até estava meio na dúvida se queria um filho ou não...mas a G. "maluca beleza" como diríamos , mostrou para ela o quanto seria bom para as duas esta nova empreitada...
E ..quando o F. chegou..com aquele lindo sorriso...terminou de "fechar o negócio"
Parabens minhas amadas G. e T. Parabéns F.!

20 de agosto de 2005

Sabe do que as criancas realmente precisam para ser felizes? Posted by Picasa

19 de agosto de 2005

Este texto, que fala do encontro de amor de um filho com suas mães, foi escrito por uma amiga carioca H. , que junto com sua companheira S. , criaram 3 filhos durante seus 20 anos de união, eu fiquei emocionado, espero que gostem!

Minha família do amor
OI....
Meu nome é Jô...eu sou filho de duas mães. E tenho mais dois irmãos e nós três temos duas mães....
Muita gente não entende...como eu posso ter duas mães.
Minhas professoras não entendem....
Meus amigos ficam só me olhando. Mas a cara é de quem está desconfiado que eu tô falando uma baita mentira. Mas eu tenho duas mães mesmo.
Sabe a minha história é de amor, para começar, eu nasci do coração delas...
Deus me mandou para esse mundo por outra moça. Mas minhas mães já sabiam onde iam me encontrar.
A gente já tinha marcado esse encontro. Acho que foi assim:
Eu, minhas mães e Deus combinamos que mesmo que eu não pudesse sair da barriga delas Ele ia dizer baixinho, no ouvido das duas onde elas poderiam me encontrar.
Mas primeiro elas tinham que se encontrar, não é ?
Elas tinham que ter amor uma pela outra. E minhas mães se encontraram muito tempo antes de eu nascer. E elas logo se gostaram muito, muito muito, tanto que não podiam mais viver uma numa casa e a outra na outra casa.
Elas queriam viver numa casinha só delas. Juntinhas...assim que nem depois ficaram comigo.
Elas queriam viver o amor ente elas e depois ...depois você vai ver o que elas fizeram com esse amor.
E você devia ver que casinha a delas...era pequenininha mesmo.
Tinha um jardim na sala de tanta plantinha que as duas cuidavam. E elas....elas faziam uma coisa muito bonita, elas faziam livrinhos.
É, as duas faziam livrinhos para nós crianças. Olha só como elas gostavam de nós crianças! Até histórinhas para gente gostar! E elas combinavam tanto que cada uma fazia uma coisa. Uma fazia o livro mesmo e a outra achava uma maneira de levar o livro até a criança na escola. Uma fazia a beleza e a outra distribuía.
Era assim que elas se amavam: Uma produzia o bonito e a outra espalhava por aí.
E elas só podiam fazer isso porque tinham bastante amor no coração delas.
Antes de encontrar minhas duas mães... você nem pode saber como era....eu nem sabia fazer nada direito...eu era pequenininho.
Foi preciso três anos para as minhas mães chegarem até onde eu estava.
Eu estava num orfanato...e lá eu conheci aquela que ia ser minha irmazinha também.
É minhas duas mães encontraram ela também. A gente estava lá....esperando...esperando....esperando...
Eu estava tristinho, nem falava, nem brincava, nem comia direito....
Sabe...eu achava que elas não iam mais me encontrar.
Então...um dia....elas chegaram...
Foram lá para conhecer minha irmã e eu fiquei olhando compriiiiido para elas....Vou falar a verdade...eu já estava tão cansado de esperar por elas, que quando elas chegaram eu não reconheci. Ahhhh mas elas me reconheceram.
E todos os dias que ela iam lá visitar a Dê e me apanhavam para brincar também. Mas eu não sabia brincar direito. Sabe, a tristeza no coração faz a gente se esquecer como se brinca!
Mas minhas duas mães, que sabiam muito bem amar, já que elas aprenderam primeiro a se amarem, foram me ensinando uma porção de coisas, inclusive a rir novamente.
Isso era uma outra coisa que eu havia esquecido.
E ....então....um dia....eu fui para a minha casa.
Elas me levaram....Eu e minha irmã Dê.
E sabe o que mais....
eu vi que já tinha outro irmãozinho, o R.....
Engraçado....eu nem me lembrava, mas ele ia sempre com minhas duas mães para me ver.
Mas sabe o que é....é que eu estava tão sozinho, mas tão sozinho, eu tinha tanto medo de ninguém me encontrar, de ninguém gostar de mim, que eu fiquei fechadinho, como se tivesse dentro de uma caixinha.
Mas elas....minhas duas mães....me viram assim mesmo...me levaram para casinha delas....a mim e a meus outros dois irmãos.
E foi elas que me ensinaram que a gente pode encontrar o amor dentro da gente.
É ...sabia que ele não está fora da gente? É....êle fica lá dentro...no quentinho...fazendo bem pra gente.
E porquê a gente resolveu dar a coisa mais bonita que a gente tem dentro para outra pessoa é que todos nós pudemos ser uma família!
Sabia que família é isso? Duas pessoas que se encontram, se amam e depois encontram a gente e cuidam da gente?
E que uma família pode acontecer com qualquer duas mães, ou dois pais ou uma mãe e um pai.
O importante é que tenham amor um pelo outro e depois por nós...crianças que vamos chegando....
Minhas mães me mostraram isso.

