17 de dezembro de 2008

a dor da incerteza

Desde minha surpresa de duas semanas atrás tenho sentido uma dor bem no meio do peito. Calma, tenho certeza que não é ataque do coração.
É o lugar onde o Tadashi, o massagista de Shiatsu, diz que é o ponto da ansiedade. Ja faço massagem com ele faz meses e ele sempre aperta para valer neste local, quase quebrando as costelas, pois diz que tem que "dissolver" este ponto.
Outros me dissseram que é a dor da incerteza, da angustia.
Acho que é mesmo "angustia da incerteza e ansiedade pelo futuro". Ou seja, um pouco de tudo.
Mas ainda vem acompanhada de boca seca, um pouco mais de sono, e alguma falta de ar.
Não está sendo fácil propor para mim mesmo - "senhor supremo do planejamento e do destino" - a possibilidade de controlar menos as coisas, de buscar menos perfeição, de ter menos certeza. Tem sido um exercício diário, a cada atitude eu paro e pergunto se aquilo não é um exagero, se eu realmente preciso daquilo, se eu realmente preciso fazer aquilo.
Eu realmente preciso saber tudo que esta acontecendo? Ter controle sobre tudo? Ou, pior, ACHAR que tenho controle?
Dentro deste quadro é que tomei a decisão de não romper. Na realidade tomei a decisão de recomeçar, com outros parâmetros, nem estou usando mais aliança, pois me questiono até que ponto isto é importante ou isto é uma marca que queria imprimir.
Tenho me angustiado por ter tentado ficar um pouco mais distante dele, mas mesmo assim eu percebo que minha proximidade exagerada não tinha valor, e nem mesmo impediu de que muitas coisas acontecessem sem que eu soubesse.
Acho que estou questionando o amor, a amizade, o conceito de fidelidade e muitas outras coisas que tinha como liquidas e certas.
Alguns podem ate achar que meu amor é tão grande (psicótico e exagerado), que eu resolvi perdoar tudo, passar uma borracha, e nem acreditam que eu consiga fazer isto. Realmente a pessoa que eu sou não conseguiria, mas a pessoa que eu quero ser é que vai ter que descobrir se quer ou não. e eu resolvi dar a chance das coisas acontecerem diferente.
Pode parecer confuso, mas se me derem um tempo eu talvez consiga entender e explicar melhor...

12 de dezembro de 2008

processando e entendendo minha parte...

Os ultimos dias foram muito atípicos. Sentimentos confusos, sonhos desfeitos, uma certa vergonha perante os que sabiam, muito apoio de muitas pessoas...
Mas não tenho raiva no meu coração.
Tenho que admitir que uma parte do que aconteceu tem a ver com a maneria como eu mesmo estava conduzindo o relacionamento, aliás, como eu conduzi sempre meus relacionamentos.
Acho que o principal equivoco é assumir um papel, uma diretriz que "tenho que ser flexível mesmo me machucando porque isto é o certo a fazer" ou "tem que dar certo de qualquer jeito"
Talvez isto tenha a ver com uma necessidade de ser "gostado" ou uma busca de felicidade como ideal.
O que achei mais surpreendente na situação foi encontrar muitas pessoas que me disseram para pensar bem em tudo que estava acontecendo, para não jogar para o alto tudo que vivemos, para pensar e descobrir o tamanho do prejuízo.
O que eu esperava era que todo mundo me dissesse, CAI FORA!
Um aspecto positivo, pelo menos na minha opinião, é que eu resolvi que era hora de eu fazer terapia, ja fazia tempo que eu percebia que eu precisava dedicar um tempo a entender alguns processos e sentimentos em minha vida. E acho que o que aconteceu me mostrou que eu estou, de certa forma, muito mais preocupado com "um projeto" de vida, do que em realmente viver.
Na quarta já fiz uma sessão, e pelo que percebi vou ter que começar a entender coisas lááááá atrás na minha vida.
O primeiro conselho que vou seguir é o de não resolver nada rapidamente, conviver com a dor, ao invés de fugir rapidamente dela, como sempre fiz, pode ser a chance de eu aprender melhor sobre mim mesmo.

10 de dezembro de 2008

Klecius autografa livro

Na sexta passada, 5 de dezembro, o Terapeuta Afirmativo Klecius Borges lançou seu livro na Livraria Cultura do Conjunto Nacional.
O livro é uma coletânea dos artigos que ele publica há varios anos na revista G e no site G OnLine.
Eu comecei e terminei de ler o livro no sábado mesmo, a leitura é muito estimulante, me ensinou muito sobre mim mesmo, e qualquer dia conto como ele foi um dos fatores detonantes da minha crise conjugal.
O que mais surpreendeu, e eu até já escrevei para o Klecius falando isto, é perceber que a linha mestar que conduz toda a análise que ele faz da vida e do "tornar-se gay" tem muito mais a ver com AMOR do que com pensamento.
Até brinquei com ele, que deveria mudar o nome de sua coluna de "papo-cabeça" para "desiguais" ou "papo coração"
Mesmo sendo lugar comum eu diria que o livro é uma leitura obrigatória, para todo gay que quer entender alguns de seus processos de vida e a forma como eventualmente fazemos algumas escolhas.
No evento, muitas pessoas, inclusive a Escritora Edith Modesto, que é fundadora do GPH (Grupo de Pais de Homossexuais) do qual o Klecius é consultor.

7 de dezembro de 2008

idiota & chifrudo

Soube, ontem á noite, que tenho sido traido sistematicamente nos ultimos 2 anos pelo meu sempre denomiado aqui "namorido" .
Mesmo que eu custe a acreditar, que alguém pudesse passar 6 anos ao meu lado dizendo que me amava e ao mesmo tempo frequentava saunas e clubes de sexo, soube da boca dele mesmo, o que exclui qualquer possibilidade de fantasia da minha parte.
Só posso imaginar a extensão das mentiras que ele me contou. Só ele sabe oquanto confiei nele, o quanto eu o amo.
Imaginar quantas vezes eu ouvi - eu te amo - para na mesma semana ele estar transando anonimamente numa cabine de sexo, me deixa com uma dor incrivel.
Vamos ver o que eu faço da minha vida agora...

6 de dezembro de 2008


"Amores perfeitos são projetados em seres idealizdos e se desfazem no ar...
Já os amores possíveis, nascem e crescem nas incertezas da imperfeição e se fortalecem a cada aflição que é superada. Reinventam-se constantemente e ... são eternos em sua grandeza."


frase do psicologo Klecius Borges, em seu livro DESIGUAIS

2 de dezembro de 2008

filho! eu sou gay!

vejam o interessante lik da matéria publicada no site do O GLOBO, enviado por minha amiga priscila do Rio
Indico a leitura do seguinte texto publicado no Globo Online:
http://www.oglobo.com.br//blogs/megazine/post.asp?cod_post=144029
Data: 2/11/2008

17 de novembro de 2008

KLECIUS LANÇA LIVRO


O psicólogo especializado no atendimento a gays, lésbicas e bissexuais Klecius Borges lançará no dia 5 de dezembro, na Livraria Cultura, em São Paulo, o livro "DeSiguais". Publicado pela editora Fábrica de Leitura, o tema da diversidade sexual é abordado sob uma perspectiva psicológica afirmativa sem se deixar levar pelo estigma da auto-ajuda.
"DeSiguais" retrata, de forma focalizada e positiva, parte da experiência do autor sobre orientação sexual. Destina-se a resgatar, antes de tudo, a auto-estima de gays, lésbicas e bissexuais e fornecer suporte emocional, além do desenvolvimento positivo de uma identidade homossexual e uma maior integração com as diferentes áreas da vida destes indivíduos.
"DeSiguais" não é um livro de ficcção. é Uma obra esclarecedora direcionada não somente ao leitor gay, mas a qualquer cidadão interessado em aceitar e conviver com as diferenças.

(texto extraido do site XXY)



23 de outubro de 2008

Grupo de Pais Homossexuais promove maisuma reunião


Neste sábado, 25 de outubro, ocorrerá mais uma reunião do Grupo de Pais Homossexuais, coordenado pelos psicologos Vera Moris e Edson Efendi.

O grupo busca por em contato os homens que são homossexuais e também tenham filhos, em sua grande maioria proveninetes de casamentos heterossexuais anteriores.

