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30 de janeiro de 2017

CORAGEM DE SER!


Existe uma máxima que diz que para sermos realizados na vida precisamos: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro - não necessariamente nessa ordem imagino eu... 

Então, por esse critério acabo de atingir a tal "vida plena" ... como se existisse uma fórmula para isso! Meu primeiro livro está saindo do "prelo" nos próximos meses (provavelmente maio). Sexta feira aprovamos a capa! 
Eu já tinha falado um pouco do projeto no ano passado, quando entregamos os originais lembram? No final foram selecionados 15 depoimentos de homens que foram casados com mulheres e depois entenderam melhor sua orientação homoafetiva, depoimentos que mostram diversos aspectos desses processos de descoberta: 

Um depoimento que me emocionou muito, foi quando um deles descreve como, quando criança, conseguiu mudar de escola - para fugir da perseguição da outra escola por ser muito afeminado - e passou, na escola nova a "imitar" os outros meninos, o jeito de sentar, de coçar o saco, de falar sobre mulheres... para ser aceito e menos perseguido... uma atitude que muitos de nós tentamos em diferentes momentos de nossas vidas não é mesmo?

Outro é o de um homem que quando vê sua noiva entrando na igreja começou a chorar e pensou algo como "pronto, agora eu vou casar e ter filhos, e não vou ser mais gay, não vou mais pensar nisso" o que mostra o stress psíquico que estes homens vivenciaram...

Chega de spoiler!

São muitas histórias de vida, de amor, de luta e de coragem... o nome do livro? CORAGEM DE SER!

E você será que conhece um pouco da vida desse homens gays que foram casados com mulheres?



3 de junho de 2016

O livro necessário! At last!

Ufa! Esta semana entregamos os originais do livro para a Editora Summus! Detentora do selo Edições GLS

Eu não tinha contado que estava escrevendo um livro?  Pois é... Eu estava, desde abril do ano passado, junto com  a Psicóloga Profa. Dra. Vera Moris a escrever um livro para contar a história de um grupo de homens que foram casados, tiveram filhos, e em algum momento se "descobriram gays".

Tudo começou em 2007 quando conheci a Vera. Ela estava desenvolvendo seu doutorado na PUC/SP sobre a Paternidade Homossexual e me encontrou através deste blog... Ela me entrevistou, especialmente para conversarmos sobre a questão da revelação para os filhos - posto que meu perfil é um pouco diferente do deles, pois nunca tive esposa - e acabamos nos aproximando.
A partir do trabalho na tese ela acabou montando o Grupo Homopater, pois percebeu o quanto era importante estes homens poderem encontrar outros em situações semelhantes, dividir sentimentos, experiências, formarem uma REDE de apoio, que como ela sempre diz, é fundamental para os que saem do armário mais tardiamente, depois de uma vida predominantemente heterossexual.
Para você ter uma ideia, da eficiência e validade deste projeto, tem homens que vem do interior de São Paulo, de outros estados, e até de fora do Brasil (brasileiros que vivem na Alemanha (2) e EUA (3) ) só para participar do Grupo.

Eu tenho que confessar que eu era um ignorante com relação a esta realidade, na estreita acepção da palavra. Eu achava que sabia um monte de coisas sobre estes homens, que depois aprendi eram "conhecimentos" fruto do meu preconceito, da minha homofobia internalizada, da minha soberba e de alguns outros defeitos que cultivo na minha horta emocional - horta hidropônica e sem agrotóxicos naturalmente.
Para mim eles eram caras que sabiam que eram gays - como eu sempre soube - e que, ou por medo, por conveniência ou por vergonha, resolveram ficar no armário e se casar com uma mulher, mentirosos que acabaram tendo filhos com estas mulheres que enganaram e que, como já se podia prever, em determinado da vida, ouviram o "som melodioso de uma pica" e viram que precisavam sair do armário, assumir-se gays... ferrando a vida de esposa (sempre apaixonadas por aquele marido tão especial que gostava de cuidar da casa, gostava de acompanhar ela para comprar roupas e que cuidava tão bem das crianças) e dos filhos. Eu simplesmente ignorava a Escala Kinsey, 

Com o tempo, tendo a oportunidade de participar das reuniões do Grupo, podendo conhecer estes homens, eu comecei a entender melhor a vida deles, o quanto sofreram por não entenderem ou não admitirem ser possível serem quem eram quando crianças e jovens, o caminho em busca da heteronormalidade, a esperança de "cura" muitas vezes depositadas na igreja ou num casamento e na  família "margarina" que se empenham para construir. Eu presenciei, ao vivo e em cores dramáticas, alguns destes amigos em seus processos de "outing", as revelações que tiveram que fazer para os filhos e a redenção que parecem encontrar no final. A aceitação de si mesmos!
Eu vi muito sofrimento, eu vi muito desespero, e vi muitos homens se desconstruindo e se reconstruindo.

