10 de dezembro de 2009

Grupo de Pais Homossexuais completa 2 anos!

Você sabia que não está só?
Eu ja falei algumas vezes do Grupo de Pais Homossexuais que se reunem mensalmente em Sao Paulo, não é? Pois este Grupo completou 2 anos em outubro! Este grupo reune homens homossexuais que tem filhos, em sua maioria advindos de casamentos heterossexuais anteriores, para discutir a relaçaõ com filhos, ex esposas, como contar aos filhos e outras coisas relacionadas.Muitas amizades se fizeram, muitos fantasmas evanesceran...para muitos dos que pearticipam do grupo.

Neste final de semana, no sábado, haverá a ultima reunião, e no dia seguinte um grande churrasco de confraternização! Se você tem interesse em participar das reuniões deste grupo entre em contato com a psicologa Vera Moris, que é quem coordena o grupo (vemoris@uol.com.br )



Mas como fazem os homens que nao moram em SP para poder tambem conversar e dividir suas questoes?
Para isto existe um grupo virtual de discussao e troca de ideias, no YAHOO Grupos chamado g-pai-h. Este grupo une homens de todo o Brasil, incluindo Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas, Interior de Sao Paulo...Para fazer parte voce deve acessar o email dos moderadores do grupo (vemoris@uol.com.br) ou (edsondefendi@uol.com.br) e pedir sua entrada. Eh um grupo fechado , com sigilo e confidencialidade.

2 de dezembro de 2009

Adoção por Homossexuais - Debate Cedem/Unesp - PARTICIPE!

Adoção por homossexuais: a família homoparental sob o olhar da Psicologia Jurídica (editora Juruá, Curitiba - 2009), livro de Mariana de Oliveira e Ana Cláudia Bortolozzi Maia, será o centro do debate no próximo dia 07 de dezembro, segunda-feira às 18h30, promovido pelo CEDEM – Centro de Documentação e Memória da UNESP.
Esse trabalho realizado pela primeira autora, sob a orientação e parceria da segunda, é o resultado de uma pesquisa de mestrado defendida na UNESP - Campus de Bauru, em 2007. O livro inicia com uma reconstituição histórica da homossexualidade baseada na concepção de repressão sexual, percorrendo diferentes épocas, locais e variados elementos a respeito do tema.
As relações afetivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo são questões polêmicas em diversos países, inclusive no Brasil. Ainda mais polêmico e controverso é o tema da adoção por homossexuais, não só porque envolve a paternidade/maternidade homossexual, mas também devido a estigmatização e a desvalorização na abordagem e no tratamento desse assunto.
As autoras entrevistaram psicólogos judiciários do Tribunal de Justiça de São Paulo que trabalham em processos de adoção sobre os critérios e procedimentos utilizados nas avaliações psicológicas, as concepções sobre a homossexualidade, a adoção por homossexuais e as consequências para as crianças/adolescentes que serão adotados nessas condições.
Expositora
Mariana de O.Farias
Graduada e Mestre em Psicologia – UNESP, Pesquisadora do GEPESEC - UNESP/Bauru
Professora da Instituição Toledo de Ensino - ITE/Bauru, Psicóloga Clínica e Consultora Educacional
Debatedores
Florêncio M. da Costa Júnior
Graduado em Psicologia – UNESP
Pós Graduando em Psicologia – UNESP/Bauru e atua como Psicólogo Clínico
Thiago Munaro Garcia
Graduado em Direito, Mestrando em Direito na Instituição Toledo de Ensino - ITE/Bauru
Advogado e Professor de Direito Civil e Processual da ITE e da UNIP
Mediadora
Célia Reis Camargo
Doutora em História Social - UNESP
Professora do Depto de História - UNESP/Assis e Coordenadora do CEDEM

PARTICIPE E CONVIDE OS SEUS AMIGOS!
Inscrições gratuitas c/ Sandra Santos pelo e-mail:
ssantos@cedem.unesp.br
Data e horário: 07 de dezembro de 2009 (segunda-feira) às 18h30
Local: CEDEM/UNESP - Centro de Documentação e Memória
Praça da Sé, 108 - 1º andar - metrô Sé - (11) 3105 - 9903 -
www.cedem.unesp.br

1 de dezembro de 2009

A AIDS não acabou...

Hoje , primeiro de dezembro, é o dia mundial de luta contra a AIDS.
É o dia de lembrarmos que a AIDS não tem cura, que muitos estão sendo contaminados a cada dia, que a cada dia mais pessoas desenvolvem sintomas da doença.
Podemos até, de certa forma, comemorar que a evolução do combate a doença foi enorme, e que milhares de pessoas convivem com a aids, se o vaticinio da morte, mas ainda é pouco.
Precisamos falar mais da AIDS, e de outras doenças sexualmente transmissiveis, para os jovens, para nossos filhos, para todos que conhecemos. Temos que falar do preconcieto que envolve o soropositivo e temos que falar do preconceito ainda ligado aos homossexuais, quando se fala de HIV.
Eu mesmo perdi muitos amigos, perdi mestres e professores, via morte de muitas personalidades, o que serviu par amais rapidamente dar consciencia ás pessoas.
Espero e torço para uma vacina e um cura , mas sei que isto ainda vai demorar, então enquanto isto, é lutar com informação e combatendo o preconceito.

17 de novembro de 2009

Seu filho sabe que você é gay!!!!?!!!?

Uma das grandes questões para os homens homossexuais que tem filhos, os tais "pais gays", é a maneira como a sua orientação afetiva e sexual é percebida e administrada pelos filhos, por isto muitos homens homossexuais decidem, manter estas questões no armário, omitir (esconder) dos filhos que o pai gosta na realidade de outros homens.
A principal questão que faz com que estes homens decidam por este segredo é o medo de que os filhos não saibam lidar com a questão, alguns temem que os filhos sofram preconceito, outros que os filhos tenham problemas psicológicos e de afetividade, e tem também os que acreditam, que de certa forma, podem "influenciar" seus filhos a "virarem" gays.
Existe também um segundo coeficiente, que é a questão se estes homens serão aceitos ou não por seus filhos, muitos temem "perder" o amor de seus filhos, por estarem de certa forma decepcionando ou traindo o que os filhos acreditavam ou que mostravam aos filhos.
E não vou dizer que estes motivos todos, e mais alguns, não tem lá sua razão de ser, são medos e possibilidades. Mas sem dúvida acho melhor viver com as possibilidades do que com os medos. Se não falarmos deste assunto, se não dividirmos este assunto com nossos filhos, nossos amigos, as pessoas que realmente amamos, dificilmente poderemos viver plenamente estas relações, sempre haverá uma "mentira", um "segredo" entre você e seu filho.
Sem querer pegar pesado, saber a verdade é um direito do seu filho, e se você não puder oferecer esta verdade a ele dificilmente vai poder exigir que ele te diga a verdade! Mas eu sei que as coisas não são tão simples.
Eu sempre escuto esta pergunta: - "Mas seu filho sabe que você é gay?!?!?!"
Note que a frase tem pontos de exclamação e interrogação, ou seja, a pessoa percebeu que minha criança sabe que eu sou gay e está espantada por eu ter contado...
Olha, as vezes a cara das pessoas é bem divertida. Geralmente a pessoa percebe porque, no meio de uma conversa citamos o nome do "maridon" e a pessoa pergunta
- Quem é fulano?
E a criança responde...
- é o namorado do papai que mora com a gente!....
Ai a pessoa olha pra mim, com uma cara misto esfinge e esbugalhada e tasca a pergunta:

- "Mas sua criança sabe que você é gay?!?!?!

