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20 de outubro de 2016

O abuso nosso de cada dia...

Resultado de imagem para gay abusive relationshipComo nada é por acaso... há uns dias eu assisti um vídeo no YouTube do canal JOUT JOUT PRAZER que falava sobre relacionamentos abusivos... nem sei bem como cheguei nela... acho que foi por conta de uma entrevista que ela deu ao Jô Soares... 

Para ver o vídeo a que me referi clique AQUI - vale a pena!

O que mais me marcou no vídeo, que pelo que entendi tinha muitos insights autobiográficos da protagonista, foi ela enfatizar que muitas vezes a pessoa está num relacionamento abusivo e não sabe... ela até encerra o vídeo recomendando que ajudemos alguém que está vivendo um relacionamento deste tipo a sair dele!
Eu passei por muitas coisas que ela conta, incluindo "brigar por coisas que nem sei e sempre achar que eu estou errado". Eu me identifiquei muito com várias coisas que ela disse, pois eu vivi um relacionamento abusivo e - acho que - não sabia! Não era um relacionamento com violência e agressões, era mais uma certa "dominação psicológica" que de certa forma eu mesmo alimentei!

Acho que no meu caso eu não posso creditar toda a situação que passei unicamente á postura do meu ex. Eu reconheço que eu vivia uma questão pessoal, do ponto de vista psicológico, que levou a isso. Eu tinha um certo sentimento de "não valorização", de que eu só "seria feliz se estivesse junto com alguém" e que "eu tinha que fazer de tudo para dar certo porque senão ninguém ia querer ficar comigo", talvez o nome fosse "baixa auto-estima"
Então, de certa forma, eu me deixava abusar. E ainda havia a questão do ciúmes... que também é uma armadilha que vai te enrodilhando na questão do abuso... porque você sempre tem a tendência de "ser compreensivo" com o ciúmes ( e o controle que o outro tenta te impor) achando até "bonitinho" ele gostar tanto de você que quer sempre você "por perto"
Eram ameças de rompimento, de abandono, de separação, eram "greves silenciosas", e tudo isso me abalava profundamente.
E é uma espiral, um redemoinho de areia movediça, você nunca sabe por onde escapar, por onde começar para mudar... e vai ficando cada vez mais envolvido..

Hoje em dia eu fico bastante atento a isso, comigo, com as pessoas á minha volta. São pequenas "armadilhas mentais" que você se impõe sozinho a maioria das vezes.

Resultado de imagem para gay couple cartoonCom o Mr Jay - o meu maridinho - eu sinto que corro pouco risco disso acontecer, pois, apesar dele ser muito crítico e incisivo (cáustico eu diria) na sua postura de vida, eu percebo que comigo ele está sempre preocupado em defender meu espaço. Se eu ameaço não ir para a aula, para aproveitar um dia que ele está em casa, ele prontamente me lembra o quanto eu gosto do meu curso, o quanto volto animado das aulas - o que não quer dizer que quando chega 22:30 ele não começa a mandar carinhas tristinhas em msg dizendo para eu voltar logo.... ele inclusive me defende de outros abusos, aliás muitas vezes ele parece acreditar que eu não sei me defender...me protegendo até da minha filha - porque, saibam vocês, os filhos ás vezes "abusam" dos pais! Ele é ciumento, mas mais do tempo junto comigo, de eu ter que me dividir em meus outros assuntos, mas sem exageros, eu não deixo de fazer nada que preciso, ou quero, como acontecia antes.
Mas isso, tenho quase certeza, também acontece dessa maneira entre nós  porque eu aprendei a "me defender", a acreditar no meu valor, a saber tudo que eu também ofereço ao relacionamento, que eu sou "gostável", que eu escolhi estar com ele, me casar com ele, eu não precisava, eu queria! E ele escolheu casar comigo, estar comigo... talvez a consciência do amor - talvez diferente da sofreguidão da paixão - é o que evita um relacionamento abusivo...

E você ? Já vivenciou um relacionamento abusivo? Conhece quem já passou por isso? O que aconselhar?





20 de abril de 2016

Você já me conheceu assim...


