O Grupo de Apoio á Adoção PROJETO ACOLHER, organizou o seminário HISTORIAS DE ADOÇÃO, que vai acontecer no próximo dia 28 de novembro, em São Paulo. Se você se interessa pelo assunto clique AQUI e saiba mais sobre o evento
Muitas são as FAMILIAS HOMOAFETIVAS, homens ou mulheres gays que mantem longos relacionamentos, com ou sem filhos. Pais e mães homossexuais que criam filhos sozinhos. Filhos provenientes de casamentos anteriores, de adoções, ou outros métodos ... Este Blog quer conversar sobre estes paradigmas, sobre Paternidade Homossexual, sobre relacionamentos, família, direitos, leis. E também estimular a convivência entre estas famílias e a troca de idéias! Sejam bem vindos!
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12 de novembro de 2015
16 de abril de 2015
9 de dezembro de 2013
Filho de peixe, peixinho será?
Não sejamos hipócritas! Acho que essa é a principal dúvida que está implícita quando se conversa sobre a criação de filhos por homossexuais:
- uma criança criada por um homossexual tem maior tendência a se tornar homossexual?
A resposta é NÃO!
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FILHO DE PEIXE, PEIXINHO É? |
Para começarmos a refletir sobre esse assunto, acho que temos que definir as “origens” da homossexualidade.
Se levantarmos a hipótese da criança nascer homossexual por questões genéticas, teríamos que revogar todas as teorias sobre a transmissão de genes, afinal de contas, você conhece algum homossexual cujos pais biológicos são homossexuais? Ou cujos avós ou bisavós são homossexuais?
E também, se o argumento for que a homossexualidade se origina no ambiente em que a pessoa vive, a pergunta será a mesma: Quantos homossexuais que você conhece foram criados em ambientes com a presença de homossexuais?
Daí já podemos fazer duas reflexões que são verdadeiras e podem ser provadas estatisticamente:
- Filhos biológicos de homossexuais não têm maior tendência a serem homossexuais.
- Crianças educadas em lares com a presença de homossexuais não têm maior tendência a se tornarem homossexuais.
Outro argumento de caráter sociológico é a hipótese que os homossexuais são justamente as crianças frutos de lares desestruturados, com o famoso “Pai ausente”... mas é fácil perceber que se fosse assim, o percentual de homossexuais seria bem maior, pois a figura do pai ausente era praticamente um ícone dos ultimos 2 séculos de evolução humana, especialmente depois da revolução industrial, onde se enfatizou a questão do macho provedor ou da revolução sexual, quando as mulheres saíram á luta! Ou seja, a teoria do lar desestruturado não justifica para que se impeça um homossexual de criar pessoas felizes e saudáveis.

Eu garanto que qualquer pessoa que tenha enfrentado dificuldades na vida para ser quem é, para poder amar quem quer, para poder viver sem ser discriminado, não iria querer nada parecido para seus filhos. Garanto a vocês que nenhum pai ou mãe ficaria “satisfeito e felizes” em ter um filho homossexual. Todos nós amamos nossos filhos e queremos que sejam felizes, que sofram menos, que chorem menos.
A única “diferença” é que pais e mães homossexuais estão constantemente preocupados em mostrar aos seus filhos, sobrinhos e filhos de amigos, que cada ser humano é único, que os sentimentos e sensações são direitos de cada um.
A “diferença” é que pais e mães homossexuais não expulsam seus filhos de casa por eles estarem felizes por se relacionarem com uma pessoa do mesmo sexo. Não teríamos vergonha de nossos filhos!
No nosso país:
- Homossexuais são impedidos legalmente de criarem filhos em comum justamente porque as pessoas acham que as uniões não são sérias, que são relacionamentos baseados única e exclusivamente em sexo, e que são desfeitos por outra coisa melhor, ou diferente, a cada final de semana. (ufa! isto mudou desde 2005!)
- Homossexuais não podem criar filhos porque são impedidos de se unirem perante a lei de um país que se diz laico, e também porque são impedidos de construírem um patrimônio em comum para garantir o futuro de seus filhos como outras famílias fazem. (isto também mudou )
- Homossexuais não devem criar crianças, biológicas ou adotivas, porque os homossexuais querem dominar o mundo e impor seu modo de vida a toda a população. Os homossexuais querem se tornar o segundo sexo. (alguns ainda pensam assim, isto não mudou!)

Enquanto essas crenças, que você mesmo me ajudaria a derrubar com um pequeno sopro de bom senso e inteligência, sobreviverem, as nossas crianças continuarão a sofrer.
Enquanto as pessoas se convencerem disto, os filhos homossexuais de pais heterossexuais continuarão com medo de que seus pais deixem de amá-los se eles souberem a temida verdade.