- Sim sabe - respondo segurando um pouco o certo sabor de conquista por poder falar abertamente sobre o assunto.
Mas não foi sempre assim, minha criança é adotiva, e sempre falamos sobre adoção abertamente, mas sobre o fato de eu ser gay não falávamos de forma tão aberta, eu nada escondia, mas nos primeiros meses(eu adotei minha criança ela tinha 3 anos e meio), eu não dava "nome aos bois".
Até que um amigo meu refletiu - "Você fala tão abertamente sobre adoção, porque não falar sobre a sua afetividade da mesma forma?" reflexão esta que me levou a começar a dar nomes aos bois, de maneira gradual e permanente, até podermos chegar num estágio de relativa tranquilidade em relação a isto hoje.
Também foi muito importante poder encontrar e conviver com outros homens e mulheres que tem filhos ou vivem relacionamentos homoafetivos, que nos deram um certo sentido de pertencimento, não deixando que minha criança achasse ser a unica a viver num lar homoafetivo.
Falar sobre si mesmo, de forma aberta e verdadeira, é muito libertador, e nos faz ficar mais próximos das pessoas que amamos.
Eu tenho um monte de historias para contar sobre isto, como percebo que minha criança consegue lidar com isto, mas vou contar a mais recente.
Na escola um menino chegou e falou
- É verdade que seu pai é gay?
- Sim
- Então é por isto que vc é uma criança estranha não é?
A minha criança respondeualgo como:
- Olha, eu vivo com um gay, durmo no quarto do lado de um gay que dorme com outro gay, viajo com um gay , meu pais tem um monte de amigosd gays, e não acho isto um problema, mas se você acha isto um problema é melhor vcê procurar um psicologo, porque, vc sabe, eu entendo bastante de gays e tô achando que vc também é!!!!
Tá bom ou quer mais?

13 de outubro de 2009

"ei Obama! Deixe a Mama casar com a Mama!"

"faixa em protesto cobrando do presidente americano a promessa de legalizar as uniões homossexuais no país"

16 de setembro de 2009

Relacionamento do tipo "Raul Seixas"

Mais e mais tenho entendido, ou tentado entender, que um relacionamento é um "organismo vivo" , como diria o Raul, uma ..."metamorfose ambulante".
Um relacionamento, entre amigos, entre amantes, está sempre atrelado ao fato que as pessoas mudam, o desejo das pessoas muda, os objetivos das pessoas mudam. O que hoje para você é bom, é legal, pode não ser daqui a algum tempo. O que você espera da outra pessoa, o que você precisa da outra pessoa, muda , muda o tempo todo.
O meu terapeuta até colocou que o engano, muitas vezes, é desejar tanto o casamento, o relacionamento, a pessoa certa, que quando alcançamos isto queremos cristalizar aquele momento, sem entender que os desejos e as pessoas mudam. E ai começamos a nos "decepcionar".
DR = relacionamento que cresce.
Talvez o principal instrumento para um relacionamento saudável, em crescimento, que atenda os desejos e anseios dos envolvidos, seja a tão temida DR (discutir a relação).
Poder conversar (e não discutir) momentos chaves do relacionamento, objetivos que mudam, desejos que surgem, é o maior isntrumento do amor, do respeito, da tentativa honesta de que seja bom estar junto. Muitas vezes um dos envolvidos vai "relevando" , "engolindo" , o que não ajuda ninguem, quem fez a coisa que desagrada não fica sabendo, quem foi desagradado fica remoendo. E isto não ajuda os alicerces do relacionamento.
Os alicerces bem reais, cabe frisar, e não os alicerces imaginários que criamos justamente porque é mais fácil que realmente batalhar pelo que pode nos levar adiante.
Eu sempre gostei muito de sentar e poder conversar sobre o que estava acontecendo, onde estávamos indo, se estavamos felizes, a tal DR, e era até muito chato nisto confesso, sempre querendo que o outro definisse pontos bem claros, posições bem fortes e imutáveis nos diversos "acordos" e "aceites" do dia a dia. Mas só agora estou conseguindo aceitar que as coisas mudam, precisam mudar, novos pactos precisam ser feitos e ajustados.
Este "organismo vivo metarmófico" que é o relacionamento é muito assustador, em alguns aspectos, mas também muito libertador, porque você tambémm pode mudar, você também pode ter novas crenças, novos valores e novos desejos. E isto é um alívio em muitos casos.
E vc? Gosta de DR? Acha a DR importante?

13 de setembro de 2009

Pais e Mães LGBT se reunem

O Grupo de pais e mães LGTB, da Associação da Parada do Orgulho GLBT, coordenado pelas amigas Carina e Jéssica (que tem duas filhas lindas!) vai organizar mais uma reunião no dia 19, sábado!
Participe, leve seus filhos, é uma boa chance de discutir assuntos ligaqados á criação de filhos e é uma boa oportunidade das crianças conhecerem crianças com realidades similares.
Quando: sábado (19/09) às 10:00h

Onde: na sede da APOGLBT, Praçada República, 386 - conjunto 22 - Centro.

Tel. da associação: 3362-8266.

*Traga seus(uas) filhos(as). Nossas crianças estarão esperando!**Venha trocar experiências conosco!*

8 de setembro de 2009

Raj e Bahuan ficam juntos no final de "CAMINHO DAS INDIAS"


Este é o final que gostaríamos de ver não é? Mas isto ainda vai demorar muuuuito!
A nota foi publicada no Jornal Diário de São Paulo de Hoje!