18 de agosto de 2005

apenas lembrando...o arco-iris eh uma invencao de DEUS Posted by Picasa

O masculino e o feminino

"E acho que uma criança não precisa necessariamente de um pai e uma mãe, uma família tradicional, pura e simplesmente. Mais que tudo, uma criança precisa que a referência ao feminino e ao masculino, em seu lar, seja ele de pais heteros ou homossexuais, seja positiva.
De que adianta uma criança ser criada por pai e mãe, se a mãe, por exemplo, vive falando mal dos homens ou vice versa? A IDÉIA do masculino e do feminino, do Yin e Yang, é que tem que ser positiva, quando só existe um elemento, pelo menos dentro do lar. E dizer que a criança que não tem pai ou mãe no lar não tem um parâmetro masculino ou feminino, é uma balela. E o porteiro do prédio, a professora, a vizinha do lado, a mãe da amiga, o pai do pai do amigo, o avô, os tios, e as outras pessoas por quem essa criança é vista e/ou amada, não contam? Afinal, vivemos num mundo misto, e quem adota um bebê, seja hetero ou homo, não vai para uma ilha. Ainda bem.
M. R."

17 de agosto de 2005

GAY FATHERS - parte III

Nesta terceira parte do livro GAY FATHERS, os autores falam da importância de dividir experiências para que possamos superar os momentos emque nos sentimos muito sós e desesperados, se você ainda não leu as partes I e II sugiro que lei antes deste trecho.

"Supomos – se você está lendo esta introdução – que atingiu um estágio de conscientização ou pelo menos aceitação. Você está começando a reconhecer uma parte sua que a sociedade ainda vê como um tabu. Os homossexuais são os leprosos dos tempos modernos, já que a maioria das pessoas ainda acha que somos doentes, pervertidos, pecadores e depravados. Você está sentindo o conflito entre o que a sociedade espera de você e o que você está começando a ver como uma parte inalterável de você mesmo. Talvez você sinta apenas uma sensação cada vez mais incômoda. Talvez você ainda não se tenha perguntado sobre tudo isso ou talvez esteja lutando com as perguntas: Será que eu posso enfrentar isso? Que faço da minha vida? Tento de novo esquecer ou continuo com as mentiras? Como contar para minha mulher e o que dizer? E as crianças? Devo contar para elas, para os meus pais, meus irmãos? O que vão dizer no trabalho? Até onde devo contar? Que devo fazer?
Não existem respostas fáceis a estas perguntas, pelo menos nenhuma que nós possamos dar. Não conhecemos você, nem sua mulher, seus filhos ou sua mãe. Sabemos o que aconteceu conosco e o que estamos fazendo agora. Podemos oferecer uma parte de nossas vidas para que você tenha uma noção do que pode acontecer; mas somos todos diferentes e o que acontecer com você vai depender de você, das pessoas ao seu redor e das circunstâncias que os unem. Tenha coragem, não desanime.
Pelo menos, leia m pouco mais deste livro e veja se pode aprender algo conosco. Sabendo o que aconteceu com outras pessoas, você pode eliminar algumas suposições errôneas. Achamos que é possível fazer algumas generalizações sobre nossas experiências e esperamos que isso possa ajudar outras pessoas. Já estivemos na situação em que você se encontra e podemos olhar para trás e observar cm calma acontecimentos e sentimentos que na época eram aterrorizantes."

15 de agosto de 2005

Atualmente os pais nao sao mais como costumavam ser..." Meus dois pais gays podem bater em suas duas maes gays!" Posted by Picasa

Criança precisa de Pai e Mãe!

