18 de dezembro de 2013

PAI

A situação é clássica, quase um padrão: Homens gays não se relacionam bem com o pai. acho que eu posso contar nos dedos de uma mão - se muito - os amigos, que se assumiram gays,  que se dão bem com seus pais

Minha relação com o meu pai é péssima! Na realidade inexistente se considerarmos o que seria considerado como um mínimo. 
Meu pai sempre foi uma pessoa muito distante - daqueles que não brinca com filhos (que segundo ele lhe devem respeito), daqueles que não vai a competições, não leva em festas, não estuda junto.
Eu sempre me ressenti muito disto, meu irmão e minha irmã (mais novos que eu) também se ressentem disto, mas de certa forma aprenderam a lidar com isto de forma diferente da minha, lidam melhor com a situação.  Talvez serem respectivamente Taurino e Leonina tenha ajudado.

Mas para mim isto sempre foi um grande sofrimento. Naturalmente eu creditava isto ao fato de eu ser um cara, desde pequeno, mais ligado ao mundo das artes, da música, da estética, do que ao mundo clássico "masculino" que inclui esportes - o futebol e o Corinthians no topo da lista - falar palavrão, ser machista e misógino, trair a esposa, e coçar o saco!
De alguma forma, mesmo sem saber, eu sabia que era "diferente" e que talvez não fosse aceito por meu pai. Ai eu segui o padrão clássico do "gay que tenta se fazer aceitável", me destaquei nos estudos, me destaquei em ajudar a família, me destaquei em ficar próximo da minha mãe, me destaquei em ser educado... mas nada disto funcionou, meu pai nunca lançou uma palavra de elogio, um abraço de parabéns, e nem mesmo um agradecimento por nada. Mas os presentes sempre vieram: relógios, viagens, o primeiro carro, todos os cursos que quis fazer...o tal "provedor" achava isto suficiente. E sempre bateu no peito por isto - de sempre ter trabalhado muito para não faltar nada em casa.
Hoje eu sei que ele realmente não entende o que é realmente importante!

(continua clique AQUI)

4 comentários:

  1. Interessante isto ... Perdi meu pai ainda novo com 23 anos, mas penso que, se ele estivesse aqui seríamos grandes amigos ... meu pai era amigável e de bom astral, compreensivo e cuca boa ... claro q o SE não conta mas acredito nisto ... mas q fique claro ... como todo gay q se preze tive, a vida toda, fixação em minha mãe ...

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  2. Anônimo12:22 AM

    Vou esperar a continuação antes de comentar!
    Bjs

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  3. Nossa! Me fez pensar muita coisa, mas , como o José Luiz, vou esperar a continuação.

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  4. Esperando a continuação para comentar tb =)

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