28 de março de 2014

Quem tem mêdo de TRAVESTI?

Toda noite eu passo numa região onde se concentra um grande número de travestis envolvidos na prostituição. Elas ficam lá, balançando seus peitos e algumas até mesmo exibindo seus pintos!  Uma cena que mesmo para olhos cosmopolitas é bastante estranha, quase chocante.
Seria uma bobagem criticar elas por estas atitudes, ou tentar entender quem seriam os clientes delas - pelos carros que param para conversar percebo que vai de A a Z. Muitos creditam na conta das travestis exuberantes (incluindo ai as Drags) o preconceito que a sociedade tem em relação aos homossexuais - acham que a sociedade tem menos preconceito dos gays que se comportam de maneira "masculina".
Eu tenho muito pouca convivência com travestis - não tenho nenhuma amiga travesti, não trabaho com nenhuma travesti, as que conheço são da televisão, as que se apresentam em boates, as que vejo na rua, algums que cruzo em algum reunião das ONGs que participo... mas eu não posso dizer que tenho um grande contato com elas.
PARENTESES: Sei que existem várias designações, transex, trangêneros e etc... com suas definições corretas, mas estou usando o termo travesti para o "ser humano do gênero masculino que se veste como ser humano do gênero feminino" para simplificar.
Meu conhecimento vem do que leio, do que vejo, recentemente por exemplo, a Nany People deu uma entrevista para a Marilia Gabriela que foi muto legal! Mas eu confesso que eu mesmo pensei durante um tempo que as travestis, e os mocinhos efeminados, prestavam um "desserviço" em relação a aceitação da homossexualidade.
Depois eu passei pela fase de achar que elas eram MUITO corajosas de darem a cara a tapa, de não se esconderem, e que estavam justamente ajudando a "causa" gay por entrarem nos lares das pessoas na TV, no Carnaval, sem máscaras, verdadeiras Hoje eu sei que a maioria das travestis não é militante de causa nenhuma, elas são pessoas que estão tentando ser felizes, tentando ser verdadeiras, honestas consigo mesmas. Coisa que eu mesmo demorei um tempo para fazer. Deve ser uma puta barra sofrer preconceito 24 horas por dia como elas sofrem, mas talvez fosse pior ficar preso dentro de si mesmo!
Tenho lido muita coisa a respeito, sobre o quanto este rótulo tem sido pesado para tantos, e atualmente defendo que os conceitos de "gênero" (homem ou mulher) sejam abolidos, já que não vejo como flexibilizar e além de homem e mulher incluir Bissexual, travesti, transgenero, lesbica, são muitos novos rótulos...
Acho que devemos batalhar para que o conceito de gênero seja abolido, tirar isto dos documentos, vc nasce ser humano, com quem você vai se relacinar no futuro, com quem vai transar, você tá livre para escolher! Pessoas vão namorar pessoas, pessoas vão se apaixonar por pessoas. De quebra eliminamos a necessidade de lutar pelo casamento gay... vai ser casamento de seres humanos!
 

Mas deixa eu dizer uma coisa...foi dificil escrever este texto com estes peitos balançando o tempo todo!!! rsrsrsrs. Acho que não gosto mesmo! rsrsr

E para você? Qual é sua convivência com travestis? Elas são realmente resposáveis pelo preconceito da sociedade?

24 de março de 2014

É MUITO BOM! Mas dura muito!

Minha amiga Edith Modesto, super-mãe e militante engajada LGBT sempre fala:
- Ter filhos é muito bom! Só que dura muito!
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Acho que de certa forma a gente pensa que quando os filhos crescerem, eles vão se cuidar, tomar conta de suas vidas, vão precisa cada vez menos da gente, mas na nossa cultura estes laços ainda permanecem.
Primeiro porque os jovens adultos se beneficiam da possibilidade de terem seus pais por perto, para se aconselharem, para dar um apoio nas escolhas profissionais e até mesmo para se abrigarem quando estão desempregados, quando estão prestando concursos e param de trabalhar para estudar...
Depois, quando chegam os filhos dos filhos, os netos, é hora de ajudar os filhos - minha mãe "quebra altos galhos para mim!" - a cuidarem, a contornarem problemas profissionais, as ferias da empregada, o atraso para ir buscar no colégio...
Os pais também servem para aconselhar na educação dos filhos (mesmo que a gente não tenha pedido opinião) servem para termos sempre um exemplo por perto...
Eu sempre criei minha filha "para o mundo", mas conforme ela vai crescendo eu percebo que cada vez mais eu não sei exatamente o que fazer, ela se tornou uma cabeça pensante ( e questionante) e tem horas que isto me tira do sério!
Que bom que dura muito! assimt enho tempo de aprender coisas novas a cada dia...
Eu também ouvi algo parecido do juiz que foi me dar a guarda da minha filha :
- " O Sr. está ciente da importância deste ato não é? Filho é para sempre!"
Sim eu estava ciente, mas acho que ele estava certo em lembrar!
O Mário Prata também escreveu um texto muito legal, falando sobre isto : VEJA AQUI


20 de março de 2014

Os nossos ídolos não são os mesmos...

