19 de junho de 2010

Domingo é dia dos pais...

 

...nos EUA!

 

Father's Day is June 19

He showed you how to ride a bike, he fixed broken toys and taught you that doing the right thing always counts. It's your chance to let him know how much all those things mattered. Here's to you, Dad.


18 de junho de 2010

"Meu pai é gay" - Histórias de quem vive essa realidade

Preconceito pode ser aprendido em casa - e essa lição elas nunca tiveram. Garotas de famílias assumidamente homossexuais contam como é conviver com papai e papai (ou mamãe e mamãe)

texto de  Sandra Soares e Thiago Bronzatto, para a revista Gloss


Durante toda a infância, a americana Abigail Garner sentia o coração acelerar toda vez que alguém mencionava a palavra "bicha" na sala de aula. De uma primeira geração de crianças criadas em famílias alternativas assumidas, ela cresceu mostrando o boletim escolar e negociando o horário de voltar para casa com uma mãe e dois pais - seu pai biológico decidiu viver com outro homem quando ela tinha 5 anos. Hoje, aos 33, é uma das mais conhecidas defensoras da causa gay no país, apesar de ser heterossexual. Desde 1999 escreve textos e dá palestras que ajudam filhos de homossexuais americanos - segundo estimativas, pelo menos oito milhões de crianças e adolescentes. Seu blog e seu livro, Families like Mine: Children of Gay Parents Tell It like It Is (numa tradução livre, Famílias como a Minha: Filhos de Pais Gays Contam como É), são referências no assunto.

Nos Estados Unidos, é comum que famílias como a dela assumam publicamente sua condição. Por lá, já existem até revistas voltadas para gays com filhos. A que ficou mais conhecida é a And Baby, lançada em 2001. Chegou a ter tiragem de cem mil cópias e fez sucesso com dicas para, por exemplo, papai e papai se saírem bem ao acompanharem a filha na compra de bonecas. O Brasil tem cerca de seis milhões de homossexuais e sedia a segunda maior Parada do Orgulho Gay do planeta. Mas só agora começa a lidar abertamente com o tema. "As famílias homoparentais são sempre existiram, mas eram invisíveis por causa do preconceito", afirma o sociólogo Alípio Sousa Filho, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e editor da Bagoas, publicação semestral de estudos sobre homossexualidade. "Dos anos 80 para cá, há avanços na aceitação da diversidade e eles estão ganhando mais visibilidade."



Filhos de gays não precisam colecionar, necessariamente, relatos traumáticos como os de Abigail. Filha adotiva do apresentador Leão Lobo - gay assumidíssimo -, Ana Beatriz Mota Lobo, 16 anos (foto acima), garante que raramente sofreu preconceito por causa do pai. "Meu namorado, por exemplo, se espantou mais por saber que o sogro era o cara das fofocas da TV do que com a opção sexual dele", diverte-se ela. Ana fala de sua criação com uma normalidade absoluta e não tem grandes dramas para contar. O problema começa da porta para fora. Mesmo completamente amparada, ela vive em uma família sem os mesmos direitos que as outras. Se o seu pai quiser se casar com o namorado, por exemplo, não pode. Já se vão doze anos desde a entrada, no Congresso Nacional, da proposta de legalização da parceria civil entre pessoas do mesmo sexo. E o projeto nunca foi votado. Mesmo sem amparo legal, as famílias formadas por casais gays vêm conseguindo vitórias na Justiça. Ao divulgar em 2002 a resposta ao pedido de custódia do filho biológico de Cássia Eller, feito pela viúva da cantora, o juiz que cuidou do caso escreveu: "A questão da homossexualidade não tem importância. O essencial foi assegurar o interesse pessoal de Chicão". Pela decisão, o garoto, hoje com 15 anos, permaneceu com Maria Eugênia Vieira Martins, companheira de Cássia nos últimos quinze anos de sua vida. A decisão abriu caminhos para casos semelhantes.