Para mim um dos piores argumentos que pode ser invocado, quando surge alguma discussão num relacionamento, é a talvez já clássica frase: "você já me conheceu assim!"
A frase, normalmente dita por parte de quem  se está cobrando uma atitude, ou uma mudança de atitude, parece sintetizar o pensamento de que, quando conhecemos alguém, ou quando decidimos ficar com alguém, já sabemos tudo sobre ela, ou pelo menos, os piores defeitos dela... mas a verdade é que talvez só tenhamos visto a ponta do iceberg. Eu sei porque no passado já ouvi muito isso!
O que não é bem verdade não é mesmo? Existem várias coisas sobre a pessoa que aprendemos, ou percebemos, durante o convívio... Uma delas é a confiança...


Eu sempre gosto de dizer que a confiança é algo que só pode crescer num relacionamento, o começo é um desejo de QUERER CONFIAR na pessoa, então você se entrega um pouco, entrega seus desejos, seus sonhos, suas vontades, vc se mostra de confiança e se esforça para confiar. 
Primeiro vc confia um pouquinho, depois mais um pouquinho, depois um poucão, depois mais, mas é um processo constante. Não que vc deve ficar esperando provas de confiança, mas o dia a dia vai te dando estas provas... quando a pessoa te liga quando vê que vc esta triste, quando a pessoa te oferece ajuda sem vc pedir, quando a pessoa te diz eu te amo com frequência... uma construção... 
Eu, com certeza, amo o Mr. Jay agora mais do que amava há um ano atrás, porque eu conheço ele mais do que antes, porque eu confio mais do que antes,... e, na minha humilde opinião, é como tem que ser... um crescendo
E não é transformar o amor numa "equação", em que mais tempo é igual a mais amor, é apenas reconhecer que precisamos disso para nos sentirmos a vontade, para nos sentirmos parte do novo ser que é o tal do "relacionamento" que congrega um pouco de vc e um pouco do outro..

Se as pessoas não reconhecem isso elas serão incapazes de aceitar quando descobrirem algo "ruim" sobre a pessoa de quem estão se enamorando.. Pode ser uma falha de caráter do tipo comprar dvd pirata ou pegar um atestado falso para poder assistir um jogo de futebol...ou pode ser uma mania alimentar esquisita como misturar chantily e dobradinha, ou  pode ser um hábito questionável de higiene (questionável dá bastante margem á imaginação não é?). 
Se vc se iludiu - ou preferiu se iludir - e só viu as coisas perfeitas em seu "amorzinho" a sua decepção vai aparecer nesse momento. Quando o SER que vc imaginou se mostrar uma pessoa real! 
É nessa hora que a pessoa  invoca o tal "você já me conheceu assim", jogando a responsabilidade da falta de avaliação sobre vc, sem questionar a responsabilidade dela de ter escamoteado algo que vc não deveria saber...
Para sorte minha o Mr. Jay parece nem conhecer esta frase, O que é um grande alívio!

É claro que é algo bem mais superficial do que o fato que te fará perder a confiança na pessoa que vc vinha confiando mais e mais a cada dia, Este fato,  normalmente uma traição, vai fazer a confiança despencar em instantes,  o que fará com que vc tome um tombo fenomenal... eu por sorte. não passei por muitos tombos, mas conheço a sensação!

Mas o pior desta frase é quando ela é expressa em sua forma "completa": "você já me conheceu assim. . .e eu não vou mudar!"  
O que quer dizer que a pessoa acredita, primeiro, que conhecemos tudo dela e temos que aceitar tudo e, segundo, que ela acredita que ela nunca pode aprender nada novo nem mudar de opinião... este é o sinal claro para você pular fora! 
Cuidado com estas "frases-prontas-de-efeito"

Ei, me conta você! Já ouviu esta frase? Ou já usou?


16 de abril de 2016

Pra que lado pesa a balança...


Me parece bem óbvio que o fato de eu ter resolvido me casar com o Mr. Jay mostra que, na balança dos prós e contras do nosso relacionamento, a bandeja dos PRÓS está bem mais pesada!


OI? Como assim? Existem CONTRAS no relacionamento?  

Sim, em todo relacionamento existem prós e contras, no relacionamento entre pais e filhos, entre amigos, entre irmãos, e entre casais, existem coisas que atrapalham, as pessoas se amam mas nem sempre amam tudo nos outros! 
Acho que é justamente esta realidade dos "defeitos" das pessoas que impede muita gente de  se envolver - de verdade - em relacionamentos. Eu vejo muita gente "solteira" querendo estar casada porque não encontra alguém "legal". 

