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Éramos bem diferentes, mas talvez pudesse
funcionar.... |
Algum tempo depois de me separar, ultrapassada a minha efêmera fase "da putaria", eu acabei me envolvendo com uma pessoa bem interessante. Pessoa! quando o cara não é assumido ele sempre fala, sai com uma "pessoa"...rsrsrsrsr
Me envolvi com um cara, um homem!
Um japa, de 40 e poucos anos, engenheiro, que trabalha numa empresa de tecnologia. Um cara muito inteligente, que fala (mesmo) 6 idiomas, budista, versado em música clássica, uma pessoa calma, serena, que tinha lá seus conflitos, pois afinal de contas é uma pessoa normal...mas muito carinhoso, atencioso.
Conversamos, saímos, jantamos, beijamos, fomos a concertos, dormimos juntos, jantamos, fomos a ópera, transamos, almoçamos, fomos ao cinema, tomamos café da manhã... uma relação, uma amizade, um bem querer, que estava fluindo bem a meu ver. Apesar de ele ser bem pouco entusiasmado para o sexo, o que eu creditava a algumas experiências ruins que ele teve... e que eu, de certa forma, achava que podia ajuda-lo a reverter.
Para mim era um espanto, um conforto enorme, estar com um cara que comprava assinaturas de concertos (sala são Paulo, cultura artisitica) para o ano seguinte! Uma coisa mega estável e confiável! O oposto do que eu tinha vivido durante tanto anos!
Só que nenhum dos dois falava em namoro, em amor. Eu porque não achava que estava preparado (e nem era hora) de me envolver novamente e ele ... ele eu não sei.
Mas ai você encontra um cara educado, com bom papo, carinhoso, que vc acha bonito e gostoso, culto, um mundo de descobertas... something that looked like a relationship... é fogo!
Eu confesso que tenho uma pequena inclinação por orientais, gosto da cultura oriental, dos valores familiares que esta cultura tem, acho muito bonito homens de pele lisa. Tesão mesmo. E o mocinho era bem japa, se vestia como japa-engenheiro, sabe como eh? Calça impecável, com barra feita, camisas sociais discretas ou camisas polo... em alguns aspecto muito divertido.
E ele também foi se tornando receptivo a aprender coisas novas, a experimentar coisas novas. Eu comprei uma sandália havaiana para ele (nunca tinha tido uma), camisetas mais apertadas (ele tinha um corpo bem legal e usava só roupas largas!!!!), um sapatenis (nunca tinha tido nenhum) e ai ele se vestia para mim, e parecia adorar isto, ser menos "japa" quando estava comigo.
Mas faltava algo... era divertido, era estimulante, mas eu sentia que nunca nos envolveríamos como eu gostaria. Mas eu até fantasiei isto, tanto que ate apresentei ele para minha menina, e ele dormiu em casa por várias vezes. E ele tb, pois me apresentou a amigos, fomos a festas, almoços, jantares...
Este contato acabou sendo interrompido por um triste acontecimento, a mãe dele, que mora em outro estado, numa cirurgia aparentemente rotineira, acabou sofrendo um AVC, e ele, que é filho único, teve que dar total assistência para a mãe. Durante mais de dois meses ele se afastou de São Paulo.
A questão toda é que, como ele não é assumido, apesar de ter mais de 40 anos e viver uma vida bem gay em SP, onde vivia sozinho desde os 16 anos de idade, ele não permitiu sequer que eu fosse para lá neste período todo, que tentasse ajudar com algo mais que nossas conversas diárias no Skype. E isto nos afastou muito. Mas eu de certa forma me mantive conectado a ele, fiel a idéia de talvez tentar algo mais sério com ele.
Quando ele voltou ele mesmo me disse que entraria numa fase "cocoon", que ele precisava rever seus valores, que estava muito estressado, com toda a situação, com o contato diário com seu pai, um homem muito rígido e pouco carinhoso, que ele teve que conviver diariamente e que foi muito desgastante.
Ou seja, eu tomei um "fora", quando ele me fez perceber que não teria tempo, e estrutura, para continuarmos nossa estória. Tanto é que, até hoje, ainda não nos vimos pessoalmente apesar dele eventualmente, me mandar e-mails, falando sobre sua vida, a situação da mãe dele...
Não vou dizer que não fiquei triste (porra! ele era tão legal, podia ter dado certo!), mas agora, que estou saindo realmente com A pessoa incrível que estou, é que percebo que eu não seria pleno naquele relacionamento, ao qual não demos nenhum nome...
De certa forma ele foi o amigo da transição que acho que eu precisava, para perceber que as coisas podiam ser diferentes....
E você já teve um amor de transição?
JAPAN POP SHOW? Não sabe o que é?
Quem tem mais de 35 anos deve lembrar. Na TV GAZETA, tinha um programa voltado para a comunidade nipônica, com apresentações musicais... eis um resumo que achei na internet:
"No ano de 1978, a Gazeta estreou o programa nipo-brasileiro Programa Nelson Matsuda, uma produção independente, do Japan Pop Show Empreendimentos ou N.Matsuda TV Produções Ltda. Era exibido ao vivo, do Teatro Cásper Líbero no 3o Andar do prédio da Gazeta. Era apresentado pelo próprio apresentador, Nelson Matsuda. Foi O Primeiro Programa de Variedades Nippo-Brasileiro, Com Auditório, Inaugurando Assim, a linha de shows da Gazeta, feito de manhã, de tarde ou de noite.
Ainda no ano de 1978 ou no ano de 1979, a Gazeta estreou o programa nipo-brasileiro Imagens do Japão, uma produção independente, do Imagens do Japão TV e Jornalismo Ltda, Imagens do Japão TV Programações e M.Okuhara TV Produções Ltda. Era exibido ao vivo, do Teatro Cásper Líbero no 3o Andar do prédio da Gazeta. Era apresentado por Rosa Miyake, Mário Okuhara e Alberto Murata. O Programa Misturava Informação, Cultura e Entretenimento. Tinha Acontecimentos do Japão, Miss-Nikkey, Concurso de Calouros, Musicais Com Brasileiros e Japoneses e Etc".