De vez em quando eu vejo este comentário da boca de algum homossexual e também repetido exaustivamente pelas Igrejas, de que a criança para crescer saudável precisa ter pai e mãe...
Acho que é um caso classico de "falarmos por falar" porque a realidade da familia mononuclear não existe mais!
Á principio eu até concordo! Acho que toda criança, todo mundo, precisa de pai e mãe, "vivinhos da silva", ao nosso lado, desde que sejam pais e mães 100% ...porque se for tranqueira...
Mas tb concordo que as crianças precisam de avós babonas, de avôs que estimulem e conversem, de madrinhas cumplices, de primos peraltas e de toda parentaiada que povoa nossa vida.
Mas se concordarmos que toda criança precisa de pai e mãe o que isto significa?
Isto significa que uma criança, filha de mãe solteira, não será um adulto completo?
Siginifica que uma criança que não teve avós não será uma pessoa de futuro?
Significa que uma criança criada por dois homens ou duas mulheres não será NORMAL?
Imagine um homossexual concordando com este argumento! Que dois pais ou duas mães nãopodem criar filhos saudáveis!
Muitas mulheres homossexuais querem ter filhos por inseminação artificial mas querem que o filho tenha um PAI..que tipo de pai será este? Será um pai que pode reinvidicar a guarda da criança quando achar que a criança ficará melhor com ele? Ou será um cara que o filho verá nos aniversários..ou é uma pessoa com quem o filho vai querer morar quando brigar com a mãe na adolescência?
Acho que muito pouca gente poderia criar filhos em comum desta forma..já é tão dificil quando as pessoas, homem e mulher, que foram casados...imagine duas pessoas que mesmo muito amigas..não tiveram a intimidade de um casamento...
Mesmo que exista um DOCUMENTO que diga que o pai não tem direito a guarda do filho...será esta a vontade do filho?
Seria muito melhor se fosse um doador anonimo? Seria este o pai que a mulher quer para seus filhos? Seria este o pai que seu filho precisa?
Na Warner passa uma série, Jack&Bobby, e a mãe se recusa a dizer para o filho quem é o pai dele! Isto visivelmente cria uma desavença entre ambos e uma lacuna na vida do filho. Mas isto justifica? O que é melhor?
Se acreditarmos que crianças precisam de pai e mãe vamos acreditar que nossos filhos, por naõ terem, dentro de casa, a referencia do pai e da mãe, serão anormais, terão problemas psicologicos, serão esquisitas e destoantes...e...nas sublinhas é o que querem dizer com estes argumentos...provavelmente novos gays e lesbicas...
Então, a lesbica que quer ter um filho com um pai biologico conhecido..teria que trazê-lo para morar em casa..senão a referencia para o filho não existe...Aliás, se não me engano era o argumento contra o divorcio não era?
Amigas, não fiquem chateadas comigo...é um sentimento meu e não é para deixar ninguem triste! mas eu acho que querer um pai biologico conhecido para os filhos de um casal de mulheres ou de homens é criar um "simulacro" de normalidade, de realidade confortável. Para a criança falar para os amigos ou nas festinhas de escola...
Se são duas mulheres que se amam, para que elas querem um homem, que nao faz parte desta relação para realizar este desejo?
Eu até concordo com a gravidez, que uma mulher queira gerar um bebe, ve-lo crescer dentro de si..mas porque não fazê-lo com um anônimo? Porque escolher um doador "saudável" e que se conheça a personalidade...se o desejo é de ter filhos...isto faz diferença?
Sei que a lei nao permite a inseminaçao de mulheres solteiras e nem de um casal de mulheres...sei disso. E neste aspecto eu ate concordo que se recorra a um amigo....mas chamar este amigo de pai da criança..querer este cara perto...
Não sei...é que fico preocupado, vejo gays falarem que crianças precisam de pai e mãe, viram na revista da folha a pesquisa? 11% dos gays acham que gays não são bons pais!
Então..estes caras estão dizendo...ser gay é abominação, ser gay é errado, ser gay é ficar longe de cirnaças...ser gay é pernicioso...
E você? o que acha disto?