Hoje mesmo um amigo, que acabou de completar 40 anos, me ligou e falava sobre isso... que encontrou um cara legal, bonito, um pouco mais velho que ele, gordinho como ele gosta, com um bom emprego na polícia federal (policial tem sempre um lance de fetiche não é?) e confessou-se até mesmo apaixonado pelo cara... 
- "Estão namorando?" eu perguntei.
- "Eu acho que não vai rolar namoro, ele é maduro, inteligente, mas eu vejo que não gosta muito de cinema, de teatro, coisas que acho importantes e não quero abrir mão. Também vejo que ele não é tão carinhoso como eu queria, ele gosta de praia, que eu nem curto muito, acho que não vai dar certo..."
- "Vocês já transaram? Foi legal?" 
- "Eu conheço ele desde dezembro mas ainda não dormimos juntos, só nos pegamos, ele tem até uma pegada boa, mas eu não me soltei ainda porque não sei se ele é o cara ideal"...

OU seja, quer mas não deixa acontecer...E me parece que ele não é o único com este movimento pessoal. Imagino que o tal pretê deve ter outras qualidades, além destes "desvios do perfil" que ele apontou... E o que é pior, nem foi pra cama com o cara, como se fosse uma virgem do século XVIII. Acho que ele tem medo de gostar do sexo e ai ficar mais difícil ainda arranjar defeitos que justifiquem o não envolvimento...
Eu até sugeri (dar palpite na vida dos outros é fácil..) que ele se soltasse um pouco mais, deixasse rolar, que entrasse nessa sem tantas intenções de algo que tem que dar certo, aproveitar um pouco a vida, viajar juntos, se divertir com um cara legal, mas principalmente, sugeri que ele tentasse aprender um pouco do mundo do outro, encarar a ida a praia como algo que faz pelo parceiro, substituir o prazer do cinema e do teatro por outros prazeres a dois, ao que ele emendou:
" E se eu fizer isso e não der certo? Eu vou estar mais envolvido ainda e o sacrifício não terá valido a pena" "Eu quero adotar, ter filhos, e busco um cara para isso, não sei se esse é o cara certo"
A única reflexão que pude oferecer ao meu amigo é que "lembre que eu não esperei, fui atrás do meu sonho"... mas, de novo, sei que não é tão simples...

Eu, como ele mesmo lembrou - e disse que foi justamente por isso que me ligou - sou um tipo relacional, até mesmo "facinho", como diz o Mr. Jay, então eu deveria saber aconselhar sobre isso....mas isso não significa que hoje em dia eu não ache válido a pessoa decidir que não precisa estar num relacionamento para estar bem. Eu acho muito legal e importante estar numa relação - que seja boa, que acrescente, que te faça crescer - mas não defendo qualquer relação apenas para não ficar sozinho!

Mas mesmo assim eu tenho dificuldade para entender as pessoas que dizem que querem se relacionar mas dizem nunca achar ninguém legal , ou eles deveriam dizer "Perfeito"? Não seria melhor procurar a pessoa real? O namorado que realmente existe, o namorado possível?
Quando converso com pessoas que pensam em adoção eu vejo um pensamento muito parecido, a busca da criança perfeita, a criança idealizada, e a reflexão que sempre devolvo é, "provavelmente vc não está casado(a) com a pessoa que idealizava quando tinha 15 anos não é? Então porque seu filho está sendo idealizado? 
E aqui eu foquei no relacionamento de um casal, amor entre duas pessoas, mas acho que se aplica muito bem a um relacionamento ente amigos, irmãos, pais e filhos, e assim por diante!

E você, facilita ou dificulta relacionamentos? Como está a calibragem da sua balança? Como será que a gente pode ajudar amigos que estão nesse movimento? Tem conselhos ou caminhos que podemos apontar?


25 de agosto de 2015

Encontro: Relacionamentos e Aplicativos

Resultado de imagem para love webO grupo HOMOPATER, coordenado pela Psicóloga Vera Moris vai promover no Dia 29 de agosto, ás 15 horas,  um encontro para falar sobre:

RELACIONAMENTO E HOMOAFETIVIDADE EM TEMPOS DE APLICATIVOS, WhatsApp, CHATS, INTERNET...SMARTPHONES

Como entender, se preparar, estar por dentro, participar, aproveitar...acompanhar a comunicação cada vez mais imediata e instantânea sem perder a sutileza, delicadeza e respeito aos nossos sentimentos e necessidades?

