20 de fevereiro de 2011

" Eu sabia que havia algo errado comigo por dentro, mas tinha esperança que um dia esta sensação desaparecesse. Não desapareceu."

Ricky Martin, cantor, em entrevista á revista Veja

16 de fevereiro de 2011

A fresta por onde vemos o mundo...

Há algum tempo atrás eu li o livro MENTES PERIGOSAS, da Psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, e uma das coisas que mais fiquei impressionado em perceber, foi a colocação dela que mutias vezes a visão que temos do mundo é a visão que nos mostram os psicopatas, ou seja, suas maldades e atrocidades nos fazendo ter uma visão equivocada do mundo. Ou seja, eles é que definiriam a imagem de mundo que temos.
Neste episodio da violencia que sofri percebi que com relação a violencia ja estamos vivendo algo parecido, muitas, muitas pessoas, tem alterado seu estilo de vida e atitudes baseados no seu contato com a violencia, e os exemplos são vários.
Pessoas que mandaram blindar seus carros, pessoas que deixaram de frequentar lugares, um empreendedor que esta criando umsite que vc vai poder acessar, antes de ir a algum lugar e ver o indice de crimes perto do local onde pretende ir, para ter mais informações se deve ir ou não, e assim por diante.
Mas o caso mais emblemático é de uma pessoa que me disse:
- Reparou que eu uso o relógio na mão direita? Não é por que eu sou canhoto não! É porque há muitos anos atras eu estava com a janela aberta do carro e roubaram meu relogio, ai nunca mais usei no braço esquerdo, e também uso relógio vagabundo.
Eu fiquei passado e engomado com a estoria! imagine a violencia diária que a pessoa sofre, todo dia, olhando para seu braço direito...caralho, que mundo para nossos filhos!
Eu também estou mudando minha visão de mundo a partir do meu contato com a violencia, mudando caminhos, um pouco mais medroso quando vejo gente na esquina, japensei em mudar de bairro, ja pensei em outras coisas, e acho isto tudo um saco, um verdadeiro stress.

De novo, eu também passo os dias agradecendo estar vivo, não terem machuucado ninguem, estar sozinho, eu sei que no final eu "dei sorte".

EM TEMPO: brigadão por todos que me mandaram email e me telefonaram solidarios, brigado mesmo, eu nunca tive a sensibilidade de fazer isto quando outras pessoas sofreram coisas parecidas...fiquei ate com vergonha e me achei super egoista...

9 de fevereiro de 2011

a Violencia bate ás portas...

Pai de adolecescente já tem na sua "descrição de cargo" sair de casa de madrugada para para buscar filhos (e coleguinhas) em festas e baladas, só que na sexta feira tive um  "bônus" nas minhas atribuições.
Eram duas e meia da manha e ao diminuir a velocidade numa lombada, apareceram dois caras apontando armas na frente do carro.
Gelo total.
O primeiro pensamento é acelerar e fugir, mas a arma tem um alcance imprevisivel. Ainda bem que pensei nisto somente um segundo, poiis quase imediatamente surgiu um terceiro batento no vidro da minha porta com a arma, e um quarto, tentando abrir a porta do passageiro.
Abaixei o vidro.
Um deles, com a arma apontada para meu rosto, encostada, vociverafa, EU VOU TE MATAR, EU VOU TE MATAR, VOCÊ VAI MORRER.
O outro me mandava ficar com as mãos levantadas e ao mesmo tempo passar tudo. (quase fiquei com vontade de falar PORRA COMO VOU TE PASSAR AS COISAS SE NÃO POSSO ABAIXAR A MÂO!)
Passeia  carteira, o celular...
E este que berrava que ia me matar tirou meu oculos de grau do bolso...
DESCE DO CARRO, DESCE DO CARRO, gritaram
Mas eu tinha que abaixar a mão para destravar as portas. Fiquei com medo que reagissem. A adrenalina dos caras era total, mas nao me parecima drogados.
Percebi que realmente podiam atirar, que minha vida estava por um segundo, pensava somente em minha filha, nem tanto preocupadao em morrer, mas com o que ia acontecer se eu morresse.
É claro que tudo isto, pensamentos, reações, acontecem em segundos. Agradecia o tempo todo por esta sozinho, que ainda nao tinha pego as crinaças na festa.
Desci do carro achando que iam levar o carro, mas sairam correndo depois que me mandaram sair andando.
Voleti para o carro e larguei correndo, só parando num posto de gasolina alguns quarteiroes adiante.
...
Mas ainda tinha que ir buscar meu pacotinho, e as amigas, na festa.só que o endereço estava anotado no celular que me roubaram (que tinha uma agernda de telefones que alimento há maiis de 10 anos...)
Ai tive que pedir um celular emrpestado para uma pessoa que estava abastecendo, ligar, pedir o endereço novamente
Fiquei na duvida se contava ou nao o que tinha acontecido, resolvi contar, com menos nuances da violencia.
Alias, eu fiquei , e estou , muito abalado, com o ocorrido, sem saber o que fazer doravante.  Um verdadeiro Stress pos traumatico.