No grupo são discutidos desde as questões de descobrir-se gay, revelação, como contar aos filhos, relacionamentos e outras duvidas e angustias que povoam a mente deste homens.

Além disto o grupo é um exclente ponto de socialização, onde são feitas novas amizades e muita informação é trocada. Atualmente são mais de 25 homens que participam do grupo, que promove reuniões também ás quintas feiras, para os que não podem vir no final de semana.

Se você tem interesse em participar, ou conhece alguem que tenha interesse, entre me contato com a Vera no email vemoris@uol.com.br

Seja bem vindo!

19 de outubro de 2008

Mãe sempre sabe!



Neste sábado foi o lançamente do lviro MÃE SEMPRE SABE da escritora e militnate Edith Modesto. Foi um sucesso, ela levou uma verdadeira multidão até a Livraria Saraiva do Shopping Patio Paulista.

E o livro vale a pena ser lido! Aliás! É um livro que PRECISAVA ser escrito! são dezenas de estorias, de depoimentos, que permeiam os estudos da Prof.a Edith sobre a relação de pais e mãe se seus filhos homossexuais!

Vale a pena!

17 de outubro de 2008

Bomba! Bomba! Kassab dá Secretaria de presente a "amigo"

olhem o que recebi


 
 

Quando o privado penetra no público...

Kassab dá Secretaria de presente a "amigo"

- por André Lux, jornalista (http://tudo-em-cima.blogspot.com/)

Quando pessoas como eu afirmam que é correto questionar a vida pessoal de alguém que se esconde atrás de um manto de hipocrisia e falso moralismo para poder atuar ileso e sem precisar prestar contas de seus atos, aparecem uns nervosinhos dizendo que é absurdo. Dizem que é "jogo sujo", acusam-nos de "homofobia" e outras besteiras assim.

Igual, por sinal, muitos fazem quando alguém questiona o tratamento dado por Israel aos palestinos ("Você é nazista! Anti-semita!") ou as ações imperialistas dos EUA ("Você é anti-americano! Stalinista!").

Mas, vejam só: finalmente comecou a cair a ficha e as pessoas passaram a perceber o quanto
a falta de transparência e de coragem em assumir suas verdadeiras preferências em público pode sim contaminar a política e produzir aberrações prejudiciais à comunidade.

É o caso do senhor Rodrigo Garcia, que muitos afirmam ser o companheiro de Kassab entre quatros paredes. É crime se for verdade que os dois são amantes? Jamais! Muito pelo contrário! Que sejam felizes e passem a vida inteira juntos, gozando os prazeres do mundo - se for mesmo verdade que são amantes.

Agora, vejam só que engraçado: Rodrigo Garcia ganhou de "presente" do amigo-prefeito Kassab a chefia da recém criada Secretaria de Desburocratização da Prefeitura de São Paulo... sem que exista qualquer justificativa para isso! Será que foi presente de casamento?

Por sinal... Secretaria de Desburocratização da Prefeitura de São Paulo? Que negócio é esse? Parece nome de repartição pública em algum filme histérico do Monty Phyton!!

Entendem agora a importância de se assumir em público certos detalhes da vida pessoal? Se o sujeito fosse casado com uma mulher ou então fosse gay assumido, todo mundo poderia questionar suas motivações ao nomear sua/seu parceiro para um cargo público inútil e, até então, inexistente.

Só que como o sujeito é enrustido (ou pelo menos não aceita ser questionado sobre sua vida pessoal sem rolar no chão e posar de vítima), fica mais fácil para poder continuar empregando amantes e "amigos" sem ter que dar explicação nenhuma a nós, os idiotas que pagamos por isso...

Vejam o texto abaixo do jornalista Renato Rovai, editor da Fórum, que finalmente começa a colocar o dedo nessa ferida.

Para que serve a secretaria de Rodrigo Garcia?

- por Renato Rovai, editor da Fórum

Escrevi num post aqui embaixo que considerei barbeiragem da marquetagem de Marta trazer a sexualidade de Kassab à tona ao perguntar se o mesmo era casado e tinha filhos. Acho que Kassab tem o direito de assumir ou não sua orientação sexual. E considero que o fato de ele não ser casado e não ter filhos não quer dizer absolutamente nada.

Isto, porém, não pode lhe dar salvaguardas para outras questões. E tenho uma que me parece conveniente ser feita.

Como jornalista quero saber para que serve a Secretaria de Desburocratização da Prefeitura de São Paulo? Esta pasta, leitores, existe e tem como titular o deputado estadual Rodrigo Garcia.

Também quero saber por que Rodrigo Garcia foi escolhido para ser o titular desta secretaria? Qual a sua especialização no tema?

Quando a esfera privada passa a ter relação com a pública o jornalismo e o debate político podem e devem ser exercidos. Não há salvaguardas para isso.

Exemplo torto é o caso Lulinha, que teve sua vida devassada por ter se tornado empresário quando seu pai era presidente da República. Toda a imprensa tratou do assunto e os adversários políticos o exploraram aos borbotões.

Quero saber para que serve a Secretaria de Desburocratização da Prefeitura de São Paulo? E por que Rodrigo Garcia é o titular da pasta?

PS: Entre
no link da Secretaria e veja se você entende para o que ela serve



__________________________________________________
Fale com seus amigos de graça com o novo Yahoo! Messenger
http://br.messenger.yahoo.com/

1 de outubro de 2008

Mãe sempre sabe?


Edith Modesto, escritora de mão cheia, mãe amorosa, amiga de todas as horas e batalhadora pela felicidade de tantas famílias brasileiras lnaç o livro.



"Mãe sempre sabe? Mitos e verdades sobre pais e seus filhos homossexuais"
Em São Paulo
Quando: 18 de outubro, sábado, das 19 às 22 horas. Às 20:30h haverá um bate-papo com os amigos.

Onde: Shopping Pátio Paulista - Saraiva MegaStore (próx. Pr. Oswaldo Cruz, no final da Av. Paulista).

No Rio de Janeiro
Quando: 21 de outubro, 3a. feira, às 20 horas.
Onde: PUC - Rio - Salão Pastoral - Rua Marques de São Vicente, 225 - Gávea.

Edith Modesto
GPH - Assoc. Bras. de Pais e Mães
www.gph.org. br

19 de setembro de 2008

FGV promove seminário sobre direitos LGBT

Evento acontece nesta segunda-feira (22) e terá a presença do especialista Robert Wintemute
Publicado em 18/9/2008 às 17:13 no site DYKERAMA
Para discutir as conquistas sociais e civis obtidas por casais homossexuais e o espaço conquistado por esse segmento na sociedade brasileira, a Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (Direito GV) promove na próxima segunda-feira (22), às 11h30, o seminário “A Defesa dos Direitos de Gays e Lésbicas no Mundo de Hoje”, com a presença do professor Robert Wintemute.
Robert Wintemute é professor da Escola de Direito King´s College, da Universidade de Londres, especializado na área de discriminação por orientação sexual.A palestra também contará com a participação do coordenador do Mestrado da Direito GV e professor de Direito Constitucional, Oscar Vilhena Vieira, e o professor Roger Raupp Rios, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Para o professor José Reinaldo Lima Lopes, organizador do evento, a discussão deverá ser bem abrangente. “Ele deve debater desde questões relacionadas à adoção até mesmo a união civil e compartilhar do histórico e de pesquisa de outros países”, declarou.A Direito DV fica à rua Rocha, 233, 9º andar. O evento é gratuito e aberto ao público mediante inscrição pelo telefone (11) 3281-3483.
Mais informações no site www.direitogv.com.br.

