23 de maio de 2007

A Mama, o Papa e as Biba!

Isto ficou ecoando na minha cabeça por uns dias...
Acho que não foi coincidência que o Papa estivesse no Brasil justamente na semana do dia das mães, e que esta data coincidisse com o dia mundial de luta contra a homofobia. Estes acontecimentos estão bastante entrelaçados.
O Papa, ele, de certa forma, reprensenta a homofobia, como chefe de legiões de homens e mulheres ele conclama todos a lutarem, como católicos, contra o casamento gay, contra a homossexualidade, em favor de um pseudo "moral" e valores familiares dos quais ele, que nem casado e filhos tem, pode falar.
Aliás, o Papa deveria ser o primeiro a defender os valores das famílias não tradicionais, pois ele mesmo tem como família, como seres que se relacionam e zelam por ele, outros padres e freiras dos quais ele não é parente, mas com certeza se sente parte da familia e é com quem ri, chora, e divide momentos de intimidade e relaxamento.
Já o grande contraponto da homofobia é a Mama, a Mãe, que normalmente defende com unhas e dentes sua prole, inclusive a prole homossexual - mesmo que em determinados momentos ela possa sofrer um choque inicial, a grande maioria das estórias termina numa mãe que aceita e apoia o filho ou filha.
Para a Mãe, filho é filho, e ela pode se tornar um bicho contra os que ameaçam e prejudicam seus filhos.
Sei que muitos jovens e adultos que se consideram católicos ficam muito magoados com as atitudes do tal "santo padre", mas a maioria deu sorte, na mesma semana puderam receber o abraço e o beijinho da Mama.
Agora, se sua mãe ainda não se relaciona bem com sua orientaçao sexual, eu sugiro que você acesse o site do Grupo de Pais de Homossexuais, GPH, mantido pela escritora Edith Modesto, e converse com eles, quem sabe isto pode ajudar, o site deles é www.gph.org.br

5 comentários:

  1. Anônimo2:19 AM

    Acho que os jovens e adultos GAYS ou BISSEXUAIS que se dizem católicos podem ficar tristes com a declaração do papa deles em relação a eles mesmos. Porque o gay (ou bissexual) que é ´´católico praticante`` geralmente vê os gays de outros segmentos como pecadores, como aberrações e coisas desse tipo. É claro que tem todas as exceções possíveis, mas ainda é isso que se vê entre a maioria dos gays católicos.
    Só o que muda entre os gays católicos e os héteros católico (lembrando que há sempre exceções) é que os héteros católicos costumam ver todos os gays como pecadores e como aberrações. Inclusive os gays católicos.
    É esse tipo de pessoa que se encontra (na maioria das vezes) na igreja do Bento XVI.

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  2. Anônimo8:21 AM

    Essa questão só contribui para a baixa auto-estima geral dos homossexuais. O resultado são pessoas mal resolvidas incapazes de viver uma relação saudável e serem felizes. Chego a pensar que o melhor seria que não fôssemos educados com nenhuma referência religiosa. Pelo menos o sentimento de culpa ocidental não existiria. E seria uma dificuldade a menos.

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  3. Olá HP [abreviei, pode?]
    Bem, a primeira coisa q quero dizer é que seu blog foi um dos primeiros que li, mas como na époco vc não estava postando, eu nem comentei aki [ : ) ]

    Segundo: qnd li o titulo do post, lembrei do grupo The Mamas and the Papas!!! ehehe

    Terceiro: vc provavelmente ainda vai ver muito sobre akele pokemon maldito que tenho vontade de enfiar um machado na cabeça como num desenho q já postei auiahiuaha

    Quarto: Sala, banheiro, cozinha... essa é infame!!!!!

    Sobre o post... Bom, a igreja vai ser sempre contra vários aspectos da sociedade moderna, como o aborto em casos extremos, o divórcio, a camisinha [essa é a pior] e tantas outras...
    Mas não é culpa da igreja e sim quem a faz, e não é só a catolica, muitas outras. na verdade, o preconceito não precisa de religião para justificar-se!

    Abraços

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  4. Oi!

    Gostei do seu post e concordo com o que você falou... minha opinião é de o Papa acaba personificando a hipocrisia que reina na sociedade. Todo mundo conhece alguem que é homossexual, tem um amigo ou mesmo tem desejos (isso quando não teve experiencias) e prefere ficar com aquele discurso como se fosse algo "menor".

    Mães são tudo de bom!!! Fico encantado com a capacidade de adaptação das mães... e já conheço o trabalho da Edith Modesto, fiquei encantado com a entrevista dela no Jô Soares um tempo atrás.

    boa semana para você!

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