4 de setembro de 2009

Projeto Purpurina - dia 6 de setembro


O Projeto Purpurina é uma iniciativa do GPH - Grupo de Pais de Homossexuais para jovens de 13 a 24 anos. Como eles dizem "Vc vai fazer um monte de amigos/as!!"
Os/as jovens é que criam, coordenam tudo que é feito nos encontros mensais do projeto.
Bate-papo, sorteio de brindes, lanche gostoso, brincadeiras e uma baladinha no final!

Tema: Quem ama cuida!
Quando? Domingo, dia 06 de setembro das 15 às 19 horas
Onde? Rua Major Sertório, 292 - Vila Buarque - São Paulo
(metrô República, saída Caetano de Campos).


2 de setembro de 2009

pais homossexuais no YAHOO groups

Eu ja falei algumas vezes do Grupo de Pais Homossexuais que se reunem mensalmente em Sao Paulo, mas como fazem os homens que nao moram em sao paulo para poder tambem conversar e dividir suas questoes?
Para isto existe um grupo virtual de discussao e troca de ideias, no YAHOO Grupos chamado g-pai-h. Este grupo une homens de todo o Brasil, incluindo Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas, Interior de Sao Paulo...
Para fazer parte voce deve acessar o email dos moderadores do grupo (vemoris@uol.com.br) ou (edsondefendi@uol.com.br) e pedir sua entrada.

Eh um grupo fechado , com sigilo e confidencialidade. Se nao conseguir deixe uma mensagem aqui, com seu email, que peço para o moderador te mandar um convite via email.

20 de agosto de 2009

Pais homossexuais: a delicada relação com mulher e filhos

"Encontrei este texto, uma entrevista na realidade, com a Psicologa Vera Moris, falando sobre as dificuldades dos homens que tem filhos advindos de casaemntos hetereossexuais, desde a revelação até a convivência com filhos. Foi publicado originalmente no site TODA FORMA DE AMOR
Pais homossexuais: a delicada relação com mulher e filhos
Quando a cena de pai acontece na vida de homens homossexuais. Quando chega o momento de contar para os filhos. Foi essa realidade que a psicóloga Vera Moris transformou em tema de pesquisa de doutorado. Ao desenvolver a tese "Paternidade Homoafetiva e Revelação para os Filhos" ela não só investigou o assunto, ela foi mais além.
Do encontro de seis pais homossexuais ocorrido em agosto de 2007, surgiram novos encontros como a reunião que acontece a cada mês e onde todos trocam experiências.
Surgiu também o e-group, pela Internet, onde pais de cinco estados conversam entre si. São 14 reunidos mensalmente em São Paulo e 17 nos econtros pela Internet. A união é tanta que encontro vira sarau, jantares, reuniões sociais em espaços públicos, celebração de aniversários.
Ao retratar a realidade deles, Vera Moris deu o ponta pé inicial para a criação dessa rede de encontro entre eles onde histórias de vida contribuem para cada um e onde a delicadeza do assunto assume sua maior verdade: o amor paterno homossexual. Aqui, nesta entrevista, a psicóloga conta a trajetória da pesquisa e desse trabalho.
TODA FORMA DE AMOR - Como esses homens homossexuais acabaram se tornando pais ?
VERA MORIS - A grande maioria desses homens se tornou pai via relacionamento heterossexual anterior ao momento que se perceberam numa identidade homoafetiva. Apenas um deles já havia se assumido e optou pela adoção; outros dois não foram casados, tiveram filhos de relacionamentos com namoradas com quem estavam envolvidos afetivamente. A literatura aponta que a paternidade de homossexuais via relacionamento heterossexual é a mais comum.
É importante deixar claro que para todos os pais que participam do grupo a paternidade não aconteceu sem querer, todos queriam exercê-la e continuam querendo participar ativamente do cuidado com os filhos. A maior parte deles se encontra aos finais de semana com os filhos, alguns sofrem com uma distância acentuada (a ex-mulher mudou para outro estado), outros participam quase que diariamente da rotina dos filhos, que embora morem com as mães mantêm um relacionamento harmonioso. Um desses pais, por exemplo, vai buscar a filha pequena todos os dias na escola, e fica com ela a qualquer momento que a mãe pedir.
TOFAM - Para eles o que é mais doloroso enfrentar?
VM - Para muitos é a decisão de se assumir nessa identidade homoafetiva e a saída de casa deixando os filhos. Para outros é contar para os filhos, sempre muito difícil, complexo.
Depois que se percebem com essa sua natureza de ser um homem que tem relacionamento homoafetivo, que se assumem nessa identidade, passam por uma fase crítica muito complexa. É um momento doloroso, de tomada de decisões, de medo do que precisam fazer. Dura um tempo maior para alguns ou para outros é mais rápido. Nenhum dos pais passa por isso sem conflito. Depende de suas estratégias para preparar as pessoas que devem saber de sua decisão de sair de casa: a mulher, os filhos, parentes amigos próximos. A revelação para terceiros da própria homoafetividade é lenta, sofrida, e envolve cuidado.
TOFAM - Os filhos acabam aceitando e a convivência fica harmoniosa?
VM - Contar para os filhos é quase que a última fase do longo processo de revelação da homoafetividade: primeiro para uma pessoa amiga mais próxima, depois outros amigos, os familiares, os pais e os filhos. Os problemas em sua maioria se referem a eles não terem o apoio das ex-mulheres e dos familiares para poder dar o suporte necessário aos filhos. Para aqueles homens que conseguiram lidar bem com o relacionamento com suas esposas, mães dos filhos e com os familiares mais próximos, os filhos recebem esse apoio em casa e fica mais fácil a aceitação.
Sempre é importante perceber que a relação pais e filhos é um bom termômetro para a aceitação de qualquer tipo de situação, seja ela difícil, dolorosa, ou apenas algo que se quer evitar falar, pelo receio de causar sofrimento nos demais (muito comum na manutenção dos segredos sobre a homoafetividade). Os filhos acabam sofrendo quando os pais não se entendem e vivem conflitos no relacionamento conjugal ou na separação.
TOFAM - Que tipo de ajuda eles precisam?
VM - O momento de falar para os familiares, esposa, filhos é um dos assuntos mais discutidos. Alguns já falaram e ajudam os que ainda não conseguiram. Os assuntos mais polêmicos são sobre esse momento.
O grupo funciona muito como suporte e espaço para abrir os conflitos e as dificuldades que têm no dia-a-dia. Assuntos referentes às suas dificuldades pessoais na relação com os companheiros e sobre a falta de apoio legal também são bastante comuns. O que mais precisam é de fato de um espaço de continência e aceitação de sua homoafetividade, para se perceberem igual a qualquer ser humano, qualquer outro homem e pai. Esses pais são iguais os outros pais e se percebem às vezes até mais corajosos, porque lutam para serem mais autênticos, enfrentando o preconceito e a homofobia.
TOFAM - A mulher e os filhos geralmente aceitam?
VM - Depois que lidam com seus sentimentos de frustração, porque percebem que seus maridos e o pai que têm não é o que eles achavam que fosse, eles podem sim aceitar e viver bem com essa realidade, desde que o relacionamento não esteja muito abalado com os conflitos, que muitas vezes não se referem apenas à homoafetividade do pai/marido.
TOFAM - A sua tese junto ao trabalho em grupo contribuíu em que sentido?
VM - Acredito que deu o primeiro empurrão para que o grupo começasse, o encontro da pesquisa foi o estopim para que o próprio grupo tivesse oportunidade de se conhecer e se manter em contato mensal. Eles se encontram porque gostam de estar com os demais, porque precisam falar de si e de sua experiência, porque ali eles têm seu próprio espaço.
O material todo que eu tenho lido sobre pais com vivência homoafetiva de outros países também me subsidiou de idéias e o próprio grupo acaba nos desafiando. É um trabalho necessário e bastante interessante.
TOFAM - Qual a orientação que é dada a esses pais?
VM - Em geral a atitude compreensiva e de aceitação dos moderadores (somos um casal de terapeutas) já oferece continência e espaço para que eles mesmos discutam como podem sair de seus problemas. O grupo por si só é um espaço de escuta respeitosa e que faz com que eles mesmos reflitam sobre os problemas que estão tendo. Um ajuda o outro, oferece sugestões, troca informações.
Os moderadores eventualmente são procurados para alguma intervenção mais pontual, seja pelo telefone, ou através de encontros individuais. Nesses momentos podemos ter alguma atitude mais direta se necessário. Já fomos buscar esclarecimentos legais quando percebemos que o grupo tinha dúvidas sobre algumas situações vividas.
SERVIÇO: Vera Moris Psicóloga, psicoterapeuta Telefones consultório: 011 55818141, cel: 011 91521188
da Redação do Toda Forma de Amor"