4 de setembro de 2008

Assessores apontam caminhos para adoção gay ser aprovada no Senado

Por Marcelo Hailer no site A CAPA em 3/9/2008 - 17:14

No dia 22 de agosto, a base governista fez acordo e retirou a emenda que aprovava adoção a casais homoafetivos. A pressão pra que se eliminasse tal proposta partiu do PTB, partido aliado do governo federal, entre algumas alegações disseram que a família ainda "não está preparada para tal fato". O projeto agora segue para o Senado.
A reportagem do A Capa apurou junto a assessores de parlamentares da Frente LGBT que aprovar o projeto como está e fazer uma emenda depois de sua sanção ou tentar reverter o quadro e reincluir o texto que prevê a adoção a casais homossexuais, podem ser estratégias adotadas por senadores aliados do movimento gay.Caio Varela, do gabinete da senadora Fátima Cleide (PT- RO), disse que o projeto em questão apresenta outro problema. "Além de terem vetado o texto da adoção a casais homossexuais, ele propõem outra coisa que é benefício fiscal a quem adotar, isso é um absurdo", protesta.
Opinião semelhante tem Marcio Sanchez, assessor da senadora Patrícia Saboya (PDT- CE). "Eu apelidei essa emenda de Bolsa Adoção. A adoção é um gesto de amor, não precisa de incentivo", aponta. Sobre a emenda vetada pela Câmara dos Deputados, Caio fala sobre possíveis caminhos para incluir a adoção a casais gays. "Não sabemos ainda se o projeto passará por várias comissões ou se irá direto para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Portanto já estamos articulando com as frentes da Criança e do Adolescente e, também com a frente LGBT, para tentar alterar o texto", conta. Ele ainda explica que a intenção deles é retirar os tais incentivos fiscais para adoção e incluir o texto em debate. Se for direto para a CCJ "não terá como alterar, mas se for para Criança e Adolescente ou Direitos Humanos é mais fácil de alterarmos o texto", diz.
Marcio aponta outro caminho de estratégia. "Talvez o melhor caminho seja nós aprovarmos como ele veio da Câmara e depois de aprovado nós apresentaríamos uma emenda". Porém, nem todos da Frente LGBT do Senado são otimistas ou acreditam em tais caminhos. Para José Pena, assessor da senadora Serys Slhessarenko (PT - MT) "como o projeto saiu daqui e retornou, podemos apenas revisar. Não há como alterar ou incluir outras coisas, só criando um projeto novo."Mais otimista, Marcio diz que não é necessário criar um projeto novo e que tentarão convencer o resto da frente a tentar todos o caminhos possíveis. "O projeto quando saiu daqui tratava apenas da adoção por parte de pessoas estrangeira, ao chegar na Câmara dos deputados é que foram incluídos outros textos, inclusive o de adoção por casais gays, de autoria da Laura Carneiro [DEM- RJ] e que na última hora foi derrubado.
Como essas emendas novas não foram apreciadas pelo Senado, nós podemos pedir pra rever a redação. Aí via emenda, colocamos na redação que qualquer casal independente do sexo pode adotar".Marcio revela que no momento estão articulando com os senadores das frentes e tentando convencê-los, mas ele reclama e diz que os senadores aliados precisam de "mais apoio do movimento e de pressão externa, mas aos poucos estamos ganhando mais aliados". Sobre quando será debatido o projeto de adoção, todos foram uníssonos e afirmaram que apenas após as eleições.

15 de agosto de 2008

Filhos: o que fazer antes, durante e depois de sua chegada?

Encontro discute no próximo dia 16 relação de casais homossexuais e seus filhos
Pessoas aparentadas que vivem, em geral, na mesma casa e que é formada pelo pai, mãe e filhos. É esse o conceito definido pelo dicionário e sustentado na sociedade atual sobre a família. Porém, pouco a pouco, essas referências que temos sobre os casais (homem e mulher) e pais (pai e mãe) começam a mudar.
Ainda que timidamente, novidades aparecem: hoje diversos filhos vivem com famílias formadas por “pai e pai” e “mãe e mãe”. São as chamadas ‘famílias alternativas’ ou ‘famílias homoparentais’. Mas nós homossexuais temos os mesmos direitos do que casais heterossexuais?
Para discutir esse tema e conhecer mais os direitos que as famílias homossexuais possuem, o Grupo de Casais do Corsa discute, no dia 16 de agosto, às 17h, a relação entre os casais do mesmo sexo e seus filhos. Para isso contaremos com a presença do autor do blog PAIGAY que falará e esclarecerá as dúvidas sobre adoção; crianças e homossexualidade; como lidar com filhos de casamentos anteriores; a necessidade de ter filhos e a hora certa para contar a eles sobre a nossa homossexualidade. Contamos com a sua presença!
Além de tirar as dúvidas sobre o assunto, o Grupo convida todos os casais para compartilhar e participar dos encontros que acontecerão, a principio, uma vez por mês abordando temas de interesse coletivo que vão desde os nossos direitos ou até coisas mais prosaicas do cotidiano, como gostos comuns e conflitos culinários! Participe!
Jantar — Logo após o encontro, o Corsa vai realizar mais um de seus famosos jantares. O cardápio do dia será Yakissoba. O convite antecipado custa R$ 10,00 e na hora, R$ 15,00. Esta atividade se destina a arrecadar fundos para manter a infraestrutura da entidade e é também um momento para nos conhecermos melhor. O convite é individual e não inclui bebidas.
Mais sobre os encontros - Falta de apoio do Estado, preconceito da sociedade e não-aceitação por parte da família e amigos: esses são alguns dos problemas que muitos casais homoafetivos enfrentam, além de outras dificuldades comuns a qualquer relacionamento. Considerando o quanto é importante para essas uniões a troca de experiência com outros casais e com o objetivo de criar um espaço saudável de convivência, o Corsa promove encontros mensais, sempre num sábado, das 17h às 18h30. Para mais informações, escreva para
thais.iervolino@uol.com.br


Serviço:Encontro de Casais do Corsa

Próxima reunião: dia 16/08/2008

Horário: das 17h às 18h30

Local: R. Conde de São Joaquim, 179 - Bela Vista (Próximo ao metrô São Joaquim)

Tema: Filhos: o que fazer antes, durante e depois de sua chegada?

14 de agosto de 2008

Conselhos ao Pai Homossexual na GonLINE

publicado na coluna S.O.S. da GonLINE

Pai homossexual
"Fui casado por 15 anos e tenho dois filhos: um menino de 12 e uma menina de 7 anos. Agora me "casei" com um homem. Qual a melhor forma de contar isso a eles? Abraço e obrigado!"
Adriano de Leon, por e-mail

Infelizmente, por mais que eduquemos nossos filhos para a diversidade, ainda existem na sociedade os preconceitos, que serão, eventualmente, assimilados por eles em outros contextos, tais como o da escola e o da convivência com os colegas.
O que posso dizer é que a relação que você tem com seus filhos é fundamental para que eles possam receber e entender essa nova situação em sua vida.A relação que estabelecem com o seu companheiro também é fundamental. Dependendo da situação, nada é preciso ser dito, pois já estará tudo implícito e seus filhos, aos poucos, irão compreendendo a situação. O mais importante é que eles percebam que, independentemente de qualquer configuração, você os ama e vai continuar sendo o pai deles. A relação com a mãe deles também é importante. Filhos de pais separados precisam sentir que o casal, o homem e a mulher, se separaram, não os pais.
Evidentemente, cada idade tem sua particularidade e seu jeito próprio de compreender a vida. E não se esqueça: boa relação proporciona um bom entendimento e compreensão vital!
Pedro Sammarco psicólogo e sexólogo
CRP 06/66066

11 de agosto de 2008

Sonho de bebê ideal atrapalha adoções

"Meninas com até 2 anos de idade são preferência nas adoções

Dados do Cadastro Nacional de Adoção, criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), derrubam o mito de que no Brasil existem mais crianças esperando pela adoção do que adultos interessados em assumir a guarda delas.
Os números mostram que para cada 16 pessoas ou casais registrados há uma criança à espera da adoção. Ao todo, são 1.994 pretendentes para 119 crianças. Apesar do alto número de pais candidatos, os processos costumam demorar porque há incompatibilidade entre o tipo de criança desejada e a realidade brasileira. Meninas com até 2 anos de idade e de pele branca são as mais procuradas. No entanto, a maioria das crianças que aguardam para serem adotadas são meninos de pele parda, entre 9 e 13 anos.
"A família geralmente estabelece um perfil excludente e inegociável. Tem aumentado o número de famílias interessadas em crianças com faixa etária mais elevada. Mas a resistência a esse grupo ainda é alta", conta o psicólogo-chefe da Vara da Infância e da Adolescência do Distrito Federal, Wagner Gomes de Sousa. O cadastro revela, ainda, que a maioria dos adultos interessados na adoção não tem filhos biológicos, mora em São Paulo e tem renda mensal entre cinco e dez salários mínimos."
publicado no Jornal do Commercio (PE), Carolina Brígido - 11/08/2008

30 de julho de 2008

e se meu filho não me amar quando souber?

o amor é incondicional?