O encontro é aberto a convidados, todos podem participar. (Os encontros acontecem num espaço perto do metrô PRAÇA DA ÁRVORE)

Para fazer sua inscrição contate a Vera no email:  vemoris@uol.com.br 

Para conhecer mais sobre o HOMOPATER clique em www.homopater.com.br 




3 de março de 2015

Qual a diferença de um relacionamento hétero e de um relacionamento homo?


Diferença? NENHUMA! 

Como sabem eu faço parte de um grupo de Pais Homossexuais (HOMOPATER). Este grupo, além de encontros presenciais, mantém um grupo virtual de discussão muito rico, sempre com discussões interessantes e temas palpitantes (que todo mundo quer dar palpite)  Como este grupo é formado majoritariamente por pais que viveram um casamento heterossexual, e como sempre tem pessoas novas entrando, alguns assuntos são recorrentes, mas mesmo alguns assuntos se repetindo eles sempre são tratados de maneira diferente, principalmente porque são discutidos por pessoas diferentes em momentos diferentes... São homens que "eram" heterossexuais e "viraram" homossexuais. São homens que tem que reconstruir suas fés e crenças, são homens que tem que reconstruir uma identidade.

Um assunto recente foi o questionamento de um participante que disse que "ainda não sabia se relacionar com um outro homem, pois, todos sabem, relacionamentos entre homens são diferentes dos relacionamentos de homens e mulheres!"

A princípio eu concordo com ele, homens e mulheres são diferentes! Homens tem pinto, mulheres tem vagina, homens tem barba, mulheres (exceto Frida) não, homens são brutos, mulheres delicadas, homens são práticos, mulheres amorosas... ou seja, um relacionamento entre um homem e uma mulher é diferente de um relacionamento entre dois homens! COM CERTEZA!
Só que, a meu ver, esta é uma analise simplista pois eu sei que dois relacionamentos não são iguais, um relacionamento entre uma mulher e um homem não é o mesmo que o relacionamento entre outro homem e outra mulher, ou seja, não existem dois relacionamentos iguais! Não existem modelos para serem seguidos entre um homem e uma mulher (se fizer assim vai dar certo!), entre um homem caucasiano e uma mulher negra, entre um homem nordestino e uma mulher carioca, entre um cara baixinho e uma mulher alta, entre um homem e outro homem, não existem dois relacionamentos iguais!

Tem muita gente que acha que os gays tem que "inventar" um novo modelo de relacionamento, um novo padrão, distante do padrão hétero, para não imitar, ou como dizem "simular" um casamento hétero. Falam que relacionamento aberto seria bom porque dois "bodes soltos" pastam melhor... Outros falam de relacionamento poliamoroso, e até mesmo que homens nem devem ter relacionamento... mas não se engane, todos querem sugerir um padrão para saber quem está "certo" e quem está "errado", para normatizar... principalmente porque a gente está sempre querendo fazer a coisa certa para ser aceito, para se sentir normal! E nada mais anormal - e deliciosamente anárquico - que não seguir um padrão!

Quando a gente entende isto é que começa a conseguir verdadeiramente se relacionar com alguém, quando descobre que não tem padrão, que o OUTRO é único e tudo que vc viver com ele vai ser único, vc descobre que não deve ter o objetivo de encaixar ele no seu padrão... você deixa as coisas acontecerem... é claro que eu sei que um relacionamento homossexual enfrenta questões que um casamento hetero não enfrenta, mas eu estou falando de sentimento, de coração, e isto sempre é diferente!

E ai? Qual o seu padrão de relacionamento gay?