18 de agosto de 2009

Uma explicação do amor!

"Eu poderia falar todas as línguas que são faladas na terra e até no céu, mas, se não tivesse amor, as minhas palavras seriam como o som de um gongo ou como o barulho de um sino.
Poderia ter o dom de anunciar mensagens de Deus, ter todo o conhecimento, entender todos os segredos e ter tanta fé, que até poderia tirar as montanhas do seu lugar, mas, se não tivesse amor, eu não seria nada.
Poderia dar tudo o que tenho e até mesmo entregar o meu corpo para ser queimado, mas, se eu não tivesse amor, isso não me adiantaria nada.
Quem ama é paciente e bondoso.
Quem ama não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso.
Quem ama não é grosseiro nem egoísta; não fica irritado, nem guarda mágoas.
Quem ama não fica alegre quando alguém faz uma coisa errada, mas se alegra quando alguém faz o que é certo.
Quem ama nunca desiste, porém suporta tudo com fé, esperança e paciência."
Recebi este texto do amigo Daniel, achei tão lindo, e fiquei pasmado quando vi que o texto foi extraido da Biblia (1 Coríntios 13.1-7) . Com certeza Deus entende muito mais de amor do que os que estão dirigindo a Igreja de Roma.

11 de agosto de 2009

Voltando a sonhar...

Vou contar para vcs uma coisa que eu considero bem "incrivel" que me aconteceu nos ultimos meses, no processo de terapia que comecei, e que, a meu ver, serve para mostrar como a oportunidade da pessoa ter um tempo para si mesmo, ou a eficácia de processos terapeuticos.
Logo nas primeiras sessões meu terapeuta sempre perguntava: Sonhou com alguma coisa? E eu nunca lembrava dos meus sonhos, sabia que sonhava, mas eu nunca me lembrava de meus sonhos, na realidade eu percebi que fazia muito tempo que nçao me lembrava dos meus sonhos...
Pelo que entendi a linha Junguiana valoriza muito este acesso ao "inconsciente" que são os sonhos.
E ai começamos a conversar sobre isto, e eu percebi que não me lembrava dos sonhos porque meu consciente não queria, os sonhos, que são a janela para o inconsciente, para os desejos "primais", estavam bloqueados por um profundo senso de realidade, uma espécie de "supraconsciência", que me impedia de lembrar de coisas que pudessem desafiar o esquema "bonitinho" que eu tinha estabelecido para minha vida, meu medo de que algo desse errado ou saisse do controle era tão grande que eu bloqueava a lembrança dos meus sonhos!
Olha que incrivel! E mais incrivel foi que ao perceber que eu não precisava ter medo do que desafiava o meu "esqueminha" eu voltei a sonhar, a lembrar dos meus sonhos. Voltei a sonhar.
Claro que são aqueles sonhos doidos, mas que sempre trazem incriveis discussões sobre muitas coisas guardadas lá dentro, só para contar um sonho, destes bem doidos, eu sonhei que tinha ganho 7 cafeteiras lindas de aniversario, todas automaticas, lindas, de design, só que eu tinha que escolher só uma (afinal de contas, quem precisa de 7 cafeteiras) e podia trocar as outras por outras coisas, a pssei o sonho inteiro tentando estabelecer criterios para esolher qual deveria ficar.... engraçado não? Mas o mais incrivel são as meadas que estas coisas que sonhamos podem desencadear.
E você ? Se permite sonhar e lembrar dos seus sonhos?

7 de agosto de 2009

abandonando nossos filhos...

