11 de maio de 2006

Semana das Mães (5a)

Referencia Feminina

Quando se fala em adoção ou criação de filhos por homossexuais sempre se aborda esta questão. Os que são contra argumentam que uma criança criada por dois homens homossexuais, ou um homem gay, não terá as referências femininas pois não terá uma MÃE!.
Mas que discussão mais improdutiva, que argumento mais vazio!
Vamos concordar então! Mães são insubstituíveis, Pais são insubstituíveis, Avós são insubstituíveis, Irmãos são insubstituíveis, Amigos são insubstituíveis, Mestres são insubstituíveis.
Todas estas referências de vida, de relacionamentos, são absolutamente importantes, o ideal seria que todos pudessem ter isto, e claro , que estas fossem boas referências, porque pai e mãe “tranqueira” ninguém precisa!
Mas não ter uma mãe não significa que isto vai transformar uma menina numa mulher menos feminina, ou que vai transformar o menino num homem misógino.
Referências do feminino ou do masculino nós recebemos a todo momento, e mesmo um pai carinhoso e respeitoso com sua esposa, pode ser muito mais positivo em relação ao feminino do que um homem que trata as mulheres com desrespeito.
E, por todas as estatísticas, especialmente americanas, o numero de filhos e filhas homossexuais de pais e mães homossexuais não é maior que o número de filhos e filhas homossexuais de pais e mães heterossexuais. Mesmo porque ainda existem muitos homossexuais “no armário”.
Este sexismo, esta supervalorização do gênero, continua criando pessoas, crianças, que vão crescer pensando que existem “coisas de menino” e “coisas de menina”. O menino mais sensível continuará sendo chamado de bichinha, mesmo sem o ser.
Acho que isto, esta discussão em torno dos papeis, acaba afastando muitos homossexuais do desejo verdadeiro de serem pais ou mães, pois eles acabam achando que terão que dar todas estas referências para suas crianças, que o casal homossexual terá que escolher quem fará o papel da “mãe” e o que fará o papel do “pai”. Da mesma forma que as pessoas ficam sempre fazendo as “continhas” quando conhecem um casal homossexual para descobrir que é o “marido” e quem é a “esposa”.
A formula – ooops, será que posso dar receitas? – é que quem pretende ter filhos esteja disposto a abrir seus horizontes, se preocupar, estar atento, buscar apoio, de avós, tias, primas, amigas e também saber que sua criança irá conviver com professoras, empregadas, babás, e , principalmente amigas, ah! As amigas!.
O que a gente precisa para crescer feliz e SER feliz, é AMOR! Se as pessoas entenderem que o que move as pessoas a terem, a quererem filhos, independente da maneira como fazem amor, ia ter muito mais gente feliz!
Vamos lá! Se você quer ser PAI, não deixe que o fato de não ter uma MÃE por perto separe você de seus futuros filhos!

6 comentários:

  1. Lindo esse post, talvez um dos melhores que li aqui. Como já falei para um amigo virtual gay, com quem conversava sobre esse lance de ter filhos: ele mencionou esse lance de ter "pai e mãe", ou referenciais. Mas o povo precisa enfiar na cabeça, eu sempre digo, que é pequena a porcentagem de famílias heterossexuais que cabem nesse padrão de propaganda de margarina. Aquilo é um ideal, a realidade é muito mais complexa, e as pessoas não deixam de crescer saudáveis por conta de ter tido uma família diferente. O homossexual que quer ser pai é um alvo muito mais visado do que a média por que fere um certo ideal, e por que é um homossexual que foge dos padrões tortos que a sociedade impõe a nós: tarados, pervertidos, imorais, criaturas da noite, hedonistas. Se a gente fosse cobrar de todo mundo que tivesse uma família certinha, certamente ninguém teria filhos, e todo mundo seria neurótico. É foda como os padrões culturais aprisionam a gente, e mesmo os homossexuais (que são prejudicados por isso) têm uma dificuldade enorme de pensar para além deles!

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  2. Sinceramente, eu acho uma hipocrisia, uma falta de vergonha na cara que não aguento!
    Então ser criado em uma casa, com carinho, amor, alimentação, diversão, estudo, saúde e tudo o mais, é pior que ser criando em um orfanato, só porque os donos da casa são gays???

    As pessoas que pensam assim deveriam deixar seus filhos em orfanatos durante uns três meses e depois perguntar o que as crianças acharam!

    Gente besta... eu fico indignado!

    Desculpem...

    Abração!

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  3. Anônimo4:17 PM

    Cara, isso aqui tá uma coisa hoje!!! O post tá maravilhoso, os comentários estão maravilhosos!!! Adorei tudo!!!! Parabéns!
    PS: desculpe a curiosidade - qual a sua idade???

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  4. não sou gay mas,
    sou fácilmente influenciado por opiniões racionais
    e a sua foi muito bem exposta!

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  5. Anônimo5:36 PM

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