Muitos, de pronto, e de forma geral, responderiam que sim! o amor é incondicional, o amor que sentimos por nossos filhos e que nossos filhos sentem por nós é incondicional!
Mas, infelizmente, para muitos homens, que foram pais e que se descobriram homossexuais, esta afirmação vem repleta de medo e angústia.
Estes homens tem medo de que, quando contarem a seus filhos que são homossexuais, eles deixarão de ser amados por seus filhos, pois seus filhos se sentirão traidos porque foram enganados, pois seus filhos se sentirão enojados em terem um pai gay!
Eles tem medo que isto aconteça quando seus filhos tem 3 anos, eles tem medo que isto aconteça quando seus filhos tem 12 anos e eles tem medo que isto aconteça quando seus filhos tem 22 anos. Talvez sair do armário para os filhos seja mais dificil que sair do armário para os pais...
Muitos e muitos homens passam anos em casamentos sem sentido por medo disto, muitos homens se mudam de cidade e até de país para não terem que enfrentar seus filhos.
Acho que isto acontece também com crianças que já entram em lares homossexuais, de certa forma elas também "descobrirão" que seus pais (ou mães) são homossexuais, e terão que aprender o signifcado disto na sociedade.
Pais abertamente homossexuais também terão que "sair do armário" e "se explicar" para seus filhos. Especialmente na adolescência, na pré adolescência, as crianças querem ser iguais, elas querem ter pais iguais. Nós homossexuais vamos ter que explicar para nossos filhos que o caminho que seguimos não é o mais fácil...
Em certa medida também enfrentrei isto, em determinado momento tive que "contar" para minha criança que o pai dela gostava de outros homens, não como amigo, mas como alguem que queria uma vida junta com outro homem.
E depois, tive que recontar, explicando o que sentia ao beijar outro homem
E depois tive que recontar explicando que nem sempre as crianças podem ir com os pais viajar...
Ou seja, todo dia sair do armário, estabelecer parâmetros, falar o que pensa, o que acha, o que é!

Mas acho que pais heteros também fazem isto de outras formas, também tem que falar sobre amor, sobre relacionamento...mas sem o medo da rejeição, sem o medo que a verdade os faça perder seus filhos...

Mas, posso dizer uma coisa? Vale a pena!

21 de julho de 2008

Klecius em debate sobre sexualidade

Klecius Borges, psicologo especializado em terapia afirmativa, estará presente num debate na livraria NOBEl do Frei Caneca no dia 26, sábado. Acho que vai ser um evento muito interessante! Também estarão presentes Claudio Picazio e Julio Wiziack


13 de julho de 2008

Homens, Pais e Homossexuais...

Eu sei que já falei aqui no blog sobre o Grupo de Pais Homossexuais que a Psicologa Vera Moris e o Psicologo Edson Defendi organizaram. O grupo tem crescido e alguns dos novos participantes chegaram nos encontros através justamente desta divulgação que faço aqui. Hoje já são mais de 15 homens, com diferentes estórias de vida, tem gente que vem do interior de São Paulo, do Rio e de outras cidades para estas reuniões.
Além disto também existe um grupo virtual, que reúne outros pais, que não podem se reunir pessoalmente.
Recebo alguns emails e recados de homens que gostariam de saber mais sobre o grupo , pois parecem crer que as situações que eles própiaos vivem são muito diversas. Pensando nisto resolvi contar, de maneira muito superficial, qual é o perfil destes homens., sei que as informações que vou passar não vão identificar nenhum deles, porque a privacidade é algo muitoimportante neste grupo.
Cabe dizer que a maioria absoluta é de homens que se casaram, tiveram filhos e que em determinado momento perceberam que sua felicidade passava por um outro caminho. Por isto eu inverti o titulo do post, pois eles se reconheceram como pais antes de serem homossexuais.
Todos sofrem com a distância dos filhos e estão nos mais diversos estágios de assumirem sua orientação para os outros.
- Um dos membros do Grupo está sem ver os filhos há vários meses, a esposa sumiu levando os filhos e ele tem tido muito apoio de seu companheiro de 5 anos.
- Outro leva uma vida dupla, em São Paulo ele leva uma vida homossexual , onde todos sabem, onde tinha um relacionamento de conheciemnto de todos, e em sua cidade natal, uma capital de outro estado, ele nada deixa transparecer.
- Um outro vivia uma vida muito conflituosa ao lado da esposa e teve sua primeira experiència homossexual depois dos 40 anos, e foi descoberto por seus filhos, que vasculharam seu email.
- Um dos mais recentes no grupo, nunca falou para ninguem que era homossexual, as primeiras pessoas para que contou forma as pessoa d do grupo, ele terminou seu casamento sem que a esposa soubesse e temum relacionaento com uma pessoa bem mais jovem.
- Outro tem uma vida bastante aberta, com filhos já adolescentes, mas sua esposa nutre uma profunda raiva dele, oque atrapalha em muito seu relacionamento com os filhos.
- Outro, tem total apoio da esposa e uma conviência muito saudável com os filhos, saiu do armário sem grandes traumas e problemas.

Estas são apenas algumas das muitas estórias que permeiam nossa reuniões, que tem sido uma chance enorme de aprendizado e emoções.

Se você é homem, homossexual e pai, e o Grupo lhe interessa, entre em contato com a Vera no email vemoris@uol.com.br .
A próxima reunião será em 19 de julho!

10 de julho de 2008

"És impossible despertar a aquel que simula estar dormido"
*achei isto escrito num saquinho de açucar de um café em Buenos Aires...
Sabe, eu queria publicar um comentário inteligente sobre esta frase, acho que ela tem relação a muitas coisas, do dia a dia, acho que muita gente finge estar dormindo para não acordar para muitas coisas...
Eu mesmo sinto que ás vezes devia despertar para algumas coisas...

8 de julho de 2008

de volta para o armário...

ele tinha uma festa, uma reunião com os alunos da nova turma do curso de pós-graduação em que dá aulas...e tomamos a decisão que eu não iria...
eu tomei a iniciativa de propor isto, estava sentindo a tensão, algo engasgado, o que o deixou muito aliviado...
embora triste.
ele já estava pensando nisto há algum tempo, desde que tinha tido muitos problemas com uma outra turma anterior, fofoquinhas, diz-que-me-diz, não diretamente relacionadas ao fato dele ser gay, mas uma ingerência muito grande na vida privada, e olha que estou falando de gente formada, culta...
ao mesmo tempo ele sabia que propor uma coisa destas feria profundamente tudo pelo que batalhamos e lutamos, para sermos aceitos de maneirta natural, para sermos respeitados, como homens e como casal.
ele sabia que eu poderia me magoar.
mas amar alguém também é isto, é não querer impor só o que se sente, mas o que é real, o que é possível. e ele também se sentiu magoado em tomarmos esta decisão, porque, afinal de contas foi uma decisão conjunta.
pensamos em carreira, pensamos na real necessidade de darmos espaço a pessoas quenada significam em nossa vida.
voltar para o armário numa situação desta pode parecer covardia, medo, pode mesmo, eu, que sou super beligerante, adoro enfrentar uma rusga. mas não preciso enfrentar as rusgas! ou criá-las!
eu sou muito mais militante que ele, aliás, ele só participa das militâncias por me amar, ele gosta mesmo é de aporveitar os momentos livres para descansar...pense em alguém que gosta de dormir!
mas dar um passo atrás, manter-se sereno, ficar em casa, pode parecer inteligência...
ficamos ambos magoados, mas ficamos tranquilos por uma decisão madura, pensada, de respeito aos limites de cada um.

o mais engraçado é que a maioria dos que foram á festinha também não levaram os pares...achoque também não queriam expor-se sem necessidade...


5 de julho de 2008

Projeto Purpurina - divulgando

Projeto para adolescentes e jovens GLBTs idealizado pelo GPH - Grupo de Pais de Homossexuais.