Uma das grandes questões, que os homens e mulheres que assumem sua homossexualidade depois de passarem por casamentos heterossexuais, enfrentam, é o relacionamento com os filhos advindos destes relacionamentos.
Não vou dizer que para os heterosexuais um casamento desfeito e a relação com os filhos é simples, mas sem duvida a questão da sexualidade é um "plus" complicador, especialmente para os homens.
Se você não está por dentro do "roteiro básico", ele é mais ou menos assim:
O homem descobre, depois de algum tempo de casamento, que ele seria mais feliz se viesse sua homossexualidade, ai ou ele parte para uma vida paralela ou termina o casamento.
A questão é que muitas vezes a esposa , antes que o cara se abra, descobre que o cara está tendo um relacionamento com outro homem e ai a merda voa, indignada ela resolve afastar os filhos do pai, e usa para isto de todas as armas, muda de cidade, some com os filhos, acusa o cara de pedófilo, manda detetive atrás para fazer dossiê, descumpre ordens judiciais de visita...
O pai se prostra, sofre por estar longe dos filhos, sua auto estima vai para o espaço, fica atras de juizes, advogados, tenta se aproximar dos filhos (e continua pagando pensão) , durante meses ou anos o cara vai se humilhando, suplicando por uma miugalah de atenção, de respeito.
Alguns conseguem reverter o quadro, se reaproximar de filhos, mas outros descem fundono sofrimento e no sentimento de culpa.
Mas alguns chegam num outro estágio, onde a dor da perda dos filhos, da indiferença, das dificuldades legais, faz com que o amor pelos filhos mingue, murche. E por mais que o sentimento de amor "incondicional" seja forte, o proprio pai, par se proteger imagino eu, passa a perceber que não é amado pelos filhos, como disseum pai que passou por isto esta semana, ele ativa o CTRL /ALT/DEL.
Eu não tenho esta experiencia, como pai solteiro não pasei por isto, mas como faço parte de um grupo de pais homossexuais ja vi muitos perderem suas forças neste processo. Sei o que sentem, também sou do grupo que demora para entender que eu amo a pessoa porque é bom para mim, mas muitas vezes a pessoa não me ama...ou pelo menos não me ama mais...
Viver estas experiências, do lado destes homens tão fortes, que enfrentam tantas dificuldades, é uma oportunidade de crescer e aprender.
Olha, se vc conhecer algum homem homossexual que passa por estes problemas, por estes sentimentos, fale para ele entrar em contato com a Vera (vemoris@uol.com.br) que á psicologa que coordena o Grupo, tenho certeza que ele vai se beneficiar!
Abraço a estes hoens tão especiais, que tiveram que aprender a viver longe de seus filhos!

1 de agosto de 2009

Novo Livro de Klecius Borges

O psicologo Klecius Borges, especialista em terapia afirmativa, lança seu mais novo livro no dia 5 de agosto. Com certeza é outra leitura que vale a pena, pois o primeiro livro dele - DESIGUAIS - é essencial.
Se quiser saber mais sobre a terapaia afirmativa e ler as coisas que ele escreve acesse o site www.kleciusborges.com.br
Te vejo lá no dia 5!

22 de junho de 2009

Tô juntinho e tô bem...

Acho que esqueci de comunicar "oficialmente" - via blog - que eu e meu namorido juntamos nossos trapinhos e estamos morando juntos, há quase dois meses.
Me lembro que falei que estava pensando nisto, mas não reportei que levamos a cabo a idéia.
Acho que a terapia, que estou fazendo desde dezembro, foi um fator muito importante para a decisão de morarmos juntos. Eu antes acreditava - piamente - que as coisas tinham um modelo ideal e que os relacionamentos tinham que dar certo, a partir de um modelo, e eu perseguia este modelo incessantemente.
Só quando comecei a conhecer melhor meus pensamentos e sentimentos, foi que comecei a me relacionar de verdade com uma outra pessoa, e não com um "modelo" que eu tinha criado.
Eu ouso dizer que estamos bem, nos adaptando ao dia a dia, desde a organização da casa, os espaços de cada um, incluindo minha "cria".
Tinhamos um relacionamento muito proximo, ficavamos muito juntos, mas é totalmente diferente quando vira TODO DIA.
Para mim tem sido um diferente melhor, porque eu substitui a neurose pela busca do modelo, pela doce surpresa do dia a dia, me permito entender e aceitar, que mesmo as coisas acontecendo de forma diferente do que eu imagino, elas não são piores, são só diferentes. Acho que ambos estamos gostando, acho que estamos mais próximos emocionalmente, para mim esta muito bom.
Especialmente dormir juntinho todo dia... he he he
Na realidade montamos um quarto para cada um, mas acabamos dormindo todos os dias juntos, só dormimos separados quando ele estava com um super resfriado, para evitar que eu pegasse, e num dia que ele estava super cansado e roncou a noite toda...ai eu me mudei para o quarto dele para conseguir dormir.
Eu acho que tem sido tudo muito divertido, estou realmente adorando.

Não ouso dizer que eu casei... na realidade eu quero casar de verdade, mas ainda não sei bem como farei isto, nem ao certo quando, já somos reconhecidos como casal e família pela grande maioria dos que nos conhecem, o que ja é meio caminho andado...

12 de maio de 2009

Como é que eu vou crescer sem ter com quem me revoltar!


Lembra da música do "Ultraje a rigor"? Bom, se vc tem menos de 30 não deve lembrar da música Rebelde Sem Causa

Meus dois pais me tratam muito bem
(O que é que você tem que não fala com ninguém?)
Meus dois pais me dão muito carinho
(Então porque você se sente sempre tão sozinho?)
Meus dois pais me compreendem totalmente
(Como é que cê se sente , desabafa aqui com a gente!)
Meus dois pais me dão apoio moral
(Não dá pra ser legal , só pode ficar mal !)

MAMA MAMA MAMA MAMA
(PAPA PAPA PAPA PAPA)

Minha mãe até me deu essa guitarra
Ela acha bom que o filho caia na farra
E o meu carro foi meu pai que me deu
Filho homem tem que ter um carro seu
Fazem questão que eu só ande produzido
Se orgulham de ver o filhinho tão bonito
Me dão dinheiro prá eu gastar com a mulherada
Eu realmente não preciso mais de nada

Meus pais não querem
Que eu fique legal
Meus pais não querem
Que eu seja um cara normal
Não vai dar , assim não vai dar
Como é que eu vou crescer sem ter com quem me revoltar
Não vai dar , assim não vai dar
Pra eu amadurecer sem ter com quem me rebelar

Pois bem, minha criança, agora pré adolescente, chegou nesta fase. Como é que eu vou crescer sem ter com quem me revoltar.
Sério, eu sou super tranquilo, cobro muito pouca coisa, tento atender as demandas que posso (procurando não mimar nem exceder) sou flexivel, tento aconselhar, digo poucos nãos desnecessários...
Mas mesmo assim tudo que eu digo ou faço é encarado como "burrice, bobagem, chatice, pagação de mico, ridiculo, antiquado, bobo, sem graça..."
Acabou aquela admiração incondicional sobre minhas opiniões, não ri mais de minhas piadas bobas, como diriam..."já fui toalha felpuda"...
Mas eu já estava preparado, eu mesmo fui assim como filho - se é que ainda não sou - e posso dizer que ate me divirto. Procuro não me estressar, deixando a avenida livre para os hormonios da adolescencia passarem.
Ás vezes penso numa piada que ouvi:

"Seu filho tem problemas de relacionamentos com vcs " pergunta um psicologo a um casal de pais
"Não, nenhum, damos para ele muito amor e pizza"
"E vcs nunca se desentendem, em assuntos do dia a dia?" pergunta o psicologo
"Não doutor, a gente semrpe dá para ele muito carinho e pizza"
"E vcs nem se incomodam se seu filo usa roupas estranhas ou trata vcs mal?" insiste o psicologo
"Não senhor, nos damos para ele muito amor e pizza"
Espantado, o psicologo questiona. "mas vcs não acham que deveriam variar um pouco a dieta do filhos de vcs, porque só pizza?"
"Ah doutor, é que nós mantemos ele trancado no quarto e a unica coisa que passa pord ebaixo da porta é pizza!"