Foi durante nesse processo, de deixar de ser ignorante, que eu percebi o quanto um livro que falasse sobre estes homens poderia ser rico, e o quanto poderia ajudar outros homens com histórias parecidas, homens que estão isolados, sozinhos, pelo Brasil afora.
Percebi que também poderia ajudar outros "ignorantes" a entender melhor este grupo tão específico de homens, pais e homossexuais. Para mim ele se tornou um livro "necessário", que tinha que ser escrito!
Fui então conversar com a Vera, para ver o que poderia ser feito, perguntar se ela também achava este um livro "necessário" e me surpreendi com ela me dizendo que "já tinha começado o livro várias vezes nos últimos anos" mas que não conseguia levar adiante o projeto! Pronto! Nossa dupla estava formada!

A ideia do livro foi reunir depoimentos destes homens e tentar traçar um perfil deles, mostrar o caminho que seguiram, os tropeços, mostrar historias que foram bem sucedidas e as que ainda estão no caminho. Mais de 30 homens se propuseram a colaborar com seus depoimentos, alguns escreveram poucas páginas, alguns fizeram balanços completos de suas vidas, escrevendo mais de 20 páginas. Tivemos então que ler, editar, escolher, encurtar e definir perfis.
Por vicio profissional a Vera escreve em "psicologues", onde as pessoas não falam, elas "inferem" (risos sarcásticos), já eu defendia um texto mais coloquial, mais próximo das pessoas, pois não escreveríamos um livro para psicólogos, mas para pessoas que quisessem entender mais esta questão. No final chegamos a um consenso bem interessante, mantivemos a linguagem própria de cada depoimento, e incluímos falas de diversos filhos destes homens, por sugestão da Soraia, nossa publisher. (coisa chique né?)
Acho que o resultado destes meses de trabalho ficou muito interessante.

Não sabemos ainda se o livro será aceito, a Summus (para a qual fomos indicados pelo Klecius Borges que edita seus livros lá) A principio a Soraia aceitou o projeto que apresentamos.
Não sabemos o que será cortado ou editado. Poderíamos ter tentado lançar o projeto de forma independente, através de crowdfunding, mas achamos que usar uma editora poderia atingir um publico maior, ainda mais uma que tem um selo específico voltado ao mundo LGBTT.
Não sabemos quando será lançado, a ideia inicial da Soraia é que seja lançado na semana da diversidade de 2017. Mas, com a crise, o mercado editorial não tem lançado muita coisa. Só sabemos que não vamos ficar ricos com o livro!

Mas o que não sabemos não nos aflige, queremos que seja tudo bem feito, então a pressa não é o principal critério.

Mas e você? O que pensa sobre estes homens gays que se casam com mulheres e tem filhos? Eles foram sacanas e covardes?



E.T.  A tese da Vera se chamou:  
PRECISO TE CONTAR? - paternidade homoafetiva e a revelação para os filhos 
e você pode ler ela na integra AQUI, lá eu sou o Reynaldo...

25 de agosto de 2015

Encontro: Relacionamentos e Aplicativos

Resultado de imagem para love webO grupo HOMOPATER, coordenado pela Psicóloga Vera Moris vai promover no Dia 29 de agosto, ás 15 horas,  um encontro para falar sobre:

RELACIONAMENTO E HOMOAFETIVIDADE EM TEMPOS DE APLICATIVOS, WhatsApp, CHATS, INTERNET...SMARTPHONES

Como entender, se preparar, estar por dentro, participar, aproveitar...acompanhar a comunicação cada vez mais imediata e instantânea sem perder a sutileza, delicadeza e respeito aos nossos sentimentos e necessidades?

O encontro é aberto a convidados, todos podem participar. (Os encontros acontecem num espaço perto do metrô PRAÇA DA ÁRVORE)

Para fazer sua inscrição contate a Vera no email:  vemoris@uol.com.br 

Para conhecer mais sobre o HOMOPATER clique em www.homopater.com.br