14 de agosto de 2005

Pais Homossexuais são destaques na FOLHA

Neste domingo, 14 de agosto, a FOLHA DE SÃO PAULO publicou na REVISTA DA FOLHA uma matéria muito significativa, capa e seis paginas, sobre pais homossexuais.
Mostraram quatro histórias: do casal de homens de caçapava que recebeu autorização para adotar uma menina e que foram analisados com um casal, do conhecido cabelereiro Rudy, que tem um filho de 27 anos adotado quando era bebê, do Professor Jack Scholes que tem dois filhos adotivos, atualmente com 24 e 21 anos e a história de Angelo Pereira, que adotou um menino que hoje tem 9 anos.
É claro que encontrar matérias falando sobre pais, especialmente pais que tem alguma coisa curiosa envolvendo suas biografias, não são novidade, quase todas as revistas semanais e jornais publicaram matérias parecidas, a novidade é encontrar uma matéria tão séria e positiva quanto esta escrita pelo jornalista Roberto de Oliveira.
Eles aboradaram de maneira séria os preconceitos envolvidos e mostraram até a dicotomia entre as leis e os costumes.
A meu ver o mais importante foi o depoimento dos filhos, constando como enfrentaram o preconceito e como o amor pode vencer todas as dificuldades. Para mim merece destaque o que Adriano, filho de Jack Scholes, disse: "Se alguém tem algo contra mim pelo fato de meu pai ser gay essa pessoa não vai fazer falta na minha vida"

P.S. Aliás, se vc quiser conhecer um pouco mais da história do Angelo Pereira e de seu filho Pedro Paulo pode ler o livro que eles escreveu contando sua história, RETRATO EM PRETO E BRANCO, na lsita dos links vc encontra um link onde poderá ver mais sobre o livro e inclusive comprar.

11 de agosto de 2005

Por que os gays não se dão bem com os pais?

Na semana dos pais é inevitavel não refletir sobre o difícil relacionamento entre os homossexuais (especilamente homens gays) e seus pais.
Acho que não seria dificil fazer uma "estatística" e dizer que 99% dos homossexuais masculinos tem dificuldades de relacionamento com o pai.
Apesar da estatísitica totalmente empírica eu não saberia dizer exatamente quais são os motivos. A idéia de que é o pai ausente que "causa" a homossexualidade do filho é facilmente rebatida pois numa mesma familia de pai ausente nem todos os filhos são gays. Mas este pode ser, sem duvida, um daqueles fatores multiculturais que organizam a "persona" homossexual.
Não dá para afirmar se o filho, percebendo-se diferente desde muito cedo, é que se afasta do pai e aproxima-se mais da mãe (muito ás vezes). Ou se o pai é que se sente menos ligado ao filho por razões inconscientes.
Para os pais de homossexuais talvez o principal ponto de conflito refira-se á MASCULINIDADE, o pai que reconhece seu filho como homossexual, deve temer que seu filho seja efeminado, que destoe dos padrões estabelecidos, ou preocupar-se com o papel sexual que este filho desempenhará. A figura do homem "passivo" deve ser perturbadora para muitos homens.
Muitos pais não conseguem administrar este conflito com o conceito de masculino e acabam se afastando mais ainda de seus filhos gays, mas outros, ainda bem, vencendo seus conceitos prévios, conseguem enxergar o filho ALÉM daquele papel sexual, conseguem ver o filho honesto, trabalhador, amoroso e, muitas vezes, apaixonado por outro homem, que passam também a admirar e gostar, especialmente porque faz seu filho feliz.
Talvez para os pais de lesbicas seja um pouco mais simples, talvez o pai não sinta qwwue "fracassou" em passar sua masculinidade (talvez até mesmo genetica) para o filho. O pai do homossexual deve sentir, muitas vezes, que não foi um bom exemplo.
Muitos pais de homossexuais que estão próximos de seus filhos e filhas tem muito o que comemorar esta semana, muitos filhos e filhas que conseguem ter seus pais como amigos, mais que simples genitores, também.
E outros, que tem seus pais distantes, podem tentar fazer algo, quem sabe, para resgatar alguma coisa. Mas sei que isto não é simples, envolve perdão, envolve perdas...
Homem, Homossexual e Pai Posted by Picasa

10 de agosto de 2005

Enquete REVISTA CRESCER

A Revista CRESCER está fazendo uma enquete em seu site:
 
Você acha que o fato de ter pais gays influenciaria a opção sexual do
filho?
 