Assunto: Identidade sexual e papéis sociais
Coordenadores jovens do encontro: Diu, Michele e Danilo

Local: Escola da Rainha - Rua Rodésia, 213 - Vila Madalena - São Paulo
Horário: Dia 06/07 - 15 horas
Condução no Terminal Vila Madalena do metrô

Apoio: GPH - Associação Brasileira de Pais e Mães de Homossexuais
Escola da Rainha; CADS; Secretaria da Saúde do Município de São Paulo.

Orkut: "Projeto Purpurina"
projetopurpurina@ gmail.com

outros que não existem...

O GLOBO REPORTER desta sexta falou sobre um contingente enorme de brasileiros que NÃO EXISTEM...
Não existem porque não tem documentos, não existem porque sua existência não está registrada num certidão de nascimento...
Com são pessoas que não existem, elas não podem se matricular na escola, nem pedir aposentadoria, nem fazer uma vigam de onibus!
Engraçado como dá para fazer um paralelo com os homossexuais não é? Somos pessoas que não existem, que não podem pedir coisas porque não tem documentos, cujos relacionamentos e amores não são aceitos e atestados.
Pessoas que não existem! Não quero me sentir assim !

3 de julho de 2008

um relacionamento maduro...

Na morte de D. Ruth Cardoso me chamou a atenção o fato dela e do Fernando Henrique terem ficado juntos por mais de 50 anos. O que não é tão raro assim nos relacionamentos heterossexuais ainda é um certo fenômeno entre os homossexuais, em especial entre os homossexuais masculinos.
A vida homossexual tem muitos paradoxos que fazem com que a construção dos relacionamentos seja totalmente diferente. Acho que o primeiro ponto a considerar é que a biologia não age para manter dois homens ou duas mulheres juntos, eles não terão filhos biológicos em comum, o grande elo que une duas pessoas. (opa! une mas não mantém juntos, filhos não salvam casamentos!)
Depois, no caso dos homens, existe gente que acredita numa certa propensão a "ciscar em terras alheias" e a "experientação", dizem que é uma determinação programada em nossos genes, que o ser humano macho deve espalhar suas sementes para garantir a procriaçao da espécie...Eu, pessoalmente, acho que isto é uma desculpa boba ( ou desculpa BIBA? hehehehe) de quem gosta de pular a cerca, o ser humano tem condições de racionalmente decidir o que quer fazer.
Eu estou com meu NAMORIDO há quase seis anos, já tivemos alguns baixos, mas nossa vida está sendo construida nos altos, cada ciclo é melhor que o anterior, ambos crescemos como pessoas e como homens gays, inventando um modelo que não temos de onde copiar.
É verdade que um relacionamento maduro, longo, tem um pouco menos de sexo, e sei que isto assusta os mais jovens, eu também me precoupava com isto, mas eu percebi que verdadeiramente a periodicidade não diminui tanto assim, o que acontece é que você sabe que estará com aquela pessoa amanhã, e depois de amanhã, e depois, e sabe que se hoje vcs não transarem porque alguem tem que acordar cedo ou porque está verdadeiramente cansado, isto não é um problema, não é desamor.
Em compensação eu acho muito legal vc conhecer todos os cantinhos da pessoa, todos os lugares que "ligam", ter seu espaço de pedir, de falar...é bom viu! Dormir com alguém com quem vc quer acordar muitas e muitas vezes junto é muito bom.
Saber se a pessoa gosta de chocolate com amendoas, se divertir quando ele pede sempre o mesmo prato, em todos os restaurantes, adivinhar os pensamentos e aprender a não adivinhar TODOS os pensamentos da pessoa.
E, no meu caso, perceber que os filhos também gostam do seu amor é importante...e isto só o tempo vai conquistar..
Num relacionamento é muito importante deixar espaço para o outro, e ai a biologia tb é determinante, seres humanos do sexo masculino são muito mais independentes e não gostam de se sentir aprisionados, se o relacionamento for uma prisão ele não vai funcionar para dois homens, mas isto não significa relacionamento aberto, dar liberdade pode ser tão simples quanto não ficar perguntando: No que vc está pensando? O que vc está fazendo? Vem aqui ficar comigo?
Eu não tenho nada contra quem gosta de zoar, que não quer "se amarrar" a ninguém, a felicidade tem muitos caminhos diferentes, para uns a velhice assusta e isto é real, não e ruim viver cada momento como se fosse hoje.
E quer saber de uma coisa, longos relacionamentos gays e lesbicos nao são tão raros assim! Cada vez que um estado americano ou um pais europeu aprova o casamento entre iguais vc já reparou quantos velhinhos e velhinhas aparecem na fila?
Eu gosto de estar casadinho!!!
E você?

26 de junho de 2008

o ORKUT vai casar!



Bom, eu não tenho ORKUT, sorry mas eu não tenho paciência. Mas a noticia não é esta!
A noticia é que com a recente aprovação do casamento homossexual (uniões civis) no estado da California o criador do ORKUT - Orkut Buyukkokten divulgou que irá se casar com seu companheiro Derek Holbrook de apenas 22 anos.
E eu, totalmente por fora, nem sabia que ele era gay!
Na foto eles aparecem com Marissa Mayer, vice-presidente do Google (ORKUT é o da direita, num terninho Roberto Cavalli)

25 de junho de 2008

70% querem punição a quem ofender gays


(matéria publicada no jornal METRO de hoje)

(chamada de capa)

PROJETO DE LEI que transforma em crime atos de discriminação contra homossexuais – à semelhança dos crimes de racismo – é apoiado por sete em cada dez brasileiros.
A conclusão é do Data-Senado – instituto de pesquisa do Senado Federal, que votará a nova proposta.
Se aprovada, a lei preverá de um a três anos de reclusão, mais multa, para os condenados por homofobia.
Segundo a pesquisa, 26% rejeitam a criminalização da homofobia. A maior rejeição aparece na região Centro-Oeste (39% são contra) e entre evangélicos (39%).




(matéria na página 1)


70% querem punição a quem ofender gays



Pesquisa indica alto apoio a projeto que pune homofobia. SETE EM CADA dez brasileiros defendem a aprovação do projeto que pune com cadeia e multa atos de discriminação contra homossexuais.
O levantamento foi feito por telefone, pelo DataSenado, órgão de pesquisa mantido pela Casa.
O objetivo foi refletir a opinião dos brasileiros sobre a proposta, que ainda será votada no Senado Federal.
Pelo texto apresentado, as punições hoje existentes para casos de racismo seriam estendidas à homofobia. Quem praticar, incitar ou induzir ao preconceito por causa de orientação sexual ficará sujeito a reclusão de um a três anos, mais multa.
A pena sugerida no projeto de lei é ainda mais dura com patrões. O empregador que demitir alguém, direta ou indiretamente, em razão de homofobia pegará de dois a cinco anos de reclusão.

O tempo de detenção é o mesmo para aquele que impedir, restringir ou atacar as manifestações de carinho entre gays – como xingar um casal homossexual.
Pela pesquisa do Senado, 26% dos brasileiros rejeitam o projeto; 4% não tinha opinião
ou não responderam.


Menos e mais homofóbico
O trabalho também dividiu as entrevistas por região do país, nível educacional, idade e religião.
Assim, a maior rejeição à proposta está entre moradores do Centro-Oeste (39% de reprovação), que só fizeram o ensino fundamental (33%), com 50 a 59 anos (32%) e evangélicos (39%).
O maior apoio está no Sul e Sudeste (com 24% contra), entre aqueles que têm nível superior (19% de rejeição), de 16 a 19 anos (21%) e ateu(17% de reprovação).

24 de junho de 2008

Vaga de trabalho GLS

O BOTECO OUZAR, da amiga Drica, está com vagas de trabalho em aberto e pediu para divulgarmos:

O Boteco Ouzar está com três vagas em aberto: duas garçonetes e um segurança.

Uma garçonete cuja responsabilidade primeira é a churrasqueira.
Uma garçonete que tem como atividade principal o atendimento dos clientes no salão
Um(a) segurança que tem como meta inibir a entrada de pessoas que vão de encontro aos interesses do Boteco, a abertura de comandas e o controle de saída.

Para os três, o trabalho é de sexta a domingo.

Exigências:

Experiência de atendimento ao público;
Pessoas sem preconceito;
Bom nível cultural;
Criatividade;
Boa apresentação;
Dispostas a trabalhar.


Favor enviar currículo para
contato@botecoouzar .com.br.

