13 de setembro de 2013

Abrindo, e LENDO emails!

continuação do post  You´ve Gotta Mail, sugiro ler antes...

Quando eu saia da adolescência, em meados da década de 80, o assunto homossexualidade não era falado de forma tão aberta como hoje em dia, pode parecer chocante mas homossexualidade ainda era doença! A OMS só tirou da lista de doenças em 91!
Então era uma certa barra "resolver" ser gay!
Mas eu era, mesmo tendo "resolvido" não ser! =o)
Basicamente eu tinha resolvido não dar vazão aqueles sentimentos, que não entendia bem, porque era nítido e claro que eu não seria aceito, que eu teria muitos problemas, que eu ia ser discriminado. Que eu não seria feliz.
E era nítido e claro para mim que se eu fosse "viado" eu não poderia ter filhos, e mesmo com pouco mais de 20 anos, eu queria muito ter filhos, queria ter uma família.
...era o que eu precisava!
Mas mesmo assim, o desejo falou mais forte e eu decidi que de certa forma eu tinha que ver "qual era o lance" de ficar com um cara, e confesso que não era nada muito romântico, era uma coisa de tesão mesmo, aliás, eu nem acreditava que poderia haver romance entre gays, era só tesão e sexo mesmo!
Afinal de contas todos diziam: "Viados gostam de sexo grupal, de se vestir de mulher e de dar o cú"!
O primeiro cara com quem sai eu encontrei na tal da locadora da Eusébio Mattoso, perto do Eldorado, onde eu alugava filmes de arte - com um ou dois eróticos no meio para disfarçar! (kkkk).
Me pergunta se eu assistia aqueles filmes do Godard e do Buñuel ?
Encontrei, conversei,
- Você já assistiu este? É bom?
Continuei e chamei para casa,
- Quer ir lá em casa assistir?
Era um ruivinho bem interessante se me lembro bem, uns anos mais velho que eu:  mão naquilo, beijos, amassos, tira a roupa, masturbação mútua, e levei ele para casa. Me lembro que ele morava longe da minha casa! Tipo zona norte... nem trocamos telefones, nem nada, (não tinha email, face, nem celular lembram?) Foi um frisson bom demais. Mas nunca mais cruzei com ele.
Depois eu "seduzi" um rapaz que trabalhava com atendente numa loja que eu frequentava por razões profissinais, que  se dizia hetero e que teve que ser devidamente embriagado para ir adiante. E adiante não é sinônimo de "finalmentes"...
Foi ai que conheci um cara muito legal, que era voluntário numa ONG em que eu também era voluntário, ele morava no interior de sp, e nos conhecemos numa reunião de voluntários...
Eu me encantei por ele, um cara alegre, sorridente, gente boa, entusiasmado, inteligente, com nome de poeta, que lia e conhecia coisas, ele era praticamente um teen, mesmo sendo maior de idade, e eu um pouco mais velho que ele...
e ai ia começar uma nova fase... (continue clicando AQUI)

6 comentários:

  1. uma história q me fez lembrar da minha ... acho q de muitos tb ...

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  2. Muito interessante a sua história,fico feliz por você se dispor a dividi-la com conosco, existe uma hipocrisia velada a cerca deste tema e somente o conhecimento pode desmistificar a questão.Salve o ser humano,pois quem é humano de verdade, não tem sexo.Beijo carinhoso do leitor de agora e sempre.:-BYJOTAN.

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  3. olha que eu também achava que gays não namorava, foi o maior choque quando comecei a frequentar ambientes gays...
    interessante ver como esse estereotipo é forte...

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  4. Oi, tudo bem?
    Curioso para saber a continuação rs.
    Bjo menino

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  5. Eu tenho 51 anos então você pode imaginar que quando era adolescente e uma adulta jovem, as coisas eram bem diferentes, também peguei os anos 80 e foi onde mais vivi de tudo em relação a sexualidade.

    Nunca tive problemas de me aceitar como era, tive problemas em aceitar como o mundo me via. Isso sim foi um drama para mim, até porque todos me viam como homem e eu me sentia mulher. Não é uma trajetória fácil, mas possível.

    Beijocas

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  6. Anônimo2:18 PM

    Talvez pela mesma época, sainda da adolescência, meados de 80 ... histórias parecidas ... vou continuar lendo !
    Curti o blog ! Obrigado pela visita !
    Abraço !

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