E as alternativas são
 
SIM, pois a convivência despertará a curiosidade  
NÃO, a opção sexual depende do filho e não dos pais
 
entre no site deles e vote!
Mas me diga uma coisa...vc acha que existe isto de DESPERTAR A CURIOSIDADE? Eu não concordo, acho que são multiplos fatores e já foi provado, com pesquisas com casais homossexuais americanos, que o índice de filhos homossexuais criados por casais homossexuais é muito próximo - até inferior - ao índice de filhos homossexuais criados por casais heterossexuais
 
Se você concorda comigo, e acha importante deixar esta questão bem clara, até mesmo para defender nossas crianças, deixe um recado no FALE CONOSCO da Revista CRESCER, é so procurar do lado esquerdo do site deles!


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O amor eh que constroe as familias! Posted by Picasa

GAY FATHERS - parte II

Esta é a segunda parte da transcriçãodo livro GAY FATHERS, se ainda não leu a parte I sugiro que leia antes.
O mais interessante desta introdução é que ela, apesar de falar de homens, encaixa perfeitamente nas situações também vividas por muitas mulheres, que constorem vidas "de fachada" e sofrem muitopor isto, observem e vejam se estou certo:

"1. INTRODUÇÃO

Os homossexuais vivem de várias maneiras. As imagens que temos deles freqüentemente nos chegam como estereótipos que vão desde as “bichas-loucas” á figura típica com jeans, tênis camiseta e bigode bem aparado. A realidade de suas vidas, porém, é sempre mais complexa, humana e interessante do que estes estereótipos. Uma dessas realidades é o homossexual que vive por trás da fachada de uma vida “normal” com mulher e filhos.
Essa é a sua situação? Talvez as pressões das expectativas da família e da sociedade fossem muito fortes para que você evitasse o casamento “Quando você vai se casar e sossegar?” era a pergunta insistente, sempre acompanhada de um certo olhar...
Talvez você tenha acreditado em psicólogos, amigos ou psiquiatras que lhe disseram que era só uma fase pela qual você estava passando. Talvez você desejasse desesperadamente que seus receios fossem infundados. E que melhor maneira de provar isso do que se casando? Talvez você tenha pensado que o fato de alguém querer casar com você era um sinal de que afinal de contas você era “normal”.
Seja qual for o motivo, muitos homossexuais se casam ou mantém relações com mulheres e tem filhos. A vida desses homens parece ir bem por um tempo. Depois começa a tensão e o que parecia um sonho se torna um pesadelo. O que começou co promessas e esperanças parece agora um terrível engano que não pode ser resolvido sem provocar danos irreparáveis, tanto ao homossexual quanto aqueles que ele ama. Freqüentemente, ele é assaltado pelo medo e ansiedade que resultam do fato de se levar uma vida dupla: as fantasias cada vez mais persistentes e as escapadas furtivas para encontros com outros homossexuais. Ele vive com a promessa de reformar e com o sentimento de fracasso e desespero que vem quando a promessa é quebrada. Ele vive com a terrível ilusão de que só ele no mundo é casado, pai e homossexual.
Este livro é para estes homens ( e há muitos) que se perguntam o que acontece quando se é pai e homossexual. Dirige-se aos homens que talvez estejam dispostos a aceitar o fato de que são pais e também homossexuais, aos que querem enfrentar esse fato direta e honestamente. Nós, os autores deste livro, somos um grupo de homens que havíamos constituído família e nos demos conta de quem éramos e o que tínhamos feito.
Essa percepção não fez com que quizessemos apagar o passado. Aceitamos tudo isso. Não queremos voltar atrás para começar de novo sem mulheres e filhos, que agora fazem parte de nossas vidas; mas também reconhecemos que somos homossexuais e devemos lidar com esse fato da melhor maneira possível.
Somos pais homossexuais e talvez você também seja um deles. Se você é, este livro foi escrito para você. Conhecemos a estrada solitária em que você se encontra. Já conhecemos os passos dessa estrada e nos lembramos dos sentimentos que você agora deve estar experimentando. Conhecemos a dúvida – “Porque estou nesta situação?”- e a necessidade de falar com alguém sobre o que se pode encontrar pela frente. Sabemos como é importante a ajuda de outros que já percorreram o mesmo caminho. Agora que muitos já fizeram essa jornada, acreditamos que é hora de falar sobre isso e fazer pelo menos ummapa indicando os vales de desespero, as colinas de alegria e o sentimento de alívio, companherismo e aceitação que experimentam os que se mantém no caminho até este se tornar mais amplo e menos acidentado.
Alguns se desesperaram antes de encontrar o caminho. Pensaram que fugir ou se destruir era a única resposta ao problema. E ás vezes pensaram em levar outros consigo. Mas essas respostas não adiantam e sabemos que há melhores maneiras de lidar com o problema. Esperamos que este livro o ajude a encontrar o caminho, como nós encontramos"

