22 de março de 2016

Não transforme meu prazer em obrigação!

Resultado de imagem para goste de mim por favor
Eu sou uma pessoa ligada no que poderíamos chamar de "obrigações". Tenho um senso de necessidade que via de regra supera meu senso de vontade, quando minha filha era pequena - e até hoje - eu sempre dizia que existiam sempre três tipos de coisas a fazer, e isto em grande parte resume o que penso:

"Existem as coisas que TEMOS que fazer, as coisas que PODEMOS fazer e as coisas que QUEREMOS fazer. Nem sempre as coisas que QUEREMOS fazer nós PODEMOS fazer, muitas vezes as coisas que PODEMOS fazer nós não TEMOS que fazer e normalmente as coisas que TEMOS que fazer nós não QUEREMOS fazer."

Há não muito tempo atrás o meu senso de PRECISAR fazer as coisas estava profundamente atrelado ao meu entendimento de que isto faria com que as pessoas gostassem mais de mim, Eu fazia não porque aquilo PRECISAVA ser feito, ou porque eu QUERIA fazer, eu fazia para ser "simpático", eu fazia para que GOSTASSEM de mim. 
Os exemplos são fartos: Eu deixava de sair com meus amigos porque o "ex" não queria sair, ou pior, dizia sentir ciúmes e não gostar de meu amigos; Eu levantava de madrugada par levar ou buscar em festinhas e baladas, mesmo podendo mandar um táxi fazer isso; Eu, mesmo chegando exausto em casa, ia para a cozinha preparar o jantar,  mesmo com a pessoa tendo ficado o dia todo em casa.. e por ai vai...
Resultado de imagem para feliz
Verdadeiramente eu nem percebia como aquelas atitudes, que eu considerava "amor e dedicação", tinham um impacto negativo sobre mim. Eu não conseguia perceber que no fundo eu considerava aquilo obrigações e não gostava daquilo. Eu não aceitava que eu fazia aquilo para que as pessoas gostassem de mim, para de certa forma "segurar" as pessoas, eu sempre dizia que eu fazia aquelas coisas com o "máximo" prazer. Mas, com um pouco de ajuda e muita percepção, eu acabei percebendo que isto não era verdade, eu aprendi que eu não sou, e não preciso ser, uma Polyana, fazendo o JOGO DO CONTENTE o tempo todo para que as pessoas gostem de mim. Eu aprendi a separar as coisas que eu TENHO que fazer das coisas que QUERO fazer e das coisas que GOSTO de fazer.

Resultado de imagem para fazer com satisfaçãoIsto não quer dizer que, como todo mundo, a grande maioria das coisas que eu faço eu GOSTE de fazer, a maioria das coisas simplesmente PRECISAM ser feitas. Mas eu passei a ter uma percepção muito mais aguçada do que me dá satisfação de verdade. Se eu chegar em casa do trabalho e tiver que fazer o jantar eu faço com prazer, mas se eu estiver cansado, ou sem inspiração, eu consigo dizer "não quero cozinhar hoje, cozinhem vocês ou vamos jantar fora", sem ser agressivo, sem achar que serei menos amado por isso. Eu consigo falar "não vou conseguir ir te buscar, venha de táxi ou über" "eu não vou fazer isto porque não quero" "eu não estou com vontade de fazer isso". Coisas que eram impossíveis para mim dizer há algum tempo atrás. As coisas mudaram significativamente para mim!

Hoje em dia eu viro O BICHO se você tentar me impor algo que você assumiu que é minha obrigação, algo como "mas você não vai fazer o jantar?" ou "mas você não vem me pegar como sempre?" ou "porque você não comprou isto no mercado para mim, sabe que eu gosto!"
Hoje, quando eu faço as coisas pelas pessoas que amo eu as faço com prazer real, muito diferente daquele "prazer" que eu achava que tinha antes, e deixo isto bem claro, faço as coisas por prazer, e você vai estragar tudo se tentar transformar meu prazer em obrigação!


E você ? Já teve época de fazer as coisas mais por obrigação do que por prazer? Em que momento está hoje?



13 de março de 2016

Cuide de seu Peixinho, mas do jeito que ele precisa.

Um vez um mãe chegou em casa e encontrou seu filho segurando um caixa envolvida num cobertor..
- O que é isto meu filho?
- Mãe, eu estava indo para a escola e vi que na lagoa tinha um peixinho... e quando eu coloquei a mão na água para fazer carinho nele eu vi que a água estava muito gelada e fiquei preocupado que ele pudesse ficar doente, então eu peguei o peixinho e trouxe ele para casa.
- Mas cadê o peixinho? perguntou a mãe.
- Está aqui na caixa, eu envolvi ele numa toalha, coloquei nesta caixa e cobri com o cobertor para ficar bem quentinho...
A mãe pediu para ver o peixinho.
Quando o menino abriu a caixa e desenrolou a toalha o peixinho, naturalmente, estava morto...a mãe olhou para o filho com doçura e ele emendou:
- Acho que eu cheguei muito tarde, acho que o peixinho ja estava doente por causa da agua fria, deve ter morrido de pneumonia!