Obrigada

Drica Gentile
www.botecoouzar. com.br

23 de junho de 2008

uma linda cena de amor...na avenida ibirapuera...

Na quinta-feira, por volta de umas 18 horas, eu parei no farol que fica na esquina da Avenida Ibirapuera e Republica do Libano. Quando olhei para o lado, para a faixa de pedestres, haviam dois jovens, um garoto de uns 23/24 anos de roupa social, terno e gravata, e um outro um pouco mais jovem, numa bicicleta (para quem não conhece a região, é bem próximo ao parque do ibirapuera)
Notei que os dois conversavam muito próximos, com as mãos bem juntas no guidão da bicicleta. Meu "radar" já detectou algo... mas eu não sabia que nem precisaria.
Quando o farol de pedestres abriu, o ciclista ia atravessar a rua e o de terno conitnuaria pela calçada, eles se despediram...com um longo beijo na boca...

Sem nada esconder, sem vergonha, sem medo. Uma cena de amor. Como tantas outras que os heterossexuais protagonizam há séculos em publico.

O ciclista saiu andando, com a mão esticada ainda de mãos dadas com o que estava a pé. Recuou novamente a bike e lhe deu um novo selinho antes de sair pedalando.
Tudo isto á luz do dia, em plena avenida ibirapuera. Lindo!
Ambos seguiram seus caminhos, com maravilhosos sorrisos estampados. Um deveria estar indo para a faculdade, após o trabalho quem sabe, e o outro iria passear no ibirapuera...

Ao que parece ninguem notou a cena, o carro ao meu lado era um taxi, e do outro lado havia um véiculo de entregas... procurei para ver se os outros pedestres,que estavam atravessando a rua tinha percebido a cena...mas não notei nenhuma surpresa (ou indignação quem sabe) nos rostos.
Que legal poder viver numa época, ou num lugar, ou num país, onde estas coisas podem começar a acontecer.
Preciso aprender a ser mais desencanado...

E você, já presenciou cenas iguais?

22 de junho de 2008

JUNIOR no Pão de Açucar!

Claudia, Época, Mais Você, Junior, Criativa, Caras
Esta era a disposição da gôndola do Pão de Açucar ( a que fica bem ao lado do caixa, para estimular a compra por impulso ) na semana passada, quando fui fazer compras.

É uma evolução e tanto não acham? Uma revista abertamente gay, exposta assim num supermercado, sem estar em plástico preto nem nada...

Tá certo que não é uma revista de nus, memso porque a playby também nunca está nesta gôndola, o que faz com que ela seja menos "mau vista", mas é uma puta evolução.

Acho que é um pequeno detalhe que diz muito sobre a evolução da percepção da homossexualidade na sociedade, na vida das pessoas. Achoque é um pequeno detalhe de uma revolução em andamento.

Nem sei se o pessoal da Junior reparaou neste pequeno detalhe do sucesso deles, mas sem dúvida nenhuma pode ser motivo de orgulho, não só do André Fischer, mas de um monte de gente que trabalha com ele... parabéns a todos.
Parabéns a quem batalhou para chegarmos a isto, desde os caras que lançaram o LAMPIÃO (considerada a primeira publicação gay do país) , passando pelos caras que organizam as paradas, colaboram nos grupos GLBT, e em tantos outros.

AH! Parabéns também ao Grupo Pão de Açucar, pois colocoar a Junior da gônola não foi inicitaiva da loja que frequento (porque imaginei até que seria iniciativa de um repositor mais provocador, que arrumou a gôndola a seu bel prazer)
...dentro de minha "pesquisa antropológica" me dei ao trablaho de passar em outras lojas do Grupo Pão de Açucar e encontrei a JUNIOR na gõndola de mais 3 filiais...

E você, que outros sinais de mudança tem presenciado?

21 de junho de 2008

Aceitação do homossexualismo aumenta no Ocidente

publicado no site YAHOO, Sáb, 21 Jun, 05h44

PARIS (AFP) - Apesar de ser um dos assuntos morais mais sensíveis na sociedade moderna, a homossexualidade está conquistando espaço entre tabus e discriminações, como pode-se perceber pela crescente legalização dos casamentos e outros tipos de união entre pessoas do mesmo sexo.
O Estado de Califórnia, com maior população nos Estados Unidos, celebrou na segunda-feira seu primeiro casamento gay, dois meses depois de o Supremo Tribunal anular a proibição em uma decisão histórica.
A Califórnia segue assim o exemplo do Estado de Massachusetts, o primeiro a permitir esse tipo de união.
A Holanda foi o primeiro país a adotar essa medida em abril de 2001, seguida pela Bélgica em junho de 2003, Espanha e Canadá em julho de 2005 e a Grã-Bretanha em dezembro desse mesmo ano.
A África do Sul foi o pioneiro africano em 2006.
A Noruega, no início do ano, se somou a esse grupo de países, com uma lei que permite aos homossexuais se casar e adotar crianças.
O casamento entre pessoas do mesmo sexo na Espanha, um dos países mais ligados ao catolicismo motivou protestos do Vaticano, mas a medida promovida pelo governo socialista é apoiada pela maioria da população.
Na Grã-Bretanha, a Igreja da Inglaterra se nega a celebrar uniões gays.
Apesar de não permitir casamentos desse tipo, muitos outros países já aprovam uniões homossexuais para questões de impostos e de herança.
A Dinamarca foi o primeiro desse grupo a aprovar as "associações registradas" ou uniões civis, uma iniciativa adotada posteriormente em vários países nórdicos. A França reconhece a união entre dois adultos, independentemente do sexo, em seu Pacto Civil de Solidariedade (PACS).
Na Alemanha, o casal que vive junto possui direitos similares aos dos casados, exceto para questões fiscais e adoção. O mesmo caso se aplica em Portugal.
Nos Estados Unidos, Vermont e Connecticut aprovam as uniões civis, enquanto que em Hawaii, Maine e Nova Jersey, o casal que vive junto possui os mesmos direitos que os casados.
A religião é geralmente o maior obstáculo nos países onde continuam proibidas as uniões homossexuais.
Apesar de uma tentativa liderada pelo anterior governo de Romano Prodi, na Itália, o novo gabinete do conservador Silvio Berlusconi descarta aprovar esse tipo de união, para evitar enfurecer o Vaticano e a Igreja Católica Romana.
Na Índia, a homossexualidade pode levar a prisão perpétua.
A China e a Rússia proíbem essas uniões, assim como o Japão, apesar de em alguns casais conquistarem direitos nesses países.
A Tailândia mantém uma atitude liberal para o homossexualismo, mas não para o casamento gay.

homossexualismo não vai contra a natureza

publicado na FOLHA on LINE dia 21 de junho

ENTREVISTA / ANDREA CAMPERIO CIANIO

Geneticista diz que os genes que tornam homens mais propensos a se tornarem gays são transmitidos por suas mães
SE O HOMOSSEXUALISMO não estimula a reprodução, como ele pode sobreviver à seleção natural?
A resposta para essa charada, um quebra-cabeça secular da biologia, está ganhando agora uma resposta coerente, que sobreviveu ao primeiro teste de lógica. Defendida pelo biólogo Andrea Ciani, a nova teoria indica que o homossexualismo masculino tem um componente genético herdado por parte de mãe, e os genes por trás dele são os mesmos que, em mulheres, estimulam a fertilidade.