Tudo o que se relaciona à sexualidade, algo tão íntimo, se confronta com o mundo exterior. Crenças religiosas, maneiras de ver a vida, o lugar onde se vive - as variáveis são imensas. No caso dos filhos de gays, essa situação tende a ser exponencialmente maior. Bruna Peixe dos Santos, 16 anos, sofreu muito a perda de um namorado e de algumas amigas que se afastaram quando foram apresentados a seu "pãe". Bruna tem uma mãe biológica que nasceu mulher, mas optou pela identidade masculina. É um transexual - e adotou o nome de Alexandre Santos, o Xande, atual secretário da Associação da Parada do Orgulho Gay. "Até os 5 anos minha filha ouvia eu me apresentar como lésbica", explica Xande. "Quando compreendi que na verdade eu tinha identidade oposta ao corpo com que vim ao mundo, mudei meu discurso e meu nome." Entender todas essas mudanças foi o mais difícil para Bruna. "Era tudo meio confuso. Mas nunca tive vergonha do meu 'pãe'. Quando eu era mais nova, ameaçava bater em quem falava mal dele."



Como se vê, quando se chega perto das famílias com pais gays, é possível perceber que quase sempre o problema maior vem de fora - mesmo quando a relação dos pais com a sexualidade parece confusa. Somente há pouco mais de quinze anos o homossexualismo foi retirado da Classificação Internacional de Doenças publicada pela Organização Mundial de Saúde. Há mais tempo do que isso, no entanto, as primeiras gerações de filhos de gays assumidos mostram que família é família. E digam o que quiserem lá fora

"Durante muito tempo, eu me recusei a responder à pergunta: 'Você é heterossexual?' Como outros jovens de famílias como a minha, ser confrontada com essa questão me fazia sentir como que colocando meu pai sob julgamento. Ser filho de homossexuais não significa que uma criança tenha mais ou menos chances de ser gay, mas essa é uma das discussões que mais vêm à tona quando se fala sobre famílias alternativas. Tive a sorte de saber que meu pai era gay antes de conhecer a homofobia. O preconceito é algo que se aprende e, aos 5 anos, eu não havia aprendido."

Depoimento de Abigail Garner

17 de junho de 2010

Construindo relações com os filhos...ao longo do tempo

Acho que a parte mais interesante, mais estimulante, de ter filhos, é ver a mudança das pessoas ao longo do tempo. 
Você tem a seu lado uma pessoa que não sabe as coisas e não tem medo de perguntar, aliás, algumas crianças tem o botão "perguntador" sempre no ON durante uma certa fase.
Você também tem a seu lado uma pessoa que constantemente revê seus conceitos e até suas "verdades", numa ano o quente é a Barbie, no outro é a Wanessa Camargo e no seguinte Justin Bieber!
Com filhos você tem a seu lado uma pessoa que te admira quase incodicionalmente, seja você feio, ladrão, gay ou totalmente burro! Não importa que defeitos você acha que tem, ela sempre te admira!
Mas isto é uma arma de dois gumes, se você não estiver imbuido do desejo real de fazer esta pessoa crescer, se tornar uma pessoa feliz e integra, você pode usar tudo isto contra seu filho, são os chamados pais "tóxicos", que detonam a auto estima do filho, que querem alguem subjugado, alguem subserviente.
E nos casos mais graves, os pais abusadores, pedófilos...e não nos enganemos... que isto só acontece nas famílias miseráveis...

Para criar minha filha eu percebi que o amor era a palavra chave, não o amor sem limites, mas o amor verdadeiro, que apoia, que escuta, que fala NÃO realmente só quando precisa falar, pois eu sempre tive em mente que estava criando uma pessoa, e não "cuidando de uma criança",que são coisas bem diferentes...
Todo pai, e mãe,que trabalha, sente um certo sentimento de culpa por delegar uma parte da educação e cuidado de seus filhos á escola, á empregada, á avó, á babá....Por isto é muito importante reservar MESMO, agendar se for preciso, momentos para ficar com os filhos, senão este tempo nunca aparece.
Ei, masnão acha que vai educar uma pessoa, transmitir tudo o que quer, em poucas horas..os seres humanos demoram para aprender, para entender, aceitar...o tempo é um fator fundamental para maturar as ideías!
E, sempre, sempre, a VERDADE, especialmente para os homossexuais, homens e mulheres, que fizeram a opção de ter filhos , e aí é opção mesmo, não orientação! Pois através da adoção ou outros meios, eles revertem a lógica de nãopoderme ter filhos. É claro que para aqueles que tem filhos advindos de um relacionamento heterossexual anterior a questão é um pouco diferente...mas penso que a verdade ainda deve ser um objetivo a ser alcançado!