E vc? como lida com isto? Foi um adolescente "rebelde sem causa?"

13 de abril de 2009

Macho que é Macho não dá satisfação a ninguem!

Este texto, publicado numa revista regional, caiu no meu colo e eu achei muito interessante, não é relacionado diretamente aos relacionamentos homoafetivos, mas a temática é a mesma, ainda mais se considerarmos que a perda de "liberdade" é uma das grandes alegações das pessoas para não engatarem relacionamentos estáveis.
Leia porque vale a pena, fala de amor, de companheirismo, de ciumes, de posse, de responsabilidades.
E me diga, você é do tipo que dá satisfação?texto do psicologo Floriano Serra, saiba mais sobre ele em www.somma4.com.br

26 de março de 2009

Homens levam 8,2 segundos para se apaixonar, dizem cientistas


"Bastam 8,2 segundos para um homem ficar apaixonado, segundo cientistas reportaram ao periódico "Archives of Sexual Behaviour". As informações são do jornal britânico "Daily Telegraph". Em um experimento com câmeras escondidas, pesquisadores analisaram o movimento dos olhos de 115 estudantes, enquanto eles conversavam com atores e atrizes. Depois disso, os voluntários tinham que dar uma nota para cada pessoa com quem tinham falado. Os homens olharam para as atrizes que eles consideraram mais bonitas por uma média de 8,2 segundos. Para as menos atraentes, o olhar durava apenas 4,5 segundos. Já entre as mulheres não houve essa variação. Ou seja, elas olharam da mesma maneira para os homens que consideraram mais e menos atraentes. De acordo com o jornal, pesquisadores acreditam que homens usam o contato visual para procurar parceiras potencialmente férteis, enquanto as mulheres são mais prudentes no olhar, talvez pelo receio de se tornar mães solteiras."


Escuta, deve ser por isto que os homens, inclusive os gays, transam mais!
Eles estão eterenamente "apaixonados"!

20 de março de 2009

Novo Grupo de Pais e Mães GLBT

Vejam o importante recado que recebi das amigas Jéssica e Carina

Olá amigos, nosso novo grupo Mães e Pais LGBT, terá sua próxima reunião no dia 21/03,sábado, às 9:30h, na nova sede da Associação da Parada GLBT de São Paulo,
Venham e divulguem para seus amigos,esperamos vocês lá.
Homoparentalidade:
O que muda quando temos filhos?
Como criá-los eenfrentar os desafios do dia-a-dia?
Para refletir sobre essas e outrasquestões, a APOGLBT promove o primeiro grupo de discussões presencial doBrasil que aborda a rotina de famílias cujas mães ou pais sãohomossexuais, bissexuais, travestis ou transexuais.
escassez de material de pesquisa acerca da criação de filhos porfamílias LGBT traz a necessidade de convivência entre pessoas que vivemesse mesmo contexto. Por isso, o Mães e Pais LGBT vem reunir essasfamílias a fim de gerar informação através da troca de experiências entreos participantes. Escola, educação, pai/s(mãe) biológico/s(a), namorada(o)da(o) mamãe(papai) e demais assuntos do cotidiano dessas “novas” famíliassão abordados em reuniões quinzenais, às quintas-feiras, na sede da APOGLBT.
O Mães e Pais LGBT veio a acrescentar ao quadro de grupos temáticos daAssociação da Parada, dando início às suas atividades em dezembro de 2008,sob a coordenação do casal Carina e Jéssica Ramires, ativistas domovimento LGBT e mamães de Pietra e Allana.
A participação é aberta e gratuita a todas(os) interessadas(os), basta enviar um e-mail para paislgbt@paradasp.org.br e aguardar o recebimento do convite semanal.
Para mais informações, entre em contato também através do telefone (11) 3362-8266 / 7167-3098 / 9719-3650
Aguardamos todos lá!
Endereço: Praça da República, 386 - conjunto 22 - Centro - São Paulo - SP

10 de março de 2009

PURPURINA precisa de uma "casa"

Muitos dos que leêm este blog já devem conhecer o Projeto PURPURINA, que foi idealizado pela professora Edith Modesto para dar apoio a jovens adolescentes homossexuais, trabalhndo com apoio a jovens a partir de 14 anos.
Pois bem, o PURPURINA está crescendo e a Edith está procurando um novo local para as reuniões que realizam, quem sabe vc não pode ajudar ou não conhece quem possa ceder um local, eis as características do local que ela precisa:
- Vai ser utilizado 1 domingo por mês, no período da tarde
- Precisa caber pelo menos 100 pessoas (ou mais, afinal o projeto está crescendo!)
- Tem que ser perto do metrô, pois os jovens vem sozinhos.
- Tem que ser um lugar que aceite os jovens, os jovens homossexuais, pois eles precisam de um ambiente de acolhimento.
- O Purpurina tem no máximo 250 reais de verba para o aluguel.
- Precisa ter banheiro
- Não serve auditorio, precisa ser uma sala grande, para ficarem em circulos ou fazerem outras dinamicas.
Eu fui em algumas edições e a reunião é super tranquila, são todos muito comportados e que não rola nem bebida alcoolica nem drogas, pois existem coordenadores atentos a isto.
Pode ser o salão de festas de um prédio comercial ou residencial, pode ser uma conjunto comercial que alguem não esta usando, uma loja desativada, a Edith disse que limpa e pinta o local, deixando nos "trinques".
Bom, se alguem puder ajudar entre em contato com a Edith: elmodesto@uol.com.br
Obrigado!

5 de março de 2009

Você já conheceu um grande amor pela internet?