O geneticista comportamental Andrea Ciani navega em rio numa floresta de Bornéu, onde estudou grupos de macacos.
Ciani, geneticista da Universidade de Pádua (Itália), apresentou as bases da teoria na terça-feira -cifrada em um estudo cheio de fórmulas matemáticas- na revista "PLoS One". Com longa experiência em estudos com macacos, o cientista tem se dedicado nos últimos anos a um outro tipo de primata: o Homo sapiens. O que ele aprendeu com seu trabalho? "O homossexualismo não é contra a natureza."
Em entrevista à Folha, Ciani abre mão da estatística e traduz o significado de sua teoria.
FOLHA - O que diz seu estudo?
ANDREA CAMPERIO CIANI - Eu publiquei uma pesquisa em 2004 em que mostrei que homossexualismo em homens está conectado com um aumento na fertilidade das mães e avós da linhagem materna desse indivíduos. O que fiz agora nesse estudo para a "PLoS" foi desenvolver isso. Nós já sabíamos o que estava ocorrendo, mas não entendíamos a dinâmica, não tínhamos o modelo correto.
FOLHA - Como vocês criaram o modelo correto?
CIANI - Nós procuramos modelos genéticos que já existiam [para explicar outras características] e seguimos quatro pré-requisitos empíricos. O primeiro é que o homossexualismo está presente em todas as populações humanas. O segundo, que não há nenhuma população em que a maioria das pessoas sejam homossexuais. O terceiro é aquele que tiramos de dados empíricos: que o homossexualismo tende a seguir em famílias pela linha materna. Isso significa que se você é homossexual, há uma probabilidade maior de o seu tio materno sê-lo. O quarto, que achamos em 2004, é que mães e tias da linha materna de homossexuais costumam ter proles maiores. Na literatura científica há muitos modelos para difusão genética de características. Há modelos que testam a difusão com um único "locus" [gene], outros com mais genes. Quando começamos a testar os modelos com dois genes, todos falharam, exceto um, que é esse modelo da "seleção sexualmente antagonística", baseado em dois genes em dois diferentes cromossomos. Um tem que ser no cromossomo X -que os homens recebem apenas de suas mães-, e o outro pode ser nos cromossomos não sexuais. Só esse modelo explicou todos os pré-requisitos que encontramos empiricamente. Foi uma coisa inesperada. É a primeira vez que um modelo de seleção sexualmente antagonística funciona para uma característica humana. O modelo mostra características peculiares, que dão uma vantagem reprodutiva para um sexo, e dão desvantagem para outro. O normal é imaginar que um determinado gene dá vantagem para todas as pessoas que o carregam. Mas genes como esses ligados à homossexualidade humana dão vantagem quando estão em mulheres, porque as fazem produzir mais prole, mas ao mesmo tempo criam desvantagem reprodutiva em homens, com a possibilidade de se tornarem homossexuais.
FOLHA - Isso não pode ser causado por um fator social ou psicológico?
CIANI - Nós estudamos apenas os componentes genéticos, mas não estou dizendo que o homossexualismo é determinado pelos genes. Ele é apenas influenciado. Há outros componentes, biológicos, psicossociais, experiência de vida...
FOLHA - Mas como ocorre essa influência? Como é a fisiologia?
CIANI - Eu fiz uma pesquisa sobre isso. É muito difícil, porque tive que estudar mães e tias. Na Itália não é difícil entrevistar homossexuais. Você os encontra em bares gays ou discotecas, e eles costumam estar dispostos a falar. Mas quando você pede para contatar suas mães e parentes, a coisa fica delicada. Talvez esses genes dêem a elas uma fertilidade maior, porque favorecem uma taxa menor de abortos naturais. Ou, de outra forma, poderia lhes dar uma personalidade mais extrovertida, que facilitasse entrar em relações. Nós achamos uma evidencia tênue de que essas mães e tias têm menos problemas com reprodução e parto, em geral. Já em personalidade, não achamos nada. Mas ficamos surpresos com outra coisa: mães e tias desses homossexuais, durante suas histórias de vida, se sentiram mais atraídas por homens do que as mães e tias de heterossexuais. Então, estamos procurando fatores genéticos que, de alguma maneira, influenciem a androfilia, a atração por homens. Isso significa que, se você for mulher, você se sente mais atraída por homens e, se você for homem, se tornará ligeiramente mais atraído por homens e pode acabar se tornando homossexual.
FOLHA - Mas como isso ocorre na célula? Vocês apontam para algum gene específico, algum hormônio?
CIANI - Eu estudo genética do comportamento. Então, quando eu sei algo, sei que existem genes de como esse traço se comporta. Uma vez que você descobre como o caractere controla o traço, não importa saber exatamente onde ele está. Algumas pessoas que tentam descobrir isso têm razões com as quais eu não concordo. Caçadores de genes às vezes querem vender uma patente envolvendo a localização do gene para fazer negócio. Poderiam, aí, sugerir algo que possa evitar que seu filho se torne gay ou sua filha lésbica. Não concordo com isso. Estou interessado na natureza humana, não em "vender" um filho "melhorado" para quem quer que seja.
FOLHA - Mas seu trabalho pode ajudar os caçadores de genes.
CIANI - Sim, mas agora eles teriam uma restrição maior. Isso não é uma doença, é um traço que confere vantagem reprodutiva a um dos sexos e desvantagem a outro. Se alguém interferir aí, pode mudar a orientação de um filho, mas também pode influenciar de maneira ruim a sua filha. Se há um gene ali e não é o gene de uma doença, significa que existe uma razão para ele estar lá.
FOLHA - Gays se sentirão melhor ao saber que a natureza, não só a criação, influencia suas opções?
CIANI - A comunidade gay sempre fica muito infeliz quando pessoas falam sobre esse assunto e os jornalistas começam a usar manchetes como "Descoberto o gene gay". Isso é besteira. Nós, geneticistas comportamentais, sabemos há muito tempo que o debate de natureza contra criação é fútil. Todos os genes têm de se expressar em um ambiente. O ambiente influencia a expressão do gene, assim como o gene influencia o ambiente onde ele se expressa. Vou dar um exemplo. Todos nós temos genes que favorecem o roubo, porque se não tivermos o comportamento do roubo, não sobreviveremos em uma emergência onde ele pode ser necessário. Isso não significa que sejamos forçados a sermos ladrões. Há genes influenciando algumas pessoas, tornando mais fácil para elas optar pela homossexualidade. Ser ou não ser homossexual, porém, é resultado de história de vida, além de genes. O que queremos saber é por que os genes que influenciam a homossexualidade existem. Um gene que reduz a taxa de reprodução das pessoas deveria desaparecer. Esse é o dilema darwiniano da homossexualidade. A posição da Igreja tem sido por muito tempo a de dizer que o homossexualismo seria um vício, um pecado contra a natureza. Com o nosso estudo, podemos dizer claramente que o homossexualismo não vai contra a natureza. Ele faz parte da natureza, e é demonstrado precisamente pela seleção sexual darwiniana.
FOLHA - O sr. também está estudando as lésbicas?
CIANI - Sim. Eu comecei a coletar muitos dados sobre lésbicas dois anos atrás, mas nosso modelo não funciona com lesbianismo. Esse é um fenômeno diferente, com uma dinâmica diferente e uma origem diferente.
FOLHA - O sr. tem dificuldade para publicar seus estudos?
CIANI - Muitos estudos são rejeitados em algumas revistas científicas. Uma hora antes de você me telefonar, um jornalista da revista "Science" me telefonou, porque estava fazendo uma matéria para o "público geral". Foi estranho, porque eu tinha submetido meu estudo para a "Science", antes da "PLoS", e eles rejeitaram dizendo que não era "de interesse geral". Não mandaram nem para os revisores.

19 de junho de 2008

GNT exibe no domingo documentário Meu marido é gay

noticia publicada no GonLINE
O canal GNT exibirá no domingo, dia 22 de junho, à 1h45 o documentário Meu marido é gay, com uma série de cinco depoimentos de casais que enfrentaram a situação. As histórias apresentam homens que, anos depois de casados, revelam para suas esposas que são gays – ou mulheres que descobrem antes da revelação. A resolução de cada caso também é bastante variada, enquanto uns se separam, outros continuam a viver juntos em nome dos filhos. O filme traz depoimentos de toda a família e muitos homens tentam explicar as razões que o levaram a se casar com mulheres e as dificuldades de admitir para si e para a sociedade sua verdadeira identidade sexual. Falam também do momento da revelação da homossexualidade à companheira e dos sentimentos de amparo, apoio, carinho, raiva e culpa que sucede a transformação na vida do casal.

15 de junho de 2008

Grupo de Pais Homossexuais agora tem duas reuniões mensais

O Grupo de Pais Homossexuais, que congrega homens que são homossexuais e também pais, cresceu, tantoque agora são duas as reuniõs mensais, uma vez que apenas uma reunião não era suficiente para abordarem todos so assuntos.