Acho que daria até para montar algum tipo de equação de relacionamento com os filhos.
Os fatores desta equação poderiam ser:
T= tempo (em  anos)
Tc = Tempo de convivência (em horas diárias)
A= Afeto e atenção (acho que dá para medir em beijos)
V= Verdade (em que medimos isto?)
C= Crescimento da pessoa (medido em felicidade!)

Na minha cabeça a fórmula poderia ser algo como:
C = [(T+Tc) A ]V
Ou seja, o Crescimento, o fator felicidade de nossos filhos, seria igual ao passar dos anos, somado ao nosso tempo de convivência com eles, multiplicado pelos amor e beijos. Mas todo este número será negativo se o fator Verdade for negativo!

E você, qual sua fórmula, para criar seus filhos ou de vida?

14 de junho de 2010

Para que servem os grupos?

Neste fim de semana, os grupos de que faço parte de alguma forma, estiveram envolvidos em discussões para lá de interessantes, eu diria até estimulantes.
O Grupo de Pais Homossexuais, coordenado pelos psicólogos Vera Moris e Edson Efendi, discutiu a relação dos pais com as ex-esposas, com filhos e companheiros. O interessante é que os companheiros foram convidados a participar pela primeira vez, para se pudesse ouvir também o lado deles, em especial sobre a divisão de tempo e atenção.
Já no Grupo de Adoção - Projeto Acolher - houve a palestra da geneticista Fernanda Jeehe, que expôs o real peso da questão genética na formação das pessoas e o quanto isto deve ser determinante no processo de escolha de um filho por adoção.
Por último, o Projeto Purpurina, coordenado pela incansável Edith Modesto, abriu a discussão para os relacionamentos, os namoros e o sexo, tema muito propício para a semana dos namorados justamente num grupo que lida com adolescentes homossexuais.

Para mim os grupos de apoio, com se caracterizam os tres que citei, são fundamentais no apoio ao desenvolvimento das pessoas. Primeiro porque de certa forma, as pessoas se sentem menos sozinhas, pois no grupo podem se reconhecer no outro, se assemelhar ao outro, e por mais que gostemos de ser únicos e exclusivos, nos reconfortamos quando somos "iguais" a outros, em especial no que pode a princípio ser nossa fraqueza.
Depois porque nestes grupos as pessoas, entre iguais, tem oportunidade de abordar assuntos que dizem respeito a seu mundo mas que tem paralelo com as experiências de outros, o que pode siginificar um aprendizado, uma compreensão, do seu mundo a partir da visão do outro.
Como são pessoas em situações parecidas fica mais fácil estabelecer um diálogo, mesmo pessoas com níveis de escolaridade e social bastante diferentes, elas tem um "idioma" em comum, um assunto em comum, que permite que durante alguasm horas elas convivam em estdo de igualdade.
Com isto tudo as pessoas acabam se encontrando com a verdade, a sua propria verdade, muitas vezes nas suas próprias colocações, muitas vezes nas colocações dos outros, ouvindo verdades que são comuns a todos...

Eu acho a ideia dos grupos de ajuda mútua muito estimulantes, e você faz parte de algum?

13 de junho de 2010

“Papai é gay, meu filho”

Entrevista - Mau Couti, Fotógrafo e blogueiro

06/06/2010 - 00h00 (Outros - A Gazeta)
por Elaine Vieira da rede Gazeta evieira@redegazeta. com.br


“Papai é gay, meu filho”

O fotógrafo Maurício Coutinho, 44 anos, é gay. Depois de anos tentando lutar contra seu desejo, numa época em que era feio e perigoso ser homossexual, ele conseguiu se assumir. A maior preocupação passou a ser como contar para o filho Bryan, então com 8 anos. Sabe o que o menino, hoje com 18 anos e uma tatuagem do nome do pai no braço esquerdo, disse? “Vão te sacanear, papai". Dito isso, logo depois passou a cobrar: “Você não disse que o namoro era igual, só que entre dois homens? Então manda beijo”, quando o pai desligou o telefonema para o namorado. Para contar sua história e ajudar outros como ele, Mau Couti- como é conhecido profissionalmente - criou o blog Papai Gay, para que crianças e adultos possam encarar o homossexualismo com a mesma naturalidade - e respeito - de Bryan.