Eu sou o que poderia ser chamado de ICONOCLASTA, eu realmente nunca tive nenhum tipo de ídolo, nunca fui de venerar alguem, de acompanhar carreira, de colecionar memorabilia, de saber de cor e salteado o que a pessoa gosta, nunca tive posteres de ninguem no meu quarto, nem na capa do caderno.
Na realidade eu já curti - e curto - muita gente, já tive no meu quarto poster da Marilyn Monroe (e eu nem sabia que eu era gay!!, ainda não tinha aberto o email), poster do Reembrandt, do Godzila (o clássico dos anos 60), outro do Star Wars, e alguns outros, e hoje em dia tenho um lindo poster deuma exposição do Van Gogh do museu Van Gogh de Amsterdan ( a bicha fina!).
Mas nenhum deles estava associado a nenhum tipo de veneração, de amor, como muitas vezes acontece, algumas vezes até de forma exagerada e fanática.
Nem sei se eu poderia ser chamado de Iconoclasta, pois eu não sou como os reverendos das reformas protestantes, que eram CONTRA quem venerarava imagens, eu simplesmente nunca me liguei em alguem desta forma, não sei se isto é coisa de sagitariano - que adora uma novidade - ou do meu perfil mesmo. Mas eu não tenho nada contra.
Minha filha, apesar de adolescente, fase em que isto é mais comum, também não tem nenhum grande ídolo, então era uma realidade que eu não conhecia!
Agora, no meu relacionamento com o Mr. Jay eu tenho feito um aprendizado para entender isto, ele é super fã (mega hiper ultra) de uma cantora pop norte americana, e acompanha a carreira dela de perto, coleciona singles (que antes dele eu nem entendia exatamente o que eram) -  coleciona a sério: manda vir da Alemanha, compra no ebay na china, pede para prima trazer do Japão... Eu acho tão legal quando ele fica ansioso esperando um novo lançamento de uma música dela, um novo clip, os olhos dele verdadeiramente brilham quando assiste pela primeira vez. Eu vivencio com ele emoções queeu nunca senti, é muito legal tentar criar empatia com isto para entender o que ele sente!
O amor dele por ela é tão grande que programou suas férias para maio para poder ir assistir um show dela nos EUA ...(tentem adivinhar se eu vou junto?)
 
Eu não sei dizer se ter um ídolo é bom ou ruim, não sei dizer se minha vida teria sido diferente, eu acho que ser fã dá uma certa projeção da nossa vida em uma outra pessoa, a gente se sente parte da vida de alguem importante, se sente participando, não sei bem, os amigos psicólogos podem explicar melhor se tiverem paciencia...
No caso do meu namorado esta idolatria não atrapalha em nada, ele gasta um pouco mais de dinheiro, e tempo, como coisas que eu não gastaria, mas eu tb gasto dinheiro, e tempo, com coisas que ele também  não gastaria! E para mim é muito estimulante participar destas coisas dele, muito divertido!
 
E você? Tem algum ídolo que ocupa sua anima?


18 de março de 2014

A primeira vítima!


Minha nova aventura, o curso de graduação em História, acaba de fazer sua primeira vítima!
O pobre do meu blog não recebe uma postagem há vários dias!
 
Eu sabia que assistir aulas, ler textos e fazer fichamentos ia cobrar sua cota de tempo, então não estou surpreso, apenas estou tendo que reorganizar várias coisas, mas sem abrir mão do essencial - o tempo com minha filha e com Mr. Jay.
 
Se bem que sempre dizem que quando a gente quer a gente arranja o tempo... talvez por isto nunca arranjei tempo para fazer ginástica a sério!
Eu tinha um amigo - antigo sócio de trabalho - que falava:
- "se você quizesse uma coisa bem feita dê para um preguiçoso fazer!"
É claro que todo mundo se espantava por pensarem justamente o contrário, e ele explicava:
- "o preguiçoso vai querer fazer o mais rápido possível, para poder voltar a descansar, e vai fazer bem feito, pois ele não vai querer fazer de novo!"
Como diriam :" é ridiculo, mas faz sentido"!
 
Eu gosto muito de escrever no blog, gosto da interação das pessoas, escrever é um tipo de conversa comigo mesmo, de mini terapia, então eu já estou me organizando para não perder isto, mesmo porque o curso de graduação, as personagens da FFLCH, os professores, são uma nova fonte de reflexões e textos!
Eu tenho que organizar meu tempo de maneira planilhada, reservar horários para as coisas, para as atividades - oops! sempre esqueço de "academia" no meu planejamento! - ai eu não me extresso tanto em pensar que não vou ter tempo para fazer isto, para fazer aquilo, além disto eu já decidi que vou levar a faculdade bem "pianinho", tres ou quatro disciplinas por bimestre, sem me estressar quando faltar...
 
Para quem não gosta do que escrevo e pensou que estava "livre" de mim...bad news!
 
E você, como organiza seu tempo?`Faz uma planilha ou vai deixando acontecer?