O Grupo, que é coordenado pela psocologa Vera Moris e pelo psicologo Edson Efendi, reune homens que na maioria dos casos assumiram sua homossexualidade depois de passarem por um casamento heterossexual, e são pais.
Nas reuniões eles podem falar do medo da revelação para os filhos (alguns já se revelaram), das angustias e das situações que vivenciam, numa rica troca de experiencias.
Se este for seu caso, ou se você souber que o Grupo pode ajudar algume que você conhece, entre em contato com a Vera pelo email vemoris@uol.com.br
Posso garantir, vale a pena! Além das novas amizades que vão surgir com certeza!

13 de junho de 2008

guarda compartilhada

esta noticia interessa aos muito homens, pais, que tem que mendigar tempo com seus filhos junto ás mães, e dependiam da boa vontade delas para conseguir a gurada compartilhada:

13/06/2008 - 12h19
Lula sanciona projeto que institui a guarda compartilhada dos filhos
RENATA GIRALDI da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta sexta-feira o projeto de lei que institui a guarda compartilhada dos filhos de pais separados. Pelo texto, esse tipo de tutela pode ser concedida quando não há acordo ou de forma negociada entre os pais.
Segundo os defensores da proposta, a guarda compartilhada leva ao equilíbrio de papéis entre pai e mãe, favorecendo o bem-estar dos filhos.
Na guarda compartilhada, tanto o pai como a mãe assumem direitos e deveres em relação aos filhos com responsabilização conjunta. As atribuições de cada um e os períodos de convivência sob guarda compartilhada são definidas pelo juiz.
Pelo projeto, tanto a guarda unilateral como a compartilhada podem ser temporárias (por período específico).
Segundo o texto, o juiz decreta uma das formas (de guarda) em decorrência das necessidades do filho e também considerando a distribuição do tempo de convívio necessário com o pai ou com a mãe.
Se for descumprido o acordo firmado, quem tem a guarda poderá ter seus direitos reduzidos, inclusive em relação ao número de horas de convivência com o filho. Em relação à guarda unilateral, o texto determina que ela seja atribuída ao pai ou à mãe que tiver melhores condições de exercê-la.
Elogios
Na cerimônia realizada nesta sexta-feira no Palácio do Planalto estiveram presentes pais e mães que já vivem a realidade da guarda compartilhada. Um dos responsáveis pelo esforço de mudança no Código Civil, instituindo a guarda compartilhada, Rodrigo Dias criou a ONG (Organização Não-governamental) Pais para Sempre.
"O que une um pai e mãe é o amor do filho", afirmou Dias, que estava ao lado do filho José Lucas Dias, 12, que disse comemorar a forma como convive com os pais. "Foi muito bom passar a conviver com os dois [pai e mãe]. Acho que essa lei vai ajudar a outras crianças", afirmou Lucas.
A advogada Denise da Veiga, mãe de dois adolescentes, também elogiou a mudança no código. Segundo ela, a guarda compartilhada permite que as responsabilidades sejam divididas.
"Se o processo [de separação] for litigioso, a guarda unilateral poderá ser utilizada. Mas a preferência será sempre para a guarda compartilhada", afirmou a deputada Cida Diogo (PT-RJ), que foi relatora do projeto na Câmara.
A lei deve ser publicada no "Diário Oficial da União" e entrar em vigor depois de 60 dias.

12 de junho de 2008

Conselho Federal de Psicologia lança livro sobre adoção gay

publicado no mix brasil em 11/6/2008

O conselho Federal de Psicologia (CFP) e a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) lançou, na última quinta-feira (6), na ocasião da I Conferência Nacional GLBT, um livro sobre adoções por gays e lésbicas. A cartilha é resultado de uma parceria com o movimento GLBT e foi elaborada por psicólogos de diferentes linhas teóricas, com reconhecida produção sobre o tema.
Segundo a Coordenadora da Comissão Nacional de Direitos Humanos do CFP, Ana Luiza Castro, o livro busca auxiliar na concretização dos direitos já obtidos. "Queremos colaborar e contribuir com essa discussão e com a legitimação desses direitos para todas as pessoas, independente da orientação sexual, incluindo a possibilidade de adoção por gays e lésbicas", disse.
Para o presidente do CFP, Humberto Verona, o livro mostra, por meio de seus artigos, que não existe fundamento teórico, científico ou psicológico condicionando a orientação sexual como fator determinante para o exercício da parentalidade. "Desejamos contribuir, com este material, para que as conquistas dos direitos de gays e lésbicas não sejam somente garantias legais, e sim direitos efetivamente vivenciados", completou.

9 de junho de 2008

O preconceito duro e crú!

Muitos de vcs devem conhecer, ao menos de nome, a escritora e educadora Edith Modesto.
Pois bem esta é uma triste estória de preconcetio que ela vivenciou recentement em Brasilia, quando participava da I conferência GLBT.
Para quem não conhece ela é uma mulher que se reinventou, pois depois que soube que seu filho era homossexua, l ele usou toda sua força para entender o assunto, e mais do que isto, como um anjo ela luta incansávelmente para fazer com que a vida de mães e pais de homossexuais se transforme também. Ela é fundadora do GPH que já ajudou muitas familias a se reencontrarem quando se perderam nos preconceitos e tabús, ele evitou que dezenas de filhos e filhas fossem expulsos de casa.
E isto ainda não era o suficiente, ela ainda criou o Projeto PURPURINA, que tem dado novas perspectivas a um centena de jovens, que tem se fortalecido em auto-estima e amor próprio.
Pois bem este anjo, esta pessoa que é só coração (mas com dentes afiados naturalmente...) passou por uma das piores situações de preconceito que alguém podia passar, ser agredida apenas por parecer algo...
Vejam o relato dela:

"Considerem somente um desabafo.
No último dia da Conferência, em Brasília, três mães do GPH - Assoc. Bras. de Pais e Mães de Homossexuais, um pai e dois filhos (Danilo, gay, e Thais, lésbica), fomos almoçar no Shopping mais próximo. Estávamos muito alegres com os trabalhos da I Conferência LGBT nos quais tentamos ajudar na medida da nossa possibilidade e estávamos com camisetas do GPH, com exceção do Danilo.
Lá pras tantas, lembrei-me de que meu marido gosta de milkshake e entrei na fila do Mac Donald's. A caixa me disse que não tinha. Voltei para nossa mesa e, quando comentei, a garota estranhou e me disse que tinha visto pessoas tomando o milkshake.
Eu disse: "Ah, então a máquina já está consertada.. ." E voltei à fila.
Quando chegou a minha vez, a moça respondeu: "Eu já não disse pra senhora que não tem milkshake?".
Voltei à mesa e disse à Thais que ela devia estar enganada pq não tinha mesmo.
Nesse momento Danilo levantou-se e me disse: "Edith, ela é homofóbica! Vc quer ver?"
E ele foi até lá comigo e em poucos minutos voltamos com um milkshake. Eu fiquei completamente desorientada, me deu enjôo de estômago.
Todos se levantaram e foram pra lá, ameaçando chamar a polícia, reclamar para o PROCON...
Meu marido é cardíaco e eu fiz tudo para impedi-lo de ir, o que me deixou mais nervosa.
Fui para o banheiro com ele.
Quando voltei, eles tinham chamado a gerente, tomado nota dos nomes de todos, mas a moça caixa (não dava pra ver) estava grávida de 8 meses.
Então minha amiga disse a ela que esperava que o bebê dela nunca passasse por situações de discriminação com a que ela tinha me feito passar e deixaram pra lá.
A gerente foi muito educada, tirou a moça do caixa e disse que todos fariam novamente o treinamento pra não discriminar ninguém, etc.
Os nosso jovens ficaram muito desapontados, pq acharam que a polícia deveria ter sido chamada.
Mas somos de São Paulo e estávamos em Brasília. Além disso, meu marido, tem quase 80 anos e não pode ficar nervoso.
Achei melhor mesmo terem perdoado. Foi um escândalo e tanto na Pr. da Alimentação do Shopping. Pessoas próximas ficaram a favor, outras riam, ridicularizavam. ..
Só que eu nunca tinha passado por uma situação dessas.
As pessoas me olham torto, de vez em quando, mas só!
Me senti péssima e tenho certeza de que ela, vendo o arco-íris na camiseta, pensou que eu era lésbica.
Senti na pele o que minhas amigas sentem em situações como essa. Um horror!
Edith Modesto"


E ai , como você se sente com este relato? Já viveu algo parecido?