Enquanto tudo isso não mudar, os filhos de pais e mães homossexuais continuarão sendo olhados com o canto do olho, em busca de algum “sintoma de anomalia”.
E para você? Filho de peixe peixinho é?
(esta é uma reedição de um post de 2005..que parece totalmente "demodê" hoje em dia,
o que me parece muito bom!)
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4 de outubro de 2013
OK! Eu sou gay, e NÃO vou realizar o sonho de ter filhos!
se está chegando agora clique AQUI para entender o que estava acontecendo
Depois que eu fiz a minha tentativa, que percebi rapidamente que era totalmente desonesta comigo mesmo (e sacana com qualquer mulher), de estabelecer um relacionamento com uma mulher, casar e ter filhos, eu tive que me confrontar com uma outra consequência disto:
- Tenho que abrir mão dos meus sonhos de ser pai...
Pode parecer estranho falar isto hoje, uma vez que o número de gays que querem, e conseguem ter filhos, seja por adoção, seja por inseminação ou barriga de aluguel (até em novela), é muito grande e só cresce.
Mas na década de 80, início dos anos 90, era tudo muito diferente!
A homossexualidade ainda estava na lista de doenças, o ECA não existia, e a adoção por pessoas solteiras era cercada de preconceitos e restrições. Então eu tive que me adaptar, minha conclusão foi:
Mas na década de 80, início dos anos 90, era tudo muito diferente!
A homossexualidade ainda estava na lista de doenças, o ECA não existia, e a adoção por pessoas solteiras era cercada de preconceitos e restrições. Então eu tive que me adaptar, minha conclusão foi:
- OK, eu sou gay, meu desejo e minha orientação estão definidos, então eu tenho que aprender a viver com isto e ser feliz, e como eu não posso gestar uma criança sem estar casado, sem estar me relacionando com uma mulher, eu tenho que aceitar que não vou ter filhos! E eu posso ser feliz, tem tanta gente que não tem filhos! #só que não!
Então, eu resolvi tocar minha vida, procurar alguém legal para namorar, estabelecer um relacionamento duradouro, viajar bastante, trabalhar e crescer na carreira, me dedicar aos meus trabalhos voluntários, cuidar da minha família (eu sou o irmão mais velho e na época eu nem sobrinhos tinha). E foi assim que eu fiz!
- Mas puxa vida! Eu queria tanto!
Namorei bastante, alguns namoros longos, 2, 3 anos, e até via a possibilidade de morar junto, de construir coisas em comum. Mas aquela "pontinha" do desejo de ter filhos estava lá... tanto que eu tive uma segunda "recaída hétero", (blame on me!) com uma garota que fazia pós graduação comigo na FAAP, mas o sentimento não pintou e eu acabei pulando fora muito antes da tentativa anterior.
E novamente pensei:
- É, realmente, não vai ter jeito, vou ter que me conformar de não realizar este desejo de ser pai!
E continuei tocando minha vida, morei fora um tempo, cresci na carreira, trabalhei bastante, fiz umas loucuras muito divertidas de amor, e para alguns caras que foram importantes na minha vida eu confessei meu desejo de ter filhos, e sempre concordávamos que era uma ideia "absurda" e "impossível de levar adiante".
E foram muitos anos deste jeito, até que ....
Até que, em junho de 1997 (Dori* não tem certeza!) uma reportagem do Ângelo Pereira, na revista SUI GENERIS mudou minha vida... mas este vai ser assunto de uma nova série de textos, se quiserem me acompanhar, para falar sobre meu processo de adoção...ai começou outra fase da minha vida...
Entrei com o processo de adoção, em 99 minha filha chegou, em 2002 conheci meu ex- marido, em 2012 nos separamos, este ano minha filha vai prestar vestibular para Economia...coisas que já venho contando desde que comecei o blog... em 2005.
O que eu queria com estes último textos, sobre minha vida, especialmente minha vida afetiva como Homem e Homossexual, era dar uma "atualizada" para começar a contar uma nova estória, com meu namorado - Mr. Jay, que começou em sete de julho deste ano, e vai muito bem....
*tenho muitas estórias para contar deste período, algumas já contei, outras ainda vou contar, e algumas eu talvez tenha esquecido...Meu namorado brinca que eu pareço a personagem DORI, a desmemoriada amiga do Pai do Nemo!
Isto é bom para quem está por perto, porque pode me contar a mesma piada várias vezes que eu sempre vou rir!
E vc? Em que momento de sua vida está?
*tenho muitas estórias para contar deste período, algumas já contei, outras ainda vou contar, e algumas eu talvez tenha esquecido...Meu namorado brinca que eu pareço a personagem DORI, a desmemoriada amiga do Pai do Nemo!
Isto é bom para quem está por perto, porque pode me contar a mesma piada várias vezes que eu sempre vou rir!
E vc? Em que momento de sua vida está?
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