Como você se descobriu homossexual?
Desde criança eu sempre soube que era gay, já admirava amigos do meu pai. Eram os homens que despertavam minha sexualidade. Meu pai era militar, mas não era o tipo de pessoa preconceituosa. Mas eu não conseguia me aceitar. Era anos 1980 e não havia ídolos gays. A personagem em voga era a travesti Rogéria, com quem eu não me identificava. Então eu fiquei assim, negando a minha realidade dos 8 aos 14 anos, quando tive minha primeira relação sexual com um homem.

Mas você também teve relacionamentos com mulheres.
Entre os 14 e os 18 anos também tive experiências com mulheres. Eu era considerado um bom partido, então pegava todas as meninas. E pegava homens também, mas com eles era tudo muito escondido, clandestino. Eu achava que com homens era só sexo, que eu nunca ia me apaixonar por nenhum, até porque eu também via aquilo tudo como muito sujo. E sexo é sexo, é bom, principalmente quando se é adolescente, então eu acabava ficando com as mulheres, porque eu também gostava e me apaixonava loucamente por elas. Quando tinha 18 anos, surgiu forte a questão da Aids, a história do Cazuza, e ninguém sabia direito como é que pegava aquilo. Na dúvida, preferi continuar transando com mulheres, porque, além do prazer, parecia mais seguro. E depois, quando decidi contar tudo pro meu pai, ele também acabou me influenciando a tentar com mulheres.

Por que você optou por sufocar sua sexualidade?
Eu gostava de mulheres, mas a atração maior era por homens, sempre foi. Estava muito na dúvida. Sabia que era gay, mas não queria ser. Naquela época ninguém queria ser gay, porque era muito difícil. Além disso teve a influência do meu pai. Foi bom ter contado tudo para ele, parecia que eu tinha me livrado de um câncer, mas, nessa conversa, meu pai, que era muito inteligente, acabou me influenciando, mostrando que já que eu tinha prazer com mulheres deveria continuar com elas. E aí a gente começou a se identificar mais um com o outro e eu me senti mais hetero. Foi então que me apaixonei pela mãe do meu filho, com quem casei aos 20 anos. Ficamos 10 anos juntos e eu sufocando minha homossexualidade. Fomos morar nos Estados Unidos e depois de 7 anos de casamento começamos a nos desentender, como todo casal. Depois de um tempo resolvi que queria viver tudo aquilo que eu tinha vivido com ela, uma relação séria, com um homem.

Foi aí que você começou a se aceitar?
Nos Estados Unidos, desde aquela época, os gays eram muito mais assumidos, tinham muito mais direitos conquistados e isso me ajudou a me aceitar. Quando eu voltei pro Brasil, decidi que a sociedade brasileira machista não ia mais me prender. Me separei, me apaixonei por um menino de 18 anos (eu tinha 30 na época) e assumi para a família toda.

E como foi esse processo até contar para o seu filho?
Foi uma confusão enorme. Minha separação teve briga na Justiça e tudo. Mas depois conseguimos nos entender e passamos a ter uma relação legal para poder criar nosso filho. Juntos, decidimos qual seria a melhor hora para contar para o Bryan. Aconteceu quando ele tinha 8 anos.

Foi mais difícil contar para ele do que para seus pais?
Pelo contrário, foi muito mais fácil. Depois que contei, percebi que nunca deveria ter escondido. A preocupação era se isso poderia influenciar a sexualidade dele, mas eu sabia que um gay já se reconhece assim desde pequeno. Se meu filho fosse gay, ele ia continuar sendo. Se fosse hetero, pelo menos ia se tornar um cara mais aberto, mais liberal, sem preconceitos. E foi isso que aconteceu. Esconder é subestimar a inteligência das crianças, a capacidade delas em entender uma coisa que existe desde sempre. A maldade está muito mais na cabeça dos adultos. Depois que contei, ele fez algumas perguntas sobre como é namoro, o que faz ou não. Eu respondi na medida do possível e em uma semana ela já tinha assimilado tudo.

O que o surpreendeu?
Nosso diálogo foi lindo. Eu perguntei para ele se teria problema se o pai fosse gay, ele disse que não. Então eu confirmei: “Pois é, papai é gay, meu filho”, e a primeira reação dele foi chorar e dizer que as pessoas iam me sacanear. Aí eu expliquei que todo mundo já sabia, menos ele. E ele quis que eu tivesse contado antes.

