Esta reportagem foi publicada originalmente na revista SUI GENERIS, em 92, o menino, na época com 15 anos, já deve ter quase 30 hoje...seria interessante saber como ele está hoje em dia não seria?
MEUS PAIS GAYS (parte 1)
Educado por dois homens gays o adolescente Leonardo cresceu hetero e louco por mulher
texto Marcia Cezimbra - fotos Vicente de Paulo
MEUS PAIS GAYS (parte 1)
Educado por dois homens gays o adolescente Leonardo cresceu hetero e louco por mulher
texto Marcia Cezimbra - fotos Vicente de Paulo
É um lugar quase comum: dois pais ou duas mães, em vez do casal convencional de pai e mãe. è a primeira vez ,porém, que o filho de dois homens, Luis Carlos de Freitas de 37 anos, e Augusto Andrade, de 40. aparece em público "para que as pessoas fiquem sabendo que é bom ser filho de gay", diz ele.
Evidentemente, Leonardo Raposo da Silva, de 15 anos, é filho adotivo. Desde os nove anos de idade. "tem muita gente que não sabe de nada e fica falando mal. Se soubessem o que é dois homens que se amam de verdade entenderiam que sem preconceitos se vive muito melhor", ensina o menino.
Esta é a vantagem essencial que Leonardo vê na condição de filho de dois pais: “por sorte não me tornei uma pessoa preconceituosa. Conheci os dois lados, Tive pai e mãe, agora tenho dois pais. É a mesma coisa. A diferença é viver sem preconceitos e isto faz a gente se sentir muito bem” declara.
Como qualquer adolescente, Leonardo é monossilábico e dá muita vezes como resposta apenas um sorriso tímido. A possibilidade de compreender o ser humano de maneira mais intensa lhe deu maturidade e uma capacidade afetiva que lhe eleva a alma. “quem se aproxima desta questão pode compreender. Porque viado é sempre o filho dos outros. O seu é homossexual, se todos entendessem os sentimentos dos outros o mundo seria melhor”, acredita.
Leonardo saiu de casa a esmo aos nove anos. Foi a pé de Sepetiba, onde morava com os pais, até a Barra da Tijuca. Não sabe dizer por que. “Devia estar meio chateado” desabafa a muito custo. Diz que não se lembra da mãe ou do pai apesar de ter convivido com eles até os nove anos. “Assim da cara deles não lembro”. No entanto ,Leonardo esteve com os pais há um ano, durante os tramites da adoção. “Eles disseram que queriam o meu bem e me deixaram viver com meus pais. Queriam só que eu fosse visitar”. Leonardo foi uma única vez.
O menino vagou de Sepetiba até a barra da tijuca onde encontrou um sujeito que trabalhava num circo e o deixou ficar por ali. Foi assim que Luis Carlos e Augusto o encontraram. Luis Carlos foi procurar este homem para contratá-lo como caseiro do sitio do casal, em Sampaio Corrêa. “Ele me disse que tinha que levar o filho. Falei que estava tudo bem. Quando Leonardo chegou lá vi que tinha algo estranho. O cara era um negro retinto de uns 20 anos. Leonardo era branco e tinha nove. Não podia ser filho dele”
Depois de um curto espaço de tempo o novo caseiro conseguiu exasperar os patrões até ser demitido. “ Ele quebrou a bomba da piscina, o cortador de grama, era um desastre total. A gente não conseguia nem olhar mais para ele. Disse então que tinha uma oferta de emprego em São Paulo, mas não tinha onde deixar o menino. Ia larga-lo na rua”.
Luis Carlos e Augusto já pensavam em ter um filho há alguns anos. “Sempre fui louco para ter um filho, mas a gente tinha medo das despesas, da falta de estabilidade emocional, essas coisas. Chegou o momento de decidir. Vimos que dinheiro e estabilidade emocional ninguém terá jamais para criar um filho. È bobagem. O Augusto ficou muito nervoso, era pegar ou largar”.
Evidentemente, Leonardo Raposo da Silva, de 15 anos, é filho adotivo. Desde os nove anos de idade. "tem muita gente que não sabe de nada e fica falando mal. Se soubessem o que é dois homens que se amam de verdade entenderiam que sem preconceitos se vive muito melhor", ensina o menino.
Esta é a vantagem essencial que Leonardo vê na condição de filho de dois pais: “por sorte não me tornei uma pessoa preconceituosa. Conheci os dois lados, Tive pai e mãe, agora tenho dois pais. É a mesma coisa. A diferença é viver sem preconceitos e isto faz a gente se sentir muito bem” declara.
Como qualquer adolescente, Leonardo é monossilábico e dá muita vezes como resposta apenas um sorriso tímido. A possibilidade de compreender o ser humano de maneira mais intensa lhe deu maturidade e uma capacidade afetiva que lhe eleva a alma. “quem se aproxima desta questão pode compreender. Porque viado é sempre o filho dos outros. O seu é homossexual, se todos entendessem os sentimentos dos outros o mundo seria melhor”, acredita.
Leonardo saiu de casa a esmo aos nove anos. Foi a pé de Sepetiba, onde morava com os pais, até a Barra da Tijuca. Não sabe dizer por que. “Devia estar meio chateado” desabafa a muito custo. Diz que não se lembra da mãe ou do pai apesar de ter convivido com eles até os nove anos. “Assim da cara deles não lembro”. No entanto ,Leonardo esteve com os pais há um ano, durante os tramites da adoção. “Eles disseram que queriam o meu bem e me deixaram viver com meus pais. Queriam só que eu fosse visitar”. Leonardo foi uma única vez.
O menino vagou de Sepetiba até a barra da tijuca onde encontrou um sujeito que trabalhava num circo e o deixou ficar por ali. Foi assim que Luis Carlos e Augusto o encontraram. Luis Carlos foi procurar este homem para contratá-lo como caseiro do sitio do casal, em Sampaio Corrêa. “Ele me disse que tinha que levar o filho. Falei que estava tudo bem. Quando Leonardo chegou lá vi que tinha algo estranho. O cara era um negro retinto de uns 20 anos. Leonardo era branco e tinha nove. Não podia ser filho dele”
Depois de um curto espaço de tempo o novo caseiro conseguiu exasperar os patrões até ser demitido. “ Ele quebrou a bomba da piscina, o cortador de grama, era um desastre total. A gente não conseguia nem olhar mais para ele. Disse então que tinha uma oferta de emprego em São Paulo, mas não tinha onde deixar o menino. Ia larga-lo na rua”.
Luis Carlos e Augusto já pensavam em ter um filho há alguns anos. “Sempre fui louco para ter um filho, mas a gente tinha medo das despesas, da falta de estabilidade emocional, essas coisas. Chegou o momento de decidir. Vimos que dinheiro e estabilidade emocional ninguém terá jamais para criar um filho. È bobagem. O Augusto ficou muito nervoso, era pegar ou largar”.
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ResponderExcluirLucasfilm announced that Star Wars: Episode III--Revenge of the Sith will debut on DVD Nov.
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Talvez se interesse por saber o que pensa um filho homossexual criado por pais heterossexuais....
ResponderExcluirhttp://confissoesadolescente.blogspot.com
Quero saber da parte 2
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