Sei que muita gente tem preconceito em relação á internet, muita gente acha que o que move a net, principalmente entre os homossexuais, é basicamente o sexo fortuito. E eu não acho que os que pensam assim estão totalmente errados, realmente a net facilita e agiliza muito a fast-foda.
Eu mesmo tenho este preconceito e relutava muito em contar que tinha conhecido meu Namorido justamente numa das tais "salas de bate papo do UOL".
Mas este foi justamente o tema de uma pesquisa que o site GonLINE realizou esta semana:

Você já conheceu um grande amor pela internet? veja as respostas e percentuais:

Sim e estamos juntos 38.08%
Sim, mas não durou 26.42%
Somente para ficar 8.52%
Não, mas tô tentando 14.11%
Não perco meu tempo com isso 12.87%

Ou seja, se juntarmos os que conheceram grandes amores e ainda estão com eles e os que não estão mais, teremos um total mais de 64% de pessoas que já acharam mais que simplesmente sexo na net. Se somarmos os 14% que estão tentando, ou sejam, que acreditam que isto é possível, temos quase 80% das pessoas dizendo que encontrar um grande amor na Internet.
Por mais que tenhamos que considerar que a pesquisa tem pouco rigor científico, não para para ignorar estes números.
Antigamente as estatisticas diziam que pessoas se relacionavam, e casavam, com pessoas ligadas ao seu trabalho ou ao local que estudavam, agora , com certeza, este mapa está mudando e a internet , e as diversas redes (orkut, facebook, msn ) são um lugar em potencial para se conhecer alguém legal.
Nas salas de bate papo e nos grupos de discussão, pessoas que jamais se encontrariam podem trocar idéias a partir de conceitos comuns (serem gays por exemplos) e até mesmo os execrados nicks, alguns de caráter bastante pornográfico, podem ajudar as pessoas a um primeiro contato.
Além disto, não podemos esquecer a blogosfera, um lugar muito legal para dividir idéias e conhecer pessoas!!!
E você, como é sua relação com a internet? Acredita ser possivel encontrar alguem legal, um grande amor?

18 de fevereiro de 2009

Não nos divorciem!

A dica deste vídeo veio do site MIX BRASIL. Como muitos sabem, durante alguns meses o casamento homossexual foipermitido no Estado da California, mas com a aprovação da PROPOSAL 8 os casamentos foram suspensos e os que ja aconteceram corremo risco de ser cancelados.

Este video, emocionante, pede que as pessoas nos "divorciem" os casais que se casaram neste período.

11 de fevereiro de 2009

meu RE-relacionamento

Quem acompanha um pouco deste blog sabe que minha vida deu uma girada recentemente, e acho legal eu dividir um pouco do que está acontecendo como um monte de gente que foi tão legal comigo, reLmente recebi mensagens incriveis neste período. A blogosfera é incrível!
Tenho uma amiga que chamou o que estou vivendo de RE-casamento, e gostei muito desta expressão que utilizou para falar do fato que eu e meu namorido ainda estarmos juntos depois de todo aquele “imbroglio”.
Realmente eu e ele retomamos nosso relacionamento de uma maneira nova, por isto o neologismo re-casamento é tão adequado. Para terem uma idéia, é tão RÊ que decidimos até morar juntos, uma coisa que enrolávamos fazia tempo.
Confesso a vcs que o baque da descoberta das mentiras - se bem que na realidade eu não descobri nada, foi ele que contou – foi forte e ainda não foi totalmente superado.
Mas no período eu ouvi muita gente e revi muitas coisas em minha vida.
Num primeiro momento , como muitos presenciaram, tive profunda raiva e magoa, nem tanto pela traição, mas pela mentira, a solução era acabar tudo e partir para outra.
Mas muita gente não pensava assim, até no blog encontrei gente me dizendo que o assunto não era tão grave assim. O que mais me surpreendeu foi encontrar gente de muito mais idade, e experiência, alguns deles heterossexuais, me dizendo que eu devia pensar com calma, que relacionamentos tem crises, que as pessoas não são perfeitas, que tudo pode ser conversado...fiquei besta, imaginava que a maneira que eu sentia era a unica possível!
Comecei a fazer terapia logo na semana seguinte, o que talvez tenha me ajudado muito a perceber melhor meus sentimentos e emoções, nunca achei que terapia fosse tão bom.
Eu não voltei para ele, eu não o perdoei, o que fizemos foi um novo pacto, um pacto mais maduro, mais consciente. Na realidade nunca chegamos a terminar, foi uma bela duma crise, no relacionamento, mas não no amor.
Eu percebi o que fazia errado, tolhia, queria controlar, queria perfeição, queria incondicionalidade, queria método, queria gratidão, reconhecimento, elogio, dedicação exclusiva. Queria um adulto e tratava como criança. Queria um homem mas tratava como incapaz.
E é claro que eu não conseguia nada disso. Pois eu estava lidando com alguém que em muitos aspectos era minha antítese (os opostos se atraem não é?).
Eu percebi que fiz muita coisa errada, sou bem funcional, tenho uma vida bem arrumadinha, mas sou um “Neurótico funcional”
Percebi que muitas das coisas que eu tinha como verdades absolutas, admitem nuances, percebi a sombra e a luz que tenho em mim, mas que não queria aceitar, pois queria seguir o modelo que eu acreditava como único possível: “o fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”
È sério, João Gilberto na veia! Tenho até camiseta com a frase!
Eu acreditava piamente que a única maneira de ser feliz, de me completar, era estar “casado”. Tanto é que faz uns 25 anos que não sei o que é ficar sozinho. Emendava de um relacionamento no outro, 5 anos com um, 10 meses com outro, 3 anos com outro. Eu tinha maior orgulho disto, de ser um menino “casadoiro”, mal sabia que era uma mal disfarçada neurose!!!!
Vamos rir para não chorar!
Ainda não sei exatamente porque criei este modelo, a teoria mais forte que me permito, é que ser “casado” era um componente aceitável, enquanto ser solteiro (gay solteiro = gay promiscuo) era inaceitável.
Claro que não é tão simples, deve ter mais coisa com a questão da homossexualidade, meu pai, mas ainda vai precisar de escaranfunchar muito.
Sei que não posso confiar totalmente nas coisas, todo mundo me fala isto, sei que promossesas e acordos podem ser quebrados, sei que não preciso abrir mão de coisas que acredito , fidelidade por exemplo, mesmo que sejam conceitos difíceis de cumprir . Sei que se eu confiava totalmente era muito mais uma defesa do que lidar com a realidade, mesmo eu não mereço tanta confiança assim ás vezes - e eu não queria admitir isto.
Mas sei que ele tb esta tentando fazer a parte dele, sei que as perspectivas são boas, sei o que quero, o que gosto, o que posso. Bom, é isto, resolvi contar um pouco dos caminhos que estou trilhando. Será que estou fazendo besteira? Devo voltar a confiar? devo apostar que as coisas vãomelhorar?

2 de fevereiro de 2009

Você sabe onde fica a Islândia?