Você acha que a sua opção se refletiu de alguma forma na adolescência do seu filho, na relação dele com os amigos?
Lógico que as pessoas reagiram. Ele começou contando apenas para os amigos mais íntimos e, sem querer, acabou se tornando um militante no colégio, excluindo amigos que falavam coisas preconceituosas.

E ele participa da sua vida amorosa?
Nos finais de semana em que ele ficava comigo, viajávamos com meu namorado. No começo não tinha beijo, carinho, nada, era como se fosse um amigo. Mas depois que ele ficou sabendo, ele mesmo cobrava. Numa ligação para meu namorado, disse: “pai, você não falou que o namoro era a mesma coisa, só que entre dois homens? Então porque não mandou um beijo antes de desligar?”. Ele me fez ligar de novo, só para mandar beijo, e isso mostra a naturalidade com que encarou as coisas. É uma besteira não mostrar carinho, não beijar na frente de crianças, porque é exatamente isso que um casal hetero faria.

Que tipo de preconceito mais o incomoda?
É não poder andar de mãos dadas na rua. Não poder dar um beijo no meu namorado quando tiver vontade. Só acha que está tudo bem quem se satisfaz com subcidadania. Sou uma pessoa como todas as outras e tenho que ter os mesmos direitos de todo mundo. Por isso a homofobia tem que ser criminalizada. Só assim a sociedade brasileira vai entender que eu tenho o direito de passear de mãos dadas com meu namorado pela rua, sem achar que eu esteja agredindo ninguém. Se as crianças virem, melhor, aí os pais vão poder explicar que é normal e não teremos mais pessoas bitoladas, porque apesar da maior exposição dos gays, ainda tem muita gente por aí que acha que pode espancar uma pessoa só por causa da sua opção sexual.

Você está fazendo sua parte...
Criei o blog para falar sobre o que vivo e ele acabou virando uma ferramenta de utilidade pública, com as pessoas me procurando para tirar dúvidas. Da minha parte, acho que sou o único homem do mundo que quer que o filho seja gay. Queria pelo menos que ele experimentasse, mas ele não quer. Eu transei com um monte de mulher e nem por isso deixei de ser gay. Um hetero pode se permitir experimentar sem deixar de sê-lo também. Até brinco, dizendo que não adiantou nada tocar Cher quando ele era criança, meu filho acabou virando metaleiro!



10 de junho de 2010

dia 12...


Você curte o dia dos namorados? Eu curto muito esta coisa brega que é o amor! Me conta, como vai ser seu dia dos namorados?

9 de junho de 2010

União Homossexual: união cível, união de fato ou união homoafetiva?

Por Sérgio Alexandre Camargo em 06/06/2010

Chega como ponta de um iceberg o questionamento, se pessoas do mesmo sexo têm, ou não, o direito de casarem-se, e se este ‘casamento’ poderia ser chamado de União Homoafetiva, como preconiza a Dra. Maria Berenice, desembargadora aposentada no Rio Grande do Sul, e advogada militante; ou como realizam boa parte dos tabeliães em nosso país, quando o fazem, como mera União Civil, ou União de Fato.

O próprio Ministério Público Federal reconhece que, a alegação de que a impossibilidade de procriação justificaria a não-proteção da união entre pessoas do mesmo sexo é equivocada, na medida em que o incentivo à procriação não é objetivo da tutela legal dispensada à união estável, isto é, o direito não espera que a união heterossexual gere filhos, ainda que a religião assim pretenda. À partir deste argumento não seria de se aceitar a afirmação de que fator para negar a possibilidade de reconhecer a União Homoafetiva, seria a impossibilidade reprodutiva.

