18 de fevereiro de 2009

Não nos divorciem!

A dica deste vídeo veio do site MIX BRASIL. Como muitos sabem, durante alguns meses o casamento homossexual foipermitido no Estado da California, mas com a aprovação da PROPOSAL 8 os casamentos foram suspensos e os que ja aconteceram corremo risco de ser cancelados.

Este video, emocionante, pede que as pessoas nos "divorciem" os casais que se casaram neste período.

11 de fevereiro de 2009

meu RE-relacionamento

Quem acompanha um pouco deste blog sabe que minha vida deu uma girada recentemente, e acho legal eu dividir um pouco do que está acontecendo como um monte de gente que foi tão legal comigo, reLmente recebi mensagens incriveis neste período. A blogosfera é incrível!
Tenho uma amiga que chamou o que estou vivendo de RE-casamento, e gostei muito desta expressão que utilizou para falar do fato que eu e meu namorido ainda estarmos juntos depois de todo aquele “imbroglio”.
Realmente eu e ele retomamos nosso relacionamento de uma maneira nova, por isto o neologismo re-casamento é tão adequado. Para terem uma idéia, é tão RÊ que decidimos até morar juntos, uma coisa que enrolávamos fazia tempo.
Confesso a vcs que o baque da descoberta das mentiras - se bem que na realidade eu não descobri nada, foi ele que contou – foi forte e ainda não foi totalmente superado.
Mas no período eu ouvi muita gente e revi muitas coisas em minha vida.
Num primeiro momento , como muitos presenciaram, tive profunda raiva e magoa, nem tanto pela traição, mas pela mentira, a solução era acabar tudo e partir para outra.
Mas muita gente não pensava assim, até no blog encontrei gente me dizendo que o assunto não era tão grave assim. O que mais me surpreendeu foi encontrar gente de muito mais idade, e experiência, alguns deles heterossexuais, me dizendo que eu devia pensar com calma, que relacionamentos tem crises, que as pessoas não são perfeitas, que tudo pode ser conversado...fiquei besta, imaginava que a maneira que eu sentia era a unica possível!
Comecei a fazer terapia logo na semana seguinte, o que talvez tenha me ajudado muito a perceber melhor meus sentimentos e emoções, nunca achei que terapia fosse tão bom.
Eu não voltei para ele, eu não o perdoei, o que fizemos foi um novo pacto, um pacto mais maduro, mais consciente. Na realidade nunca chegamos a terminar, foi uma bela duma crise, no relacionamento, mas não no amor.
Eu percebi o que fazia errado, tolhia, queria controlar, queria perfeição, queria incondicionalidade, queria método, queria gratidão, reconhecimento, elogio, dedicação exclusiva. Queria um adulto e tratava como criança. Queria um homem mas tratava como incapaz.
E é claro que eu não conseguia nada disso. Pois eu estava lidando com alguém que em muitos aspectos era minha antítese (os opostos se atraem não é?).
Eu percebi que fiz muita coisa errada, sou bem funcional, tenho uma vida bem arrumadinha, mas sou um “Neurótico funcional”
Percebi que muitas das coisas que eu tinha como verdades absolutas, admitem nuances, percebi a sombra e a luz que tenho em mim, mas que não queria aceitar, pois queria seguir o modelo que eu acreditava como único possível: “o fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho”
È sério, João Gilberto na veia! Tenho até camiseta com a frase!
Eu acreditava piamente que a única maneira de ser feliz, de me completar, era estar “casado”. Tanto é que faz uns 25 anos que não sei o que é ficar sozinho. Emendava de um relacionamento no outro, 5 anos com um, 10 meses com outro, 3 anos com outro. Eu tinha maior orgulho disto, de ser um menino “casadoiro”, mal sabia que era uma mal disfarçada neurose!!!!
Vamos rir para não chorar!
Ainda não sei exatamente porque criei este modelo, a teoria mais forte que me permito, é que ser “casado” era um componente aceitável, enquanto ser solteiro (gay solteiro = gay promiscuo) era inaceitável.
Claro que não é tão simples, deve ter mais coisa com a questão da homossexualidade, meu pai, mas ainda vai precisar de escaranfunchar muito.
Sei que não posso confiar totalmente nas coisas, todo mundo me fala isto, sei que promossesas e acordos podem ser quebrados, sei que não preciso abrir mão de coisas que acredito , fidelidade por exemplo, mesmo que sejam conceitos difíceis de cumprir . Sei que se eu confiava totalmente era muito mais uma defesa do que lidar com a realidade, mesmo eu não mereço tanta confiança assim ás vezes - e eu não queria admitir isto.
Mas sei que ele tb esta tentando fazer a parte dele, sei que as perspectivas são boas, sei o que quero, o que gosto, o que posso. Bom, é isto, resolvi contar um pouco dos caminhos que estou trilhando. Será que estou fazendo besteira? Devo voltar a confiar? devo apostar que as coisas vãomelhorar?

2 de fevereiro de 2009

Você sabe onde fica a Islândia?

REIKJAVIK (AFP) - Johanna Sigurdardottir, casada com uma escritora desde 2002, tornou-se neste domingo, aos 66 anos, a primeira mulher à frente do Executivo da Islândia.
Johanna Sigurdardottir, além de primeira mulher no país a ocupar o cargo de primeira-ministra é a primeira chefe de governo ocidental a assumir abertamente sua homossexualidade.
"Fui convocada pelo presidente da Islândia para formar o novo governo, e conseguimos um gabinete baseado em novos valores sociais", disse.
A líder social-democrata é considerada uma das personalidades políticas mais experientes do país. Ministra dos Assuntos Sociais no antigo governo, é conhecida por seu compromisso em favor dos mais pobres, o que lhe valeu o apelido de "Santa Joana".
Sempre muito discreta sobre sua vida privada, sem no entanto esconder a orientação sexual, Johanna Sigurdardottir casou-se em 2002 com a companheira Jonina Ledsdottir.
O presidente Grimsson, após tê-la recebido, para oficializar o novo governo, declarou que sentia um "grande prazer" com essa nomeação, porque ela se torna a "primeira mulher islandesa" a ocupar o posto.
"Todos os ministros de meu governo deverão trabalhar rápido e energicamente" para levantar nossa situação econômica, declarou Sigurdardottir à imprensa.
Sua sexualidade nunca foi um problema na Islândia onde, inclusive, seu casamento com a escritora Jonina Ledsdottit, de 54 anos, apareceu no site oficial do governo.
No entanto, sempre se recusou a falar em público sobre esta questão e nunca concedeu entrevista sobre sua vida privada.
Em pesquisa realizada em dezembro, 73% dos islandeses se mostraram satisfeitos com seu trabalho à frente do ministério de Assuntos Sociais.
Nasceu em 4 de outubro de 1942 em Reikiavik, tendo sido aeromoça (entre 1962 e 1971), antes de entrar na política, em 1978, como deputada no parlamento.
Entre 1976 e 1983 foi membro do comitê de direção do sindicato de empregados do setor comercial.
Foi vice-presidente do partido Social-Democrata entre 1984 e 1993, mas fracassou na tentativa de presidir o partido em 1994. Então, declarou: "Minha hora chegará". Um ano depois criou um partido de esquerda dissidente da social-democracia, o Thjodvak (Movimento Nacional) que se fundiu em 1997 com os social-democratas.
Para chegar à chefia do governo, Sigurdardottir contou com o apoio do atual presidente de seu partido, Ingibjorg Solrun Gisladottir, de quem é amiga íntima.
Johanna Sigurdardottir tem dois filhos: Sigurdur Egill, nascido em 1972, e David Steinar, nascido em 1977.