30 de setembro de 2014

Eu, Você e ELE

Não! Este não é uma post sobre POLIAMOR, nem sobre relacionamentos abertos...Mas é um post sobre a construção de relacionamentos.
Vale para relacionamento amoroso, mas também para o relacionamento de amizade, de pais e filhos...ELE é sempre uma construção!
Quando eu digo ELE estou me referindo ao relacionamento em si, pois eu tenho aprendido que um relacionamento é sempre único, porque a combinação de duas pessoas é sempre única! Talvez eu vá dizer o tal do "obvio ululante", talvez seja um reflexão mais adequada para ser publicada na Capricho, mas teve muitos momentos de minha vida que eu "esqueci" disto que estou aprendendo agora:
CADA RELACIONAMENTO É UNICO!
É como a genética, cada vez que combinamos genes diferentes temos resultados diferentes! Aliás, mesmo quando combinamos os mesmo genes mais de uma vez, a cada vez os resultados são diferentes! Mesmo irmãos univitelíneos são pessoas diferentes!
Mães e pais! Por favor assumam que não amam seus filhos de maneira igual!
Se você reata uma amizade de muitos e muitos anos atrás, você e seu amigo já mudaram, a amizade nunca mais será a mesma. Se você reata com alguém com quem ja teve um "crush" em algum momento de sua vida, e fica querendo que tudo seja como foi da outra vez, você vai se frustrar!
TEM QUE CUIDAR PARA VIVER E CRESCER!
Um relacionamento é como uma plantinha, precisa de água, de luz, de nutrientes para crescer, e é um trabalho de equipe, cada um fazendo a sua melhor parte - um traz a água, outro rega no horário certo. Um protege a plantinha das tempestades, o outro pinta um belo quadro para retratá-lo!
Se só uma das pessoas cuida do relacionamento ele certamente não vai dar certo, sempre vão faltar alguns nutrientes para que seja uma planta grande e forte o suficiente!
A pessoa que cuida sozinha vai passar a se sentir DONA do relacionamento, vai se sentir a única responsável por ele, e, ou ela vai cobrar muito do outro dono do relacionamento, ou ela vai se frustrar e se anular achando que só pode ser feliz se cuidar daquele relacionamento, ela se fecha para outras possibilidades, ela se torna egoista, mesmo que ela acredite ser uma pessoa legal por estar cuidando do relacionamento sozinha. Nenhuma amizade, nenhum amor, sobrevive deste jeito.
NÃO É FÁCIL!
Se você não está disposto a trabalhar duro num relacionamento não devia nem começar! Eu vejo pessoas que adotam crianças e que devolvem estas crianças poucas semanas depois... (pode ficar chocado porque eu também fico).. as pessoas alegam que as crianças "são muito fechadas", "são muito agitadas", "não se adaptaram", e.... até que ..."não comem verdura".
A pessoa alega que o pretê "é carinhoso mas é muito devagar", "não gosta tanto de sexo quanto eu", "é imaturo", ou o clássico "não quer nada sério"... e tudo isto ás vezes depois do primeiro encontro!
Talvez você fique triste porque o seu amigo NUNCA chama você para sair, é sempree você que convida, que liga.. talvez para você isto seja uma desatenção, um desamor...
Um relacionamento vai ter crises, vai ter mentirinhas (ou traições), pedras pelo caminho, leves e pesadas, que vãoser tiradas do caminho, contornadas, ou você vai parar na pedra e esperar algo acontecer...Se fosse fácil não seriam tão bons e tão raros os bons relacionamentos de amor, de amizade...
NÃO ESQUEÇA DO CICLO DA VIDA!
Nascer, crescer e morrer, o ciclo da vida também vale para os relacionamentos! E não devemos nos frustrar por isto!
Manter um amor na UTI, cheio de tubos e com remédios fortes para garantir a sobrevida é um despropósito! Eu sou favorável a EUTANÁSIA! Não tem porque sofrer, se martirizar, gastar uma puta energia com paliativos! Um relacionamento precisa de "qualidade de vida", se isto não for possível o melhor é uma conversa sincera, um conversa que ainda pode ser amorosa porque vocês ainda tem consciência das coisas boas, ainda há algo a se preservar.
Se ele durar bastante é porque deu novos frutos, foi reinventado, mas com certeza isto só acontece se ele for cuidado pelos dois envolvidos!
enfim....

Eu já aprendi um pouco sobre cada uma destas "máximas", e ainda estou aprendendo, mas ter isto em mente me faz olhar os relacionamentos de outra forma, sem esperar que eles se cuidem sozinhos, sem ser preguiçoso, sem achar que nada vai mudar e que só é bom se for para sempre!
E para você? O que é preciso para um bom relacionamento de amor e amizade?