9 de agosto de 2005

Pais e Gays Posted by Picasa

GAY FATHERS -parte I

Através de uma grande amiga (oi Eliana!) tomei contato com um livro intitulado "GAY FATHERS, algumas histórias e experiências" publicado pelo Grupo Gay Fathers of Toronto no ano de 1989 e que foi traduzido por Francisco Pereira.
Este é um livro incrível, com muitas histórias de vida emocionantes e que , apesar de ter mais de 15 anos é extremamente atual. Infelizmente não consegui achar o livro nem em livrarias e nem mesmo em sebos, pois ele seria um excelente presente para muitos pais homossexuais. Ai tive a idéia de transcrever o livro neste BLOG para que todos pudessem ter acesso a estas histórias. Vamos dizer que é uma homenagem ao mês dos pais!
O livro é dedicado " A todos os pais homossexuais, para que saibam que não estão sozinhos"

"PREFÁCIO

Este livro foi escrito por homens que conhecem as alegrias e os medos especiais de ser homossexual e pai. Foi escrito para nossos filhos e suas mães, na esperança de que eles o leiam algum dia e possam compreender melhor o que aconteceu. Mas foi escrito principalmente para outros pais homossexuais, que não conhecemos. Escrevemos para que possam compreender melhor o que está acontecendo com eles. Parece que este livro é o primeiro do seu gênero: a primeira tentativa de um grupo de pais homossexuais de falar sobre si mesmos e suas vidas.
Nós preferimos ficar no anonimato. Primeiro porque este livro é um trabalho coletivo e, depois, porque não estamos pensando em nós, mas em nossos filhos e nossas famílias. A sociedade ainda causa feridas dolorosas nas pessoas rotuladas de "homossexuais". Na verdade, em geral usa outras palavras, palavras que ferem e menosprezam: viado , bicha, fresco, maricas.
Quando nos aplica estes nomes, a sociedade nos está chamando de sujos, doentes, pecadores, criminosos e pervertidos. Face a esse ataque indiscriminado, os que defendem e apoiam os homossexuais (pais , amigos,mulheres, filhos) também se tornam alvo da raiva e insulto dirigidos aos homossexuais. Muitos estão enfrentando o pior que a sociedade pode nos fazer, mas queremos poupar outros (especialmente nossos filhos) das reações mais amargas e punitivas que este livro possa provocar.
...Há muita coisa que não dissemos sobre nós que deveria ser dita. Sem dúvida seremos acusados de visão parcial, moldada pelos interesses de homossexuais que são pais. Nosso objetivo não era dizer tudo que possa ou deva ser dito sobre o assunto. Afirmammos apenas que o que escrevemos é fruto de nossa experiência. O que dissemos precisava ser dito. Não negamos que há mais a ser dito.
Este livro é o resultado do trabalho de muitos. Cerca de 200 homens que nos ultimos 3 anos entraram em contato com os Gay Fathers de Toronto estão neste livro. Alguns encontram-se nele apenas como ecos, outros estão presentes como personagens de uma peça. Todos são reais e verdadeiros, embora a verdade, como dizia Oscar Wilde, raramente é pura e nunca simples. As pessoas que nos rodeiam também estão neste livro: mulheres , filhos, amigos e familiares, embora este livro não seja sobre eles da mesma maneira que é sobre nós.