É fácil entender hoje em dia, que várias são as razões que levam duas pessoas a desejarem uma vida em comum, sendo reconhecidas pelo direito. A não possibilidade de gerar prole por si só, não pode ser indicativo da ausência de legitimidade a constituição de uma família. Há grave problema na sociedade brasileira, construído ao longo dos séculos pela plena falta de planejamento de crescimento populacional, em que hoje resulta nas grandes cidades número incalculável de menores abandonados pelos pais biológicos, impactando em diversos fatores da sociedade, como crescimento das demandas por serviços públicos, incremento do fenômeno da favelização, e incentivo a criminalidade. Boa parte da comunidade homossexual gostaria de poder adotar uma criança, para incrementarem seu apetite familiar, o que na pratica apresenta forte grau de dificuldade diante o direito brasileiro, e da sociedade como um todo.
O progresso na direção de unificar os direitos dos casais homossexuais, em nível igual ao dos heterossexuais é visível, ainda que retrocessos ocorram, como no caso de decisão do Superior Tribunal de Justiça (Brasília), que no Recurso Especial n. 502.995-RN, mencionou que a primeira condição que se impõe à existência da união estável é a dualidade de sexos, sendo a homossexual inexistente juridicamente no que tange ao casamento, ou união estável, podendo apenas configurar-se como sociedade de fato, cuja dissolução assume contornos econômicos, resultantes da divisão do patrimônio comum, com incidência no direito das obrigações, e não no direito de família. Lamentável a decisão. E a questão afetiva? E a relação humana por trás do direito, como justificarmos a existência do próprio Estado, se não levarmos em consideração seu fator de criação preponderante: O Povo… o povo homossexual.

Como membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família, Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Barra da Tijuca, e advogado militantes, somos diversas vezes questionados sobre os direitos dos homossexuais. Hoje há grande gama de direitos reconhecidos pela força da advocacia, dos direitos humanos e da jurisprudência, que através de árduo trabalho conjunto apresentam soluções modernas, para situações recorrentes, cotidianas.

Um grande passo é registrar junto aos cartórios escritura pública de UNIÃO HOMOAFETIVA, como variante da união estável, o que infelizmente poucos tabeliães estão dispostos a fazer, por mero preconceito. Essa modalidade de união levam a equiparação dos direitos, que hoje assistem aos companheiros, e companheiras da relações heterossexuais, tais quais:

• Direito a alimentos;
• Direito à sucessão do parceiro falecido;
• Direitos à percepção de benefícios previdenciários;
• Direito a fazer declaração conjunta de Imposto de Renda;
• Direito de sub-rogar-se no contrato de locação residencial de companheiro falecido, ou de prosseguir no contrato no caso de dissolução da união;
• Direito à visitação em presídios;
• Direito à obtenção de licença para tratamento de pessoa da família;
• Direito à licença no caso de morte do companheiro ou companheira, dentre outros.

Atualmente, conseguimos a maior parte destes através da advocacia, na via judicial.
Há cartórios no Rio de Janeiro, dispostos a reconhecer a União como HOMOAFETIVA, o que facilita o cônjuge restante, nos momentos dos dissabores da vida.
É importante a sociedade, e os órgãos públicos perceberem que a comunidade homossexual veio para ficar, e cada vez mais compõem todos os setores da sociedade, como brasileiros participativos e atuantes. Mantê-los no preconceito, e à sombra da sociedade e tentar retardar o futuro que já está presente, e que virá haja ou que houver.
Estamos à disposição para responder a qualquer questionamento dos leitores através do e-mail sergiocamargo@ sergiocamargo. com .

*Sérgio Alexandre Cunha Camargo é Advogado militante, Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB Barra da Tijuca, membro do Grupo de Trabalho da Diversidade Sexual da OAB RJ, membro do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família), professor de direito público da EMERJ, FESUDEPERJ, PUC RIO, do Instituto Bramante de Estudos Legais, dentre outros.

Maioria é contra adoção por casal gay

matéria da folha de São Paulo escrito por Rafael Andrade/Folhapress

Datafolha ouviu 2.660 pessoas no país e 51% reprovaram esse direito; mulheres e mais jovens são mais favoráveis

"O fato de quase 40% da população apoiar a adoção gay é uma ótima notícia", diz Toni Reis, presidente da ABGLT

Quase dois meses após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) reconhecer que casais homossexuais têm o direito de adotar, 51% dos brasileiros dizem ser contra essa prática. Outros 39% são favoráveis à adoção por gays.

É o que revela pesquisa Datafolha realizada entre os dias 20 e 21 de maio com 2.660 entrevistados em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

As mulheres são mais tolerantes à adoção por homossexuais que os homens: 44% contra 33%. Da mesma forma que os jovens em relação aos mais velhos: na faixa etária entre 16 e 24 anos, a prática é apoiada por 58%, enquanto que entre os que têm 60 anos ou mais, por apenas 19%.

"Já é um grande avanço. Na Idade Média, éramos queimados. Depois, tidos como criminosos e doentes. O fato de quase 40% da população apoiar a adoção gay é uma ótima notícia", diz Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).