29 de setembro de 2014

Dá para não brigar?

Eu gostei muito quando no post anterior, que falava sobre as brigas nos relacionamentos - que iam acabando com o papel higiênico - quando varias pessoas comentaram, no blog e por email, que as brigas eram parte indissociável do relacionamento, do amadurecimento de uma relação, até me lembrei que tinha escrito algo sobre isto.
Mas tem gente que extrapola...tem casais que brigam demais, que envergonham os amigos por suas brigas, que constrangem as pessoas, qual é o limite de uma briga saudável? Brigar é sinal de amor? Para algumas pessoas parece que sim!
 


 

23 de setembro de 2014

Pode Dormir Brigado?

Este fim de semana eu tive um delicioso(*) encontro com o Bratz - que estava em São Paulo - e o Eduardo! Foi uma conversa muito divertida e fluida, como se fossemos amigos de grande data! Não é a tôa que o Bratz tem tantos amigos, se pelo que escreve no blog já curtimos ele, quando o conhecemos pessoalmente viramos fãs!
Num determinado momento da conversa o Bratz falou que era bom namorar e viver em casas separadas pois, "quando brigamos cada um vai para seu canto até esfriar a cabeça e no outro dia nem lembramos quem está com a razão" (citação não literal).
Eu do alto de minha "sabedoria" vaticinei: "eu nunca vou dormir brigado, eu sempre prefiro acertar as coisas, eu acho que assim deve ser"!
E eu realmente acredito nisto, meu "lado mulher" acha importante eventuais DRs(**). Sempre tenho uma necessidade quase pscótica de me explicar ou de receber uma explicação. De certa forma acredito que as coisas, no trabalho, na vida, tem que ser resolvidas, tem que ser ditas, sempre com aquela paranoia do que está "certo" e do que está "errado". Sempre adotei esta prática e ela sempre pareceu funcionar. O que é muito importante para alguém que adora dormir juntinhos como eu!
Não que tudo sejam flores, eu discordo de várias coisas com o Mr. Jay, mas são coisas do dia a dia, nunca chegamos a uma DR pelo que me lembro, mas eu sei bem o que é isto...a experiência do meu  casamento de quase 10 anos, e centenas de DRs , ajuda bastante.
O Paulo Roberto foi delicadíssimo, ele nada argumentou, não tentou provar seu ponto de vista, apenas me olhou com a expressão, que hoje eu traduziria como: "com o tempo ele vai aprender"...
 
Eu sou aberto a coisas que me fazem pensar, e gosto de pensar e absorver o que é inteligente! Sem ter medo de mudar, de rever conceitos! Ai eu fui ler sobre isto. E vi que "dormir brigado" também tem suas vantagens! 
o melhor de brigar é
"fazer as pazes"!

Vários psicólogos e pessoas que escrevem sobre relacionamentos falam que os conflitos, e especialmente a resolução destes conflitos, é sinal de maturidade de uma relação. Que as pessoas devem entender que não precisam estar de acordo sempre, que podem ter opiniões diversas, que isto os torna mais reais! Se os dois concordam com tudo e estão sempre, sempre, "de acordo", tem algo errado. Ou estão conversando pouco, ou alguém está cedendo demais.
Percebi que, de certa forma, é meio infantil da minha parte querer as coisas sempre certinhas e explicadinhas, nem sempre queremos explicar as coisas, e nem sempre precisamos saber o que a pessoa pensa sobre aquilo!
Talvez seja mais sinal de maturidade deixar as coisas esfriarem sozinhas do que forçar a temperatura a baixar de qualquer jeito, artificialmente, só para "não ir domir brigado". Prefiro não ter desavenças que afetem o relacionamento, mas da próxima vez que discordar vou pensar nisto...
Inevitável não lembrar do Zé Explicadinho, um clássíco do humor rasteiro, que decididamente é gay!
 
E você? Dorme Brigado? Ou prefere resolver tudo antes?
 
(*) quando fui revisar o texto achei meio lascivo a palavra delicioso... de duplo sentido, quase erótico, mas ai me lembrei dos textos do Bratz e ao invés de colocar outro adjetivo ao encontro - vários caberiam - resolvi deixar o "delicioso" em homengem ao Sr. Paulo Roberto!
(**) Discutir a Relação para quem não conhece a expressão