REIKJAVIK (AFP) - Johanna Sigurdardottir, casada com uma escritora desde 2002, tornou-se neste domingo, aos 66 anos, a primeira mulher à frente do Executivo da Islândia.
Johanna Sigurdardottir, além de primeira mulher no país a ocupar o cargo de primeira-ministra é a primeira chefe de governo ocidental a assumir abertamente sua homossexualidade.
"Fui convocada pelo presidente da Islândia para formar o novo governo, e conseguimos um gabinete baseado em novos valores sociais", disse.
A líder social-democrata é considerada uma das personalidades políticas mais experientes do país. Ministra dos Assuntos Sociais no antigo governo, é conhecida por seu compromisso em favor dos mais pobres, o que lhe valeu o apelido de "Santa Joana".
Sempre muito discreta sobre sua vida privada, sem no entanto esconder a orientação sexual, Johanna Sigurdardottir casou-se em 2002 com a companheira Jonina Ledsdottir.
O presidente Grimsson, após tê-la recebido, para oficializar o novo governo, declarou que sentia um "grande prazer" com essa nomeação, porque ela se torna a "primeira mulher islandesa" a ocupar o posto.
"Todos os ministros de meu governo deverão trabalhar rápido e energicamente" para levantar nossa situação econômica, declarou Sigurdardottir à imprensa.
Sua sexualidade nunca foi um problema na Islândia onde, inclusive, seu casamento com a escritora Jonina Ledsdottit, de 54 anos, apareceu no site oficial do governo.
No entanto, sempre se recusou a falar em público sobre esta questão e nunca concedeu entrevista sobre sua vida privada.
Em pesquisa realizada em dezembro, 73% dos islandeses se mostraram satisfeitos com seu trabalho à frente do ministério de Assuntos Sociais.
Nasceu em 4 de outubro de 1942 em Reikiavik, tendo sido aeromoça (entre 1962 e 1971), antes de entrar na política, em 1978, como deputada no parlamento.
Entre 1976 e 1983 foi membro do comitê de direção do sindicato de empregados do setor comercial.
Foi vice-presidente do partido Social-Democrata entre 1984 e 1993, mas fracassou na tentativa de presidir o partido em 1994. Então, declarou: "Minha hora chegará". Um ano depois criou um partido de esquerda dissidente da social-democracia, o Thjodvak (Movimento Nacional) que se fundiu em 1997 com os social-democratas.
Para chegar à chefia do governo, Sigurdardottir contou com o apoio do atual presidente de seu partido, Ingibjorg Solrun Gisladottir, de quem é amiga íntima.
Johanna Sigurdardottir tem dois filhos: Sigurdur Egill, nascido em 1972, e David Steinar, nascido em 1977.

21 de janeiro de 2009

Obam apoia ABERTAMENTE as causas Homossexuais

Sei que pode ser um certo entusiasmo ou desejo de mudanças, mas achei signficativo que o Obama tenha colcoado de forma tão especifica, em seu site, já no primeiro dia de governo, uma posição tão clara com relação á questões polemicas que nos interessam, discriminação no emprego, direitos á adoção, oficialização das uniões gays. Copiei direto do site da "White House"
Deposi do Lula participar do Congresso GLBT em Brasilia, esta é uma noticia que tb surpreende

Vejam:

Support for the LGBT Community
"While we have come a long way since the Stonewall riots in 1969, we still have a lot of work to do. Too often, the issue of LGBT rights is exploited by those seeking to divide us. But at its core, this issue is about who we are as Americans. It's about whether this nation is going to live up to its founding promise of equality by treating all its citizens with dignity and respect."
-- Barack Obama, June 1, 2007

Expand Hate Crimes Statutes: In 2004, crimes against LGBT Americans constituted the third-highest category of hate crime reported and made up more than 15 percent of such crimes. President Obama cosponsored legislation that would expand federal jurisdiction to include violent hate crimes perpetrated because of race, color, religion, national origin, sexual orientation, gender identity, or physical disability. As a state senator, President Obama passed tough legislation that made hate crimes and conspiracy to commit them against the law.

Fight Workplace Discrimination: President Obama supports the Employment Non-Discrimination Act, and believes that our anti-discrimination employment laws should be expanded to include sexual orientation and gender identity. While an increasing number of employers have extended benefits to their employees' domestic partners, discrimination based on sexual orientation in the workplace occurs with no federal legal remedy. The President also sponsored legislation in the Illinois State Senate that would ban employment discrimination on the basis of sexual orientation.

Support Full Civil Unions and Federal Rights for LGBT Couples: President Obama supports full civil unions that give same-sex couples legal rights and privileges equal to those of married couples. Obama also believes we need to repeal the Defense of Marriage Act and enact legislation that would ensure that the 1,100+ federal legal rights and benefits currently provided on the basis of marital status are extended to same-sex couples in civil unions and other legally-recognized unions. These rights and benefits include the right to assist a loved one in times of emergency, the right to equal health insurance and other employment benefits, and property rights.

Oppose a Constitutional Ban on Same-Sex Marriage: President Obama voted against the Federal Marriage Amendment in 2006 which would have defined marriage as between a man and a woman and prevented judicial extension of marriage-like rights to same-sex or other unmarried couples.
Repeal Don't Ask-Don't Tell: President Obama agrees with former Chairman of the Joint Chiefs of Staff John Shalikashvili and other military experts that we need to repeal the "don't ask, don't tell" policy. The key test for military service should be patriotism, a sense of duty, and a willingness to serve. Discrimination should be prohibited. The U.S. government has spent millions of dollars replacing troops kicked out of the military because of their sexual orientation. Additionally, more than 300 language experts have been fired under this policy, including more than 50 who are fluent in Arabic. The President will work with military leaders to repeal the current policy and ensure it helps accomplish our national defense goals.

Expand Adoption Rights: President Obama believes that we must ensure adoption rights for all couples and individuals, regardless of their sexual orientation. He thinks that a child will benefit from a healthy and loving home, whether the parents are gay or not.

Promote AIDS Prevention: In the first year of his presidency, President Obama will develop and begin to implement a comprehensive national HIV/AIDS strategy that includes all federal agencies. The strategy will be designed to reduce HIV infections, increase access to care and reduce HIV-related health disparities. The President will support common sense approaches including age-appropriate sex education that includes information about contraception, combating infection within our prison population through education and contraception, and distributing contraceptives through our public health system. The President also supports lifting the federal ban on needle exchange, which could dramatically reduce rates of infection among drug users. President Obama has also been willing to confront the stigma -- too often tied to homophobia -- that continues to surround HIV/AIDS.

Empower Women to Prevent HIV/AIDS: In the United States, the percentage of women diagnosed with AIDS has quadrupled over the last 20 years. Today, women account for more than one quarter of all new HIV/AIDS diagnoses. President Obama introduced the Microbicide Development Act, which will accelerate the development of products that empower women in the battle against AIDS. Microbicides are a class of products currently under development that women apply topically to prevent transmission of HIV and other infections.