Ele reconhece, porém, que o preconceito é ainda grande. "Serão necessárias muitas paradas e marchas para convencer a população de que somos cidadãos que merecemos o direito da paternidade e da maternidade."

A taxa de pessoas favoráveis à adoção por homossexuais cresce com a renda (49% entre os que recebem mais de dez salários mínimos contra 35% entre os que ganham até dois mínimos) e a escolaridade (50% entre os com nível superior e 28%, com ensino fundamental).

Para a advogada Maria Berenice Dias, desembargadora do Tribunal de Justiça do RS, a tendência é que a decisão do STJ sirva de jurisprudência em futuras ações e que isso, aos poucos, motive mais pessoas a aprovarem a adoção por homossexuais.

"A maioria da população brasileira ainda é conservadora, mas já foi pior."

Entre as religiões, os católicos são os mais "progressistas": 41% se declaram a favor da adoção por homossexuais e 47%, contrários. Entre os evangélicos pentecostais, a desaprovação alcança o maior índice: 71%, contra somente 22% favoráveis.

O padre Luiz Antônio Bento, assessor da comissão para vida e família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), afirma que a adoção por homossexuais fere o direito de a criança crescer em um ambiente familiar, formado por pai e mãe, e isso pode trazer "problemas psicológicos à criança".

A psicóloga Ana Bahia Bock, professora da PUC de São Paulo, discorda. "A questão é cultural. Se a criança convive com pessoas que encaram com naturalidade [a sexualidade dos pais], ela atribui um significado positivo à experiência."

8 de junho de 2010

7 capitais já tiveram decisão favorável a gays

materia de JOHANNA NUBLAT e LARISSA GUIMARÃES da sucursal de Brasílila da FOLHA, publicada dia 4/06/2010


As irmãs Valesca, 8, e Vanessa, 6, têm novos pais desde 2009. E, no caso delas, a família é realmente composta por dois pais.

Carlos Alberto Oliveira, 57, e André Luiz de Souza, 36, conseguiram o que ainda é hoje uma proeza no país: adoção conjunta por um casal do mesmo sexo.

Julgamentos favoráveis a esse tipo de adoção são uma realidade em 45% das capitais brasileiras, segundo levantamento da Folha. Em apenas sete delas, porém, a adoção já foi concedida; em outras cinco, os pedidos aguardam decisão final.

A reportagem procurou todas as varas de infância das capitais após a inédita sentença do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que garantiu o direito de um casal de lésbicas de adotar juntas duas crianças.

Apesar de não ser vinculante, a posição do STJ influenciará futuros casos. Na ausência de lei, a decisão fica a critério do juiz.

O fato de haver na capital paulista decisões favoráveis e contrárias à adoção mostra a divergência e a insegurança jurídica que envolvem o tema.

"A lei não prevê taxativamente a adoção por este ou aquele casal", diz Raul José de Felice, juiz em Santana (zona norte) que já concedeu adoção a três casais gays desde 2007.

No fórum da Penha (zona leste), um pedido foi negado com o argumento de que não há previsão legal. "Não fiz nenhuma menção à discriminação pela orientação sexual", diz Paulo Sérgio Puerta dos Santos, à época promotor da infância da vara e hoje diretor-geral do Ministério Público de SP.

O casal de mulheres foi, então, orientado para que a adoção fosse feita oficialmente por uma delas.

No Rio, onde Valesca e Vanessa foram adotadas, há incentivo para que a adoção seja conjunta, diz a juíza Cristiana Cordeiro.





7 de junho de 2010

Uma estoria de amor!

No site do UOL achei esta linbda estoria de maor de duas mulheres, linda comum e simples, clique no link :
uma estoria de amor!

3 de junho de 2010

" Eu gostaria que mais gays saissem do armário! EI PESSOAL! É BEM LEGAL AQUI FORA!

Elton Jonh - cantor

2 de junho de 2010

O que é uma Drag Queen?

"Uma Drag, é um homem vestindo roupas que uma lésbica jamais usaria!"

1 de junho de 2010

FESTA A ou D?

Nossa amiga e batalhadora Drica, do consagrado Boteco Ouzar, vai promover uma super festa dia 5 de junho, diversão na certa! Pois ela é excelente em reunir gente de bem com a vida e alegre!