5 de agosto de 2005

Momentos em familia! Posted by Picasa

Filhos separam estilistas

Você conhece a marca DOLCE & GABBANA ? Ela foi criada em 85 pelos estilistas italianos Domenico Dolce e Stephano Gabbana e é uma marca avaliada em mais de 300 milhoes de dolares. Você sabia que além de sócios eles formaram, durante 20 anos, um dos mais famosos casais homossexuais do mundo? Tanto é verdade que em 1999 eles foram eleitos o segundo casal mais romantico da italia, só perderam para Romeu e Julieta.
Em 2000, numa entrevista, a revista americana OUT fez uma reportagem de capa com a dupla, perguntou o que mais faltava para completar o relacionamento deles. A resposta foi: filhos. Os dois estavam querendo formar uma família com crianças, mas não conseguiam entrar em acordo quanto ao método de "aquisição".
Enquanto Domenico era a favor de adotar "várias crianças", Stephano preferia achar uma mãe amiga para fazer inseminação artificial.
E ao que parece, não chegaram a um acordo, tanto que se separaram em 2004 sem ter filhos.
Isto pode nos fazer refletir sobre um problema que também aflige os casais homoafetivos, diferentemente do que nos casais heteros, em que a "procriação" é uma espectativa normal, que pde ocorrer inclusive "por acidente", nas familias homossexuais o desejo de filhos muitas vezes não chegam a um acordo, uma vez que não é encarado como uma decorrência "natural" do casal. E também, hoje em dia, já há uma cobrança da sociedade para que também os casais heterossexuais em longos relacionamentos tenham seus filhos. Deve ser mais ou menos a mesma pressão que sofrem casais heterossexuais que decidem não ter filhos.
Primeiro é preciso que ambos, ou ambas, concordem com a iniciativa, muitas vezes a pessoa não imagina a sua vida modificada pelo nivel de exigencias que uma criança demanda, e outros não conseguem imaginar suas vidas SEM filhos.
Em segundo lugar é preciso se chegar a um acordo quanto ao metodo de "produção" do filho sonhado.
Os metodos biologicos, para os casais homossexuais, sempre vão demandar apoio e colaboração de uma terceira pessoa, externa a família de origem, mas que estará ligada a ela indefinidamente por laços de consanguiniedade.
Existe sempre a opção da adoção, que deverá ser feita por apenas um dos parceiros ou parceiras, uma vez que a legislação não permitem a gurad conjunta a dois homens ou duas mulheres.
E na sua família, filhos estão no seu projeto?

3 de agosto de 2005

Tem gente que nao para de pensar em casamento! Posted by Picasa

2 de agosto de 2005

Dia dos Pais, Dia dos Pais, Dia dos Pais....

Pronto! Entramos na temporada "Seja feliz no dia dos pais". E dá-lhe comerciais de filhos e pais sorridentes, abraços e COMPRE COMPRE COMPRE!
Para muitos homossexuais, senão a franca maioria, o relacionamento com o pai é algo muito complicado. Não sei se poderia fazer uma estatística, mas eu diria, sem muito medo de errar, que 99% dos homossexuais masculinos não se dá bem com o pai.
Muitos até atribuem a homossexualidade dos filhos á figura do pai ausente, mas é dificil definir se os pais é que são ausentes ou se os filhos, desde pequenos, se afastam de seus pais institivamente. Talvez no caso das mulheres, das lésbicas, seja um pouco diferente, pois a questão da figura paterna tem outro peso na construção da psique das mulheres.
Também percebo que muitos são os homossexuais masculinos que, apesar de serem "fora do armário", nunca tiveram "a" conversa com o pai. Conversaram com a mãe e esta "retransmitiu" as informações.
Poucos também são os pais francamente suportivos, pais de homossexuais que compreendem as opções dos filhos e filhas e se dão bem com genros e noras, ou que, no caso das pessoas transgeneros, apoiam e orgulham-se das novas identidades assumidas pelos filhos.
Até entendo que a situação é dificil, gera constrangimentos, gera apreenssões, mas não há como esquecer que muitos homossexuais se beneficiariam muito de terem seus pais mais próximos.
E seu pai? Que tipo de pai ele é? Como é seu relacionamento com ele?
Filhos com orgulho! Posted by Picasa

1 de agosto de 2005

Descobrindo sentimentos!

Tenho uma amiga que definiu recentemente seu "encontro" com um sentimento que ela não conhecia, na primeira vez que segurou seu filho nos braços

"Foi com a primeira adoção que fizemos, que eu descobri em meu ser um sentimento que nunca havia tocado. De uma delicadeza e força muito grande. Parecia que meu ser inteiro tocava uma canção, de tamanha harmonia que eu sentia ao segurar meu amor, meu filho, em meus braços enquanto ele dormia. Eu como que comunguei, saboreei, toquei, bem devagar e encantada o sentimento que surgia em meu coração. Acho que o nome dele é maternidade".
(H.C. mãe de 3 filhos adotivos junto com sua companheira S.)

Ah! Ela pediu para acrescentar que este filho, que ela carregou no colo, atualmente tem "apenas" 1,88m!

E você